Centenário
No dia 24 de agosto de 1910 nascia no lugarejo Fazenda Nova, nas proximidades de Lapela, (considerado um dos maiores redutos de afrodescentes no município de Vitória do Mearim, nascia Bartolomeu dos Santos, popularmente conhecido por Coxinho.
Considerado um dos nomes mais expressivos da cultura popular do Maranhão, Coxinho, completou o centenário de nascimento e passou batido entre nós (mea culpa). Destaque para o artigo jornalístico “Coxinho 100 Anos”, escrita pela jornalista Dinacy Mendonça Corrêa, do caderno Alternativo, de O Estado do Maranhão.
Em seu texto, ela mapeou a história de Coxinho e destacou o ano de 1972, quando o cantador do Boi de Pindaré, no sotaque da baixada, ou batalhão de João Câncio, gravou o seu primeiro disco (em vinil). Um trabalho antológico em que está registrada a clássica “Urrou do Boi”, adotada pelo Poder Público, como o hino oficial do folclore maranhense. O artista popular maranhense representava pra gente e para o Brasil o mesmo que os músicos Ibrahim Ferrer para os cubanos, Charlie Parker para os norte-americanos.
O legado de Coxinho foi consumido pelo grupo Boca Livre, reeditado por meio mundo. A pergunta que não quer calar. Será que o Boi de Pindaré ou alguém da família do artista recebeu o pagamento de direito autoral ? È isso aí, Coxinho morreu em 3 de abril de 1991. “Companheiuro/Coxinho foi morar no céu/Deixou o chapéu/Do cantador da Baixada…”
Foto: (A. Baêta) Arquivo do Jornal O Estado do Maranhão.