Politicamente correto

0comentário

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) obteve decisão favorável na Justiça Federal (JF/MA) quanto à suspensão imediata, pela Prefeitura, da circulação de veículos automotores nas ruas do Centro Histórico e nas praias de São Luís.

Segundo o MPF/MA, a Prefeitura de São Luís é responsável por fiscalizar o cumprimento da Portaria n° 003/08 da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), que veta o tráfego de veículos nas praias da cidade, com exceção dos veículos que prestam serviços públicos (atividades de limpeza e conservação das praias, patrulhas policiais e Corpo de Bombeiros).

Na prática, porém, a portaria, segundo o MPF, tem sido desrespeitada, já que o livre tráfego de veículos automotores é facilmente observado nas praias, especialmente na do Olho d”Água, onde os carros estacionam na areia e no que resta de dunas e vegetação de restinga, prejudicando o ecossistema costeiro.

O Ministério Público vai exigir da Prefeitura de São Luís a adoção de medidas para cumprir a decisão da Justiça Federal, evitando o trânsito de carros na praia.

Centro Histórico

O acesso de veículos ao Centro Histórico também está proibido, conforme o Decreto Estadual nº 11013/88. Mas assim como nas praias, a circulação de carros vem sendo tolerada pela Prefeitura, que deveria fiscalizar e adotar medidas para controlar a situação nas áreas proibidas.

Diante dessa situação, o MPF/MA, com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), encaminhou relatório sobre o tráfego irregular de veículos no Centro Histórico, no trecho onde é vedada a circulação. Uma reunião foi realizada na Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA), na qual a SMTT se comprometeu em recolocar as correntes que antes interditavam os pontos de tráfego proibido no Centro Histórico, com a garantia também de enviar pessoal especializado para controlar o acesso de veículos no local.

Transcorridos os prazos acordados, porém, a secretaria não apresentou nenhuma resposta ao MPF/MA que demonstrasse a adoção das providências, impedindo o tráfego de irregular nas áreas proibidas e, consequentemente, causando ainda mais danos às ruas e aos imóveis integrantes do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade.

Decisão

A postura da Prefeitura motivou o MPF/MA a pedir a imediata suspensão do acesso de veículos às ruas do Centro Histórico e às praias de São Luís, bem como a responsabilização do Município tanto pelos danos causados quanto pelas providências que serão tomadas para impedir que a irregularidade continue ocorrendo sem nenhum tipo de fiscalização ou punição.

O descumprimento das obrigações implicará na aplicação de multa diária ao órgão municipal.

O MPF/MA também já notificou a Prefeitura de São José de Ribamar para que a circulação de veículos na praias do Meio e Araçagi seja regulamentada.

Fonte: O Estado

sem comentário »

'Deejays' celebridades na pista

0comentário

A festa Bailinho, uma das noites mais famosas do país, está de volta ao Rio de Janeiro, sua cidade natal, após nove meses rodando o Brasil. E voltou no último domingo (8) com Gilberto Gil como o responsável pela trilha sonora – mas não no palco, terreno onde é consagrado, e sim como DJ.

Ter Gil cuidando do som da noite causa pouca estranheza, mas ele é raridade: quem dá o som em boa parte das festas mais disputadas atualmente são blogueiros, atores, ex-BBBs, modelos e celebridades. Uma compilação de sucessos garante pista cheia. E os DJs ficam de fora ou com papéis secundários.  A invasão de “não-DJs” às pistas de dança do país divide opiniões e promove um debate entre produtores e, claro, DJs.

Criado pelo ator Rodrigo Penna, o Bailinho, que completa o seu quinto verão carioca e já teve edições em 12 cidades, engrossa uma lista extensa de festas que cresceram para além das divisas estaduais tendo como um dos diferenciais a presença de celebridades convidadas para tocar.

“A ideia do convidado é uma brincadeira. Combina com o clima da festa”, explica Penna, que apesar da experiência prefere não se intitular DJ. “Toco há mais de 20 anos, mas sou um produtor que toca. Não estou tirando o lugar de ninguém. Já vi muita cara feia, mas, sinceramente, estou pouco me lixando. Tem muito recalcado por aí. Tom Jobim tinha razão: sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal. Tem muita gente querendo só aparecer mesmo, mas esse julgamento é careta.”

Na mesma linha, há três anos à frente da festa Funfarra, o também ator Pedro Neschling engrossa a reclamação contra o que chama de “patrulha”. Para ele, o profissional de qualidade, em qualquer área, vai sempre ter o seu espaço. “Os DJs bacanas que conheço não se preocupam se fulano ou beltrano está brincando de DJ.”

O DJ e produtor musical Nepal, que no sábado (7) tocou na Coqueluxe, no Studio RJ, concorda: “Não vai ser um ex-BBB ou o cara da novela que vai tirar nosso lugar”. Ele culpa o “oportunismo” dos produtores pelo exagero de celebridades nas pistas. “Em vez de colocar alguém que vai priorizar a música, chamam o famoso para atrair público. É muita falta de criatividade”, ataca, com uma ressalva. “Tem uma grande diferença entre o convidado que vai lá tocar uma vez, de brincadeira, tipo a galera do Bailinho, que já vive bem na própria profissão, e o que começa a viver daquilo. Essa galera não passa da segunda base”.

O DJ Paulo de Castro, que também atende por Zeh Pretim, como o baile que promove, acha ruim quando convidados querem “tirar onda” de DJs, sem nunca terem tocado na vida, e dão as caras nos eventos apenas para aparecer nas fotos. “É preciso respeitar a profissão.”

Com alguns cuidados técnicos, no entanto, é possível um amador levantar o público, admite: “Tem que saber o quão não-DJ ele é. Se dá para confiar que pode tocar sozinho ou se é preciso deixar um DJ de backup. A música não pode parar”, explica Zeh, que no sábado (7) participou de noite dedicada a Tim Maia na quadra do Santa Marta, favela do Rio de Janeiro, e na quarta-feira (11) toca no desfile da Addict, no Fashion Rio.

Até Rodrigo Penna, um dos responsáveis pelo sucesso do modelo de festas com DJs convidados, acha que há exageros. “Virou a casa da mãe Joana. Tem genérico de convidado, tem genérico do baile… Mas, como tudo na vida, dá para diferenciar o bom do ruim.”

Criador do Chá da Alice, outra festa que começou entre amigos e hoje lota casas por todo o Brasil – sábado (7) foi a vez do Circo Voador, no Rio -, Pablo Falcão gostaria de menos discussão e mais união. “Não é para ter disputa. Seria ótimo se existisse uma classe mais unida de produtores e DJs. Acaba rolando uma energia de competição. É pequeno, bobo.”

Qual seria, então, o papel do DJ profissional, que estuda, pesquisa e domina a técnica? “É legal trazer uma coisa nova para a pista. O público tem preguiça e quer cantar o refrão. Cabe aos DJs reeducar aos poucos. Colocar uma música que ninguém conhece. Quando é colocado de uma maneira legal, a galera acaba curtindo. Esse papel é o DJ nas festas, já que a cultura do jabá acabou com a reeducação no rádio”, opina Nepal.

Zeh Pretim simplifica: “A função do DJ é animar a festa, fazer a pista pegar fogo, com ou sem técnica. Seleção musical é tudo!”

Polêmicas à parte, todos concordam em um ponto: amador ou profissional, o mais importante é que o DJ saiba sentir o que o público quer. “Um: toque para as mulheres. Elas que puxam a animação. Dois: olhe para a pista. Tem que sentir o clima”, dá a dica Penna. “O cara tem que chegar na pista e ter feeling. E isso vem da paixão por música”, acrescenta Nepal.

Fonte: G1

sem comentário »

Músico Cidadão

0comentário

O músico senegalês Youssou N’dour anunciou a intenção de disputar as eleições presidenciais de fevereiro no seu país, em que Abdoulaye Wade é favorito para obter um novo mandato. N’dour faz críticas frequentes a Wade, que está no cargo há 11 anos e enfrentará mais de dez candidatos na próxima eleição.

“Sou candidato, vou me envolver na corrida presidencial”, disse N’dour em declaração transmitida na segunda-feira à noite por sua emissora de rádio e TV, a TFM. O músico tem atacado o atual governo por fazer gastos descabidos em um país onde empregos formais são escassos, e a renda média per capita é de 3 dólares por dia. N’dour é enormemente popular no Senegal por sua música, que ajudou a divulgar o estilo “Mbalax” de canto e batuque. Não está claro, porém, se ele conseguirá transformar sua fama em votos.

“Há muito tempo, homens e mulheres demonstram seu otimismo, sonhando com um novo Senegal”, disse ele na segunda-feira. “Eles de várias maneiras pediram minha candidatura na corrida presidencial de fevereiro. Eu escutei. Eu ouvi.”

“É verdade que não tenho formação universitária, mas a presidência não é algo para que se vai à escola”, disse o músico, que em novembro anunciou o cancelamento de seus shows para se dedicar à política.

Fonte: UOL

sem comentário »

Maturidade nas urnas

0comentário

66,6% dos eleitores paraenses mostraram uma extrema maturidade em decidiram, em plebiscito, realizado neste domingo, em manter o Estado do Pará com o território original.

Com o “não” nas urnas pela maioria dos paraenses, o projeto de dividir o Estado do Pará em três foi abortado. Com a decisão nas urnas, a Assembleia Legislativa paraense e o Congresso Nacional não precisarão analisar a divisão do território e criação de novos estados. A população paraense e o Governo Federal não serão obrigados a custear mais governadores, senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, tribunais de contas, de Justiça, entre outras instituições, que só geram despesas para os cofres públicos e pouco atuam em defesa do povo.

Que essa rejeição coletiva, por parte dos paraenses, traduz que a cidadania está madura do ponto de vista cívico. E que essa lição de democracia e liberdade de expressão, por meio do voto, sirva de referência para outros estados brasileiros que pensam em divisão sem refletir da importância de uma política do bem comum.

sem comentário »

Quem Te Viu, Quem Te Vê

0comentário

Reivindicar é um direito de todos que sintam-se injustiçados.  Agora, não podemos usar esse dever cidadão em nome da intolerância.  Segmentos nesse País têm confundido democracia com libertinagem. Aquilo que poderia tornar-se um direito conquistado tem acabado em manifestações radicais, às vezes sem fundamentos, provocando reações de conflito sem precedentes.

Ao presenciar pela TV o manifesto de um grupo de estudantes da USP, fiquei a lembrar o Movimento Estudantil das décadas de 60, 70, que lutou pelo fim da ditadura militar no Brasil, pelas Diretas Já, na década de 80, e nos anos 90, pelo impeachment de Fernando Collor de Melo. Hoje, não existe mais ditadura no Brasil, as eleições são diretas e o que resta para a classe estudantil brasileira de Ensino Superior é reivindicar pela banalidade. Abre alas um trio de estudantes  flagrado e preso pela PM fumando maconha. Indignados, um pequeno grupo de manifestantes passou a  exigir a retirada dos militares do local. Embora apenas usuários, eles esqueceram que os três colegas estavam em um patrimônio público, sobretudo cometendo um delito.

Podem me chamar de legalista, careta ou conservadora, mas não se deve desvincular do foco. A Universidade ou Faculdade, ´são locais de ensino, aperfeiçoamento, pesquisa e desenvolvimento.  Um templo construído e concebido para formar bons profissionais para o mrcado e, também, aguçar o senso crítico na percepção de  que moramos em um Brasil repleto de problemas.

O tempo é implacável e contribui para mudanças de hábitos e costumes, mas, ainda, existem mil e um motivos para os estudantes, se manifestarem. Não pensando de maneira isolada, mas sim, coletiva. Com tanta coisa importante na vida  nacional, vamos refletir e protestar, sobretudo, contra a corrupção, esse modelo de câncer que se institucionalizou do Oiapoque ao Chuí, vem dominando e se alastrando em outras áreas sociais, entre elas, a educação,´saúde, moradia. Esse conjunto de mazelas tem estimulado a violência urbana e no campo.

Diante dessa realidade conturbada de valôres a qual estamos inseridos, eis a preocupação com essa elite intelectual que está se formando nesse imenso País (!?)

sem comentário »

A vida como ela não deve ser…

0comentário

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

“Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.

“A amizade é um amor que nunca morre. ”

Poeta Mario Quintana

sem comentário »

Falta humildade no trânsito

0comentário

Presenciei um ato de violência no trânsito, na noite de sábado (5/11), que me fez deixar São Luís chocado com a tamanha selvageria provocada pela imprudência e irresponsabilidade. Fiquei triste quando vi o jovem Ubiraci Silva Nascimento Filho, de 13 anos, no chão. Mesmo sem conhecê-lo a fundo, a minha reação foi de dor como se estivesse diante do meu único filho. Próximo ao jovem estava a tia dele, Solange Maria Cruz Coelho, de 42 anos, que também morreu atropelada pelo jovem Rodrigo Araújo de Lima, de 22 anos.

Para um jornal local, Rodrigo, originário de uma classe média que emerge financeiramente e na ignorância com a mesma proporção, principalmente, quando não carrega como conhecimento de vida o conceito de formação ética e cidadã, relata que iria fazer um lanche com um amigo.

E já que havia saído de casa com esse objetivo, o natural é que estivesse sóbrio e relaxado. Só que na versão dos familiares das vítimas, apresentava sinais de embriaguez, além de estar dirigindo em alta velocidade e com os faróis do seu ‘ super’ Corola desligados o que teria provocado a tragédia.

Um outro detalhe é que se fosse apenas uma simples colisão não teria derrubado um poste com uma armação de ferro. O impacto foi grande que o poste caiu e atingiu um outro veículo que estava estacionado.

Infelizmente, as leis do trânsito no Brasil facilitam para essa impunidade que está aí, onde duas vidas custaram R$ 6 mil como fiança, para deixar em liberdade o suposto agressor.

[Eu] no lugar do jovem Rodrigo dormiria com a consciência pesada. Preferia ter a humildade em aceitar o erro e ter a consciência que é preciso assumi-lo. Afinal de contas, saber que tirei a vida de duas pessoas, seja de maneira culposa, dolosa, ou qualquer a classificação do crime, me tiraria a paz de espírito e jamais seria a mesma pessoa.

O respeito ao outro é um dos primeiros valôres a ser ensinado em casa pela família. É como eu falei em post anterior neste Blog: “a crise está na ética”.

sem comentário »

Para que servem as redes sociais ?

0comentário

Com uma visão bastante otimista, Gian Giardelli, da ESPM, afirmou que as redes sociais servem para derrubar a demagogia e falsidade do mundo. Ele apresentou dados sobre a enorme quantidade de informações postadas nestas plataformas. Ele também diz que estimativas apontam que em 2014, cerca de 95% do conteúdo da internet será em vídeo.

Engajamento – Mais que tal um paradoxo interessante para reflexão dessas ferramentas com uma enorme demanda de informação e acessos. Somos o país que mais passa tempo online, então porque nada acontece? “Por que conseguimos, ainda, influenciar timidamente na vida política e social do país ? Os atos de corrupção, a violência urbana, o desesrespeito aos direitos humanos, comentados no facebook e no Twitter não fazem cócegas, pois não percebo quase mobilização. Enfim, os problemas continuam.

Ao acesssar as redes sociais tenho a sensação que pouco se vê postagem em que o olhar crítico de questões que envolvem o bem comum. Parece até que essas redes sociais foram criadas para uma juventude de alma virtual, que só deve falar abóboras, anunciar qual a próxima balada e para brincadeira com o outro, ten que às vezes usar da violência. É como se essa ferramenta de comunicação fosse idealizada para uma sociedade de pessoas fúteis e com valôres invertidos de cidadania. Lógico, que a descontração e o lazer são atitudes saudáveis e tampouco devemos generalizar.  Temos que saber separar o joio do trigo. No meio ao conteúdo de informações desvirtuadas por alguns internautas , devemos usar o veículo em defesa de uma sociedade que idealiza um mundo mais saudável e respeitoso.

Triste Realidade – Em São Luís, mais um caso envolvendo adolescentes, a internet e o sexo. Um triângulo perfeito para ocupar as páginas da editoria de Polícia. Três rapazes são acusados de violentar sexualmente três meninas estudantes do Colégio Paulo VI, na Cidade Operária, e resolveram postar o vídeo gravado durante a atitude covarde, insana e sociopata dos acusados, que utilizaram como ferramenta para divulgação o facebook.

Denúncia – Inconformado com a atitude dos rapazes, o tio de uma das vítimas do estupro resolveu botar a boca no trombone e denunciou na última terça-feira, dia 1º, o trio de estupradores. Um deles ligou para a casa da família da vítima, por volta das 19h da última segunda-feira (31), dizendo: “vocês só pioraram as coisas, agora vão morrer”, revoltado por elas terem denunciado o estupro e o constrangimento que passaram ao vê-las expostas de maneira desesrespeitosa na internet.

Punição – O caso já é de conhecimento da polícia. As investigações já estão sendo feitas na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). É mais um imbróglio envolvendo adolescente, internet e sexo. E como o estupro é crime, torna-se mais agravante, com a exposição das cenas em veículo de comunicação. Punição se tiverem culpa no cartório. E cabe a nós usuários das redes sociais a união contra a violência e a impunidade !!!

sem comentário »

Violência: a crise está na ética

1comentário

Está cada vez mais insuportável essa onda de violência no Brasil, onde pessoas nocivas à sociedade resolveram banalizar o crime. As pessoas de bem ficam reféns e com a vida por um triz. Tudo por conta de uma inversão de valores, uma desordem social sem precedentes.

Resolvi me posicionar por viver numa São Luís, em que a tranqüilidade reinava tempos atrás. Por conta de um desenvolvimento inevitável, irreversível, levou criaturas de uma sociedade doente a pensar que o mundo é só delas, aonde o que vale é passar a perna no próximo e em ultima instância premedita tirar do outro (a) o que se tem de mais valiosa: a vida.

Assim caminha a humanidade: com a síndrome do pânico, sem saber em quem mais confiar e literalmente desprotegida devido a impunidade. E lá se vai a criminalidade instituída como um Poder Paralelo. É gente matando por amor, no trânsito, idoso, criança, porque o outro é negro, pardo, branco, pobre, rico, homossexual, para roubar um celular, por causa de R$ 1,00, por disputa de terra. É o mau policial exibindo a sua farda violentando o mais fraco e legitimando que por trás de todo oprimido, existe um opressor. Sem falar na violência simbólica traduzida em forma de bullying, preconceito de cor, intolerância religiosa, por opção sexual, opressão, segregação, xenofobia, corrupção, e por aí se alastra.

Há tempos achava que a frase do músico Marcelo Yuka, ex-O Rappa ecoava com uma verdade absoluta. O músico cita  em uma de suas composições que “a fome é o esperma entre as pernas da violência”. Hoje em dia, acredito que seja um problema de saúde pública também.  Dizer pelos quatro cantos, eu sou ladrão, sou traficante de drogas, mato e pronto. Todas essas ações criminosas se transformaram em uma esquizofrenia geral.

Mas, o que será que está por trás dessa realidade ? Por que não diminui estruturalmente a violência cometida por pessoas e instituições contra pessoas ? As contradições sistêmicas aparecem quando são desmascaradas, por exemplo, quadrilhas e grupos de extermínio e, neles, participam, alguns representantes do Estado constituído também se fazem presentes cometendo violência, ou seja, agindo como criminosos.

Os limites entre a ação legal e a ilegal são delicados e exigem, para a preservação da legalidade, uma consciência cívica e um nível de treinamento técnico e profissionalização que o Estado não consegue prover.

Não são palavras minhas, mas “a violência urbana e social no Brasil é um problema de ordem ética e política, e somente um novo pacto institucional e pessoal poderá mudar a longo prazo, essa realidade.

Enquanto essas questões não forem resolvidas,continuamos  a conviver com cenas em que a liberdade para os que cometem crimes e podem ser soltos pela força do capitalismo selvagem. Cadeia  para os excluídos socialmente, que só servem de bode expiatório numa “terra de cego em quem basta apenas ter um olho para se sentir rei”..

1 comentário »

Bullying

0comentário

Bullying, é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully – «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Confira aqui várias matérias veiculadas no Altas Horas, da Rede Globo, sobre o bullying.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS