“500 Anos de Colonização”

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Criado com a ideia de promover a sustentabilidade, o Festival SWU mostra que a conscientização de parte do público ainda necessita de mais trabalho.

Ao final dos dois primeiros dias do evento realizado em Itu, interior de São Paulo,  era grande a quantidade de lixo –como latas, garrafas pet e sacos plásticos– jogada no chão da arena onde está montada a estrutura do festival.

Em entrevista coletiva realizada na tarde de segunda-feira (11), último dia do SWU, o idealizador do evento, o publicitário Eduardo Fischer, declarou que o mau hábito de jogar o lixo pelo chão se deve “aos 500 anos de colonização”.

Fischer revelou ainda que já recebeu 10 convites para levar o SWU a outros países, mas não citou nomes.

Frio

Todos os 150 mil ingressos para os três dias do festival foram vendidos, de acordo com o publicitário. Os fóruns sobre sustentabilidade reuniram 1.500 pessoas ao todo.

Dos 160 atendimentos médicos registrados, 30% foram relacionados a casos de hipotermia, já que durante a noite a temperatura em Itu chegou a 12°.

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Sustentabilidade

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O destaque do segundo dia do Fórum Global de Sustentabilidade do Festival SWU foi o músico Marcelo Yuka, ex-baterista d’O Rappa. Muito aplaudido, ele encerrou os debates do dia falando sobre sua experiência com os movimentos sociais e como eles se relacionam com a questão do meio ambiente.

Para Yuka, é preciso “falar menos e fazer mais”. “Se não muda nossas relações sociais, isso vai virar só marketing”, disse o músico. Yuka também defendeu a legalização da maconha e criticou a “truculência policial”. “A maior parte da massa carcerária é feita de cara preso por ser ‘avião`, que vai para a cadeia e ali aprende a ser criminoso de verdade”, afirma.

Os palestrantes do dia também falaram sobre opções sustentáveis de consumo e o papel da mulher na questão do meio ambiente.

A indiana Ruma Bose, outro destaque deste domingo, fez o pré-lançamento de seu livro “Madre Teresa CEO” durante o fórum e falou sobre o exemplo da madre para a sustentabilidade.

“Ela não se via como uma pessoa sustentável, ela simplesmente vivia isso”, afirma Bose. “A pergunta para nós é: como estamos vivendo a nossa vida? Como estamos vivendo a sustentabilidade?”, questiona.

Marília Juste, do G1, em Itu (SP)

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