Mídia em Xeque…

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gagaAo ver a foto de Lady Gaga vestindo um bíquini fio-dental e empunhando duas metralhadoras na nova edição da revista americana Rolling Stone, lançada nesta segunda-feira, me fez pensar e refletir sobre o figurino da artista mais bem-sucedida do pop atual. Em entrevista à revista, Lady Gaga mostrou-se nada modesta. “Tem dias que acordo me sentindo apenas uma garota insegura de 24 anos. Então digo para mim mesma: ‘vadia, você é a Lady Gaga, levante-se e siga em frente'”.

Parei, pensei e resolvi escrever. Realmente no palco contemporâneo, o espetáculo em cartaz é a vida. Os ingressos na bilheteria dão direito a entrar na intimidade dos atores, formar celebridades e idealizar heróis, mas a plateia não está satisfeita e quer ela mesma encenar o espetáculo. E na esquizofrenia de ser ao mesmo tempo personagem e espectadora, ela (plateia) tenta ler o letreiro em néon que anuncia o título da obra: realidade.

Para o professor, jornalista e crítico norte-americanoNeal Gabler, a tendência de converter a realidade em encenação é justificável, já que ‘a cultura produz quase todos os dias dados de fazer inveja a qualquer romancista.’ E a vida é o veículo.

Na novela da vida real, os personagens somos nós, como conclui a doutora em Comunicação, Ivana Bentes, ao analisar os reality shows  “Big Brother” e a “Casa dos Artistas”. Lá estão a empresária paulista, o artista plástico, a designer, o cabeleireiro, o dançarino de axé, a modelo, a socialite, o rapper irado, os marombeiros com visual estilizado de menino de rua, cara de mau e gorro enterrado na cabeça.

A música e o músico não fogem à regra. Tem o bêbado, o chato, o bizarro, o cult, o kitch, o prolixo, o senso comum, o exibido, o polêmico, o a nível de, o que se acha. Enfim, é uma categoria trabalhista que gosta mesmo é de tirar onda e ganhar dinheiro.

E a mídia se posiciona nesse contexto produzindo celebridades para poder realimentar-se delas a cada instante em um movimento cíclico e ininterrupto. Até os telejornais são pautados pelo biográfico e acabam competindo com os filmes, novelas e outras formas de entretenimento. E mesmo quando há assassinatos ou graves acidentes, o assunto principal é sempre a celebridade ou o candidato ao estrelato, que, inclusive, pode ser o próprio assassino ou um outro delinqüente qualquer.

A espetacularização da vida toma o lugar das tradicionais formas de entretenimento. Cada momento da biografia de um indivíduo é superdimensionado, transformado em capítulo e consumido como um filme. Não quero aqui questionar o valor artístico da Lady Gaga. Quem sou eu. O que incomoda é a apelação. O querer chamar atenção sem filtrar e usar o bom senso no que pode representar uma foto, ou um simples comentário, de quem forma opinião com a música que faz e tem uma legião de fãs em fase de formação, ou seja, ‘teenagers”.

No filme “O Náufrago”, o principal problema do personagem interpretado por Tom Hanks não era a fome ou o frio, mas a solidão. Para enfrentá-la, ele desenha dois olhos, um nariz e uma boca em uma bola de vôlei e a batiza com o nome de Sr. Wilson. Humanizada, a bola passa a ser a única companhia do personagem, mas ele a perde e entra em desespero. Alguma semelhança com uma “estória da vida real” ?

Será que em determinadas situações esse eu espetacularizado das celebridades, principalmente os (as) excêntricos(as), o(a) rebelde sem causa não incomoda a elas mesmas ? Eu ainda prefiro a vaidade, o chamar atenção dos jovens com irreverência, criticidade e por uma causa nobre. Isto é sinônimo de produtividade com coerência, lucidez e felicidade.

Sinto dor no coração quando percebo que a espetacularização da vida toma o lugar das tradicionais formas de entretenimento. Atenção jornalistas, escritores, produtores, dramaturgos, cineastas, publicitários, outros responsáveis pelo discurso midiático. Estamos em xeque. Se a vida é um show e a mídia é o palco, (nós) os roteiristas do espetáculo corremos o risco de nos tornar os bobos da corte.

Foto: G1 – A imagem foi clicada pelo fotógrafo Terry Richardson, conhecido por outros trabalhos ousados.

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‘Amanhã será novo dia’…

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Gosto de estar sempre questionando as coisas. Gosto de enxergar às avessas o real vivenciado pela maioria dos mortais. Acredito que isto faz parte da minha natureza. O sofrimento é grande, pois você se sente um peixe fora d´água e a imensa onda humana geralmente estigmatiza como o polêmico, o chato, o do contra, o pessimista. Ah, mas tenho legítima certeza que não sou nada disso. Mas prefiro funcionar em alguns momentos na contramão do óbvio. Não gosto de dar presentes em datas comemorativas, principalmente em festas de Natal e Ano Novo (sempre a mesma coisa, sempre as mesmas promessas de mudanças e, invariavelmente, sempre os mesmos erros…o ser humano não muda).

Não é que torça contra a Copa do Mundo, o Brasil e o futebol. Não entendo é a histeria, a loucura, muitas vezes perpassando pela violência, de algumas pessoas que torcem como se aquele jogo do Brasil na Copa fosse o último de sua vida. Após ter assistido pela TV, ontem,  a vitória do Brasil por 3 a 1 contra a Costa do Marfim, no Soccer City, tive que ir para o batente. Fiquei assustado com um hiato nas ruas e avenidas da cidade. Até aí, tudo bem. Todo mundo ainda estava ligado na TV,curtindo e festejando a vitória da seleção brasileira. Agora, não entendo são as pessoas dirigindo embriagadas, com o carro cheio e em alta velocidade, buzinando sem necessidade e provocando aquelas que não perderam o bonde da história e estão lúcidas diante do Circo dos Horrores.

Ei, você ai, torcedor eufórico. Menos ! Antes de uma partida de futebol existe uma realidade a ser vivida. Futebol é apenas uma diversão que deve ser curtida com prazer, alegria e a irreverência saudável. Aos embriagados de amor pelo futebol não podem esquecer que uma coisa é o Brasil, outra a seleção. Muita gente não tem essa distinção e acaba por crer num único ente, como se torcer pela seleção fosse torcer pelo Brasil. Oras, eu torço pelo Brasil, mas não por seleção. Torcer pela seleção não vai fazer o país melhor, mas sim apenas aos jogadores

Não devemos nos iludir, pois a situação do país continuará a mesma. Aqueles jogadores, campeões ou não, não querem saber do Brasil. Afinal, moram na Europa, não pegam ônibus ou metrô lotados, não têm dívidas a pagar e não trabalham desde quando o sol nasce até quando se põe. Ganham em euro, moram em mansões, Brasil é sinônimo de férias e família, e de vez em quando só.

Tudo bem, não quero aqui tirar o prazer e o ânimo da torcida pela seleção do Brasil. Também sou um apaixonado pelo futebol. Sei da importância e o que representa o esporte para os povos dos cinco continentes, principalmente em tempos de Copa do Mundo. Só que no Brasil a torcida ainda o trata como um admirável gado novo  na hora de vibrar por ele… “Panis et Circenses” (Pão e Circo) não ! Vamos torcer e acreditar que ‘amanhã será novo dia’…

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O Avesso do Avesso…

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Como já dizia o poeta baiano Caetano Veloso, São Paulo é o “Avesso do Avesso”. Mesmo com os arranha-céus, poluição no ar e na terra, existe uma cidade provinciana caracterizada pelo Brás, Liberdade, Bexiga, Estação da Luz, das avenidas Paulista, Ipiranga e São João, da garoa e de outros demônios típicos de um centro nervoso industrial e mundano.

mlp

Visitar São Paulo, da Semana da Arte Moderna, do poeta Mário de Andrade, em pleno mês, em que São Luís abre alas para mais uma festa e reverência a Antônio, João, Pedro e Marçal, foi prazeroso. Me senti acolhido e em casa. Toquei no Tapas Club, na Augusta, bairro tradicional, boêmio dos paulistanos e para quem vem de qualquer outro lugar.

Na pista do térreo da casa tinha gente fina, feita para “brilhar e não morrer de fome”, como o da cantora Mallu Magalhães, o polêmico jornalista Xico Sá, da Folha de São Paulo, maurícios, patrícias, dreadlocks, beatnics, emos, jogador de futebol do poderoso timão, judeus, muçulmanos, minas e manos, amigos maranhenses e baratos afins. Essa é a bandeira levantada pelo “Mixando o Mundo” compreendida por quem foi a balada na Paulicéia que é realmente desvairada.
 
Não fui ao cinema, não fui ao teatro, mas fui a Galeria do Rock, Mercado Municipal de SP e ao Museu. Na visita a Pinacoteca, na Estação da Luz, fiquei orgulhoso em estar próximo da obra do brasileiro Cândido Portinari exposta, graças ao amigo e mecenas Castro Maya, um dos maiores colecionadores do acervo do artista plástico.

Atravessando de um lado para o outro fiz uma rápida visita a Estação da Luz observei uma mulher, negra e humilde arriscando notas em um piano e alimentando a sua alma com acordes dissonantes e desafinados da música, numa interferência que lembra as ruas de Nova York (EUA). O instrumento foi colocado à disposição para que anônimos ou não, experimentem o prazer de fazer arte com músicalidade, em plena praça que é do povo. No mesmo prédio funciona o Museu da Língua Portuguesa.

Uma das coisas que me chamou atenção, entre tantas outras vistas no museu, foi a exposição divertida, interativa e provocativa “Menas – o certo do errado. o errado do certo”, aberta em março deste ano, e ficará em cartaz até 27 de junho. Embora seja uma palavra imprópria, inadequada, “menas” não consta nos dicionários e tampouco no vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Entretanto, não se deixou abalar e mostra pela boca do povo a sua existência.

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Para os curadores da mostra, os professores Ataliba Castilho e Eduardo Calbucci, Menas está na fronteira entre tudo o que não vale e o vale-tudo. Mesmo sabendo que “menos” é um advérbio, portanto, invariável, quantas vezes já não ouvimos a “concordância” com o gênero feminino por pessoas das mais diferentes classes e idades. Ataliba acha que esta foi “uma oportunidade de expor os visitantes a um conjunto de situações linguísticas, convidando-os a refletir sobre os dados, tirando suas próprias conclusões”.

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Ao ler o texto escrito nas paredes do MLP diz que “o modo de falar e escrever são sempre variados e criativos. Ele muda com o tempo, pois a língua é dotada de um dinamismo que acompanha as mudanças da própria sociedade, onde alguns segmentos sociais perdem o prestígio, enquanto outros o adquirem. E que numa sociedade plural e democrática, sempre haverá de um lado quem considere que a correção linguística é absoluta e, de outro, aqueles que adotam uma postura de relativismo completo, afastando desse tipo de discussão.

Entre as fronteiras do culto e o popular, eis a questão. “Tá legal. Tá Legal, eu aceito o argumento. Mas, não altere a ortografia do português culto tanto assim. Olha o que a rapaziada está sentindo a falta. De um bom livro, uma boa leitura e uma escola decente e com qualidade”.

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Arte em Movimento…

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A Arte no Olho da Rua, segundo movimento, ocorre no próximo dia 26, a partir das 19h, na rua do Trapiche, em frente ao bar do Porto. A programação terá a participação musical de Josias Sobrinho, Erivaldo, Didã e do flautista e professor da Escola de Música, Zezé da Flauta. Também será realizado recital de poesias com André Bandeira e Wilson Martins.

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Bruno Azevedo, Iramir Araújo e Beto Nicácio estarão autografando seus mais recentes livros: “Bregnejo Blues – novela trezoitão”, “Balaiada Guerra do Maranhão HQ” e “Lenda da Carruagem de Ana Jansen HQ”, respectivamente.

O “Arte no Olho da Rua”, uma articulação da Livraria Poeme-se, estreou em abril e tem o objetivo de dar um pouco de luz e brilho para tão escura e depredada Praia Grande. Numa esquina, numa praça, entre os bares, pelas ruas, uma arte itinerante envolvendo as pessoas com poesia, sons, palavras e performances.

O terceiro movimento do “Arte no Olho da Rua” ocorrerá na segunda quinzena do mês de junho em algum ponto da Praia Grande, sempre com a participação de novos  poetas, músicos, escritores e apreciadores das artes da cidade. Em cada edição haverá de noite de autógrafos, recital de poesias, performances teatrais, shows etc.

Programação

Noite de Autógrafos de livros

Breganejo Blues – Novela Trezoitão – Bruno Azevedo

“Breganejo Blues é sobre uma dupla sertaneja que para alavancar a carreira decide armar a morte de um de seus integrantes. Ou sobre  uma dupla sertaneja que como, já era de se esperar, tem um integrante viado, que por sua vez tem uma mulher de fachada, que por sua vez é comida pelo outro integrante da dupla, que por sua vez às vezes come incluisive o comp-anheiro, isso sem flar dad fãs, que eventualmente engravidam e recebem uma grana pro aborto…”
 
Balaiada: a Guerra do Maranhão História Em Quadrinhos – Iramir Araújo
 
Sinopse: 13 de dezembro de 1839. Na isolada Vila da Manga, na província do Maranhão, o vaqueiro Raimundo Gomes Jutahay, incapaz de aceitar a injustiça cometida contra seu irmão pelo poder constituído, arregimenta alguns destemidos companheiros e invade a cadeia do povoado. Liberta-o e a outros prisioneiros e faz uma proclamação, incitando o povo a rebelar-se contra os desmandos dos governantes de então. Naquele momento brotava uma revolta popular, uma verdadeira guerra que assumiu proporções nunca vistas no Maranhão. suas lutas se estenderam pelas províncias do Maranhão e Piauí e seus efeitos se fizeram sentir no Ceará, em Pernambuco e até no Pará.
 
A Lenda da Carruagem Encantada de Ana Jansen – Beto Nicácio

A lenda da carruagem encantada de Ana Jansen fascina e ainda assusta gerações de maranhenses através da historia oral. Pela primeira vez, sua narrativa ganha forma na linguagem dos quadrinhos com a intenção de manter viva no imaginário do povo maranhense, essa fantástica e lenda, sua historia e sua cultura para as novas gerações

SERVIÇO

Arte no Olho da Rua
Quando:
Quarta, dia 26/05
Horas: 19h
Onde: rua do Trapiche – em frente ao Bar do Porto  – Praia Grande.

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Amanhã é novo dia…

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O lado cômico da cena patética, ontem, 15, na inauguração do Rio Anil Shopping, foi o sucesso de uma garota, identificada virtualmente por “A Loka do Rio Anil”, cuja identidade verdadeira já se sabe. Trata-se de Mariana Santos Silveira, popularmente conhecida entre os mais íntimos de Evely, digna da lista dos famosos de Andy Warhool. Ela tem 19 anos e cursa o ensino médio. Disse em entrevista ser inquieta e estar curtindo o seu momento de fama. Inclusive fala que tá cheio de garotos dando em cima dela.

Das imagens montadas com a sua foto na internet, a que ela mais gostou foi com a torcida da Copa. Mariana ou Evely acredita que pode ser a garota propaganda do Rio Anil Shopping. No meio a turbulência nada melhor do que sorrir com a irreverência saudável da garota e passar uma esponja no que aconteceu. Mas não se pode esquecer que ela reflete a euforia, a ansiedade e a histeria dos milhares de jovens que estavam ali perturbando a ordem pública. E que precisam urgentemente ser avisados que o pilar para cidadania está na educação. No mais bola pra frente porque amanhã é novo dia…

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Quinze segundos de fama

Em destaque em uma das fotos da matéria sobre a inauguração do Rio Anil Shopping, no Imirante, Mariana ou Evely virou sucesso na internet. Famosa como “A Loka do Rio Anil”, ela tem perfil no Twitter@alokadorioanil – e uma comunidade no Orkut chamanda“A louca do Rio Anil” (para quem tem acesso perfil no site). Na tarde desta sexta-feira, criaram até um site: www.alokadorioanil.com.br.

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Eufórica com a inauguração do novo shopping em São Luís, a alegria da garota foi registrada pelo repórter fotográfico de O Estado, Biaman Prado. E da foto original, outras várias imagens foram montadas com intenção de divertir usuários dos dois sites. As imagens foram feitas e postadas pelo designer Wandson Lisboa (@wandson) e divugada no Orkut por uma moça identificada como “Mascotinha”. Ela também foi a responsável pela criação da comunidade “A louca do Rio Anil”, que já tem mais de mil membros. No Twitter, @alokadorioanil já tem cerca de 300 seguidores.

aloka7

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Diga não a pobreza de espírito…

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Garota não identificada que virou para os internautas a “A louca do Rio Anil” ou @alokadorioanil

O que seria uma grande festa acabou em tumulto. Estou me referindo a inauguração, ontem, do Rio Anil Shopping. Uma verdadeira multidão de jovens estava no local para prestigiar os artistas de televisão que dariam autógrafos em três lojas do shopping. E foi um Deus nos acuda, pois ninguém conseguia entrar e sair do estabelecimento. Do lado de fora uma outra aglomeração de pessoas querendo entrar, sem falar em engarrafamentos quilometricos nas ruas e avenidas da região do Turu, Cohab e Angelim. Enfim, o caos instalado.

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Eu não acompanhei a confusão, apenas ouvia os burburinhos da correria e alguns boatos que tinham meninos e meninas carregando até manequins de lojas. Não sei se a notícia tem fundamento. Agora, o inadmíssivel é saber que as pessoas saem de casa para bagunçar a festa alheia. Não cabe aqui generalizar, pois tem gente que saiu de casa entendendo que passear no shopping é sinônimo de lazer e do consumo, não importando daquele que saiu  para consumir apenas uma Coca Cola com batata frita  numa franquia gringa de ‘fast food’ traduzindo ‘lanche ligeiro’. O inaceitável é a pobreza de espírito.

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E o que se viu ontem à tarde, foi uma cena patética, pífia, uma Òpera Bufa, que serviu de comentário para quem veio de fora. Logo vem o bairrismo que o preconceito é porque somos nordestinos, nortistas ou do Meio Norte, e por aí vai. Eu discordo contra qualquer comentário pejorativo e preconceituoso. Agora, têm coisas que não podemos fazer vista grossa, principalmente, com a balbúrdia patrocinada por uma facção de vândalos, que se autointitula de jovens.  Para algumas pessoas a verdade dói na alma, mas quando o caso é real temos que aceitar e buscar uma solução.

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As pessoas na rua comentam que São Luís está crescendo por quem tem muito carro de luxo e importados, prédios de primeiro mundo, shopping centers, o que é viável para qualquer cidade que busca o desenvolvimento. Mas temos que atentar para uma coisa. É necessário avisar as diversas instituições, entre as quais, a do empresariado, o do social, política, religiosa, família, jurídica, que temos um bolsão de desavisados. Eles desconhecem o verdadeiro significado das palavras cidadania e educação. Aqui não são palavras de sociólogo, mas de quem não acredita em desenvolvimento de maneira subterrânea.

Foto: Biaman Prado/O Estado

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Anos Dourados

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A DJ britânica Ruth Flowers, de 69 anos, já  na casa dos 70, está conquistando as pistas da Europa, especialmente em Paris. Com cabelo prata todo espetado, batom escarlate, jaqueta de couro e um óculos escuro gigante, Flowers, conhecida no meio como Mamy Rock, começa a desfrutar da fama em seus anos dourados.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Mamy Rock disse não ser uma “super DJ”, mas apenas uma DJ comum. Sua paixão pela música eletrônica começou quando acompanhou seu neto até um clube em Londres. “Os seguranças não de deixaram entrar de primeira, eu era bem mais velha que os clientes usuais, mas uma vez lá dentro acabei adorando. Eu pensei: ‘posso fazer isso’. Meu marido tinha acabado de morrer, eu estava aposentada, tinha tempo, então, por que não?”, disse Flowers ao jornal.

A DJ da ‘melhor idade’ gosta de misturar música antiga com atual. “Eu poderia colocar junto com um som eletrônico os velhos Rolling Stones”, disse a DJ. A fama de Mamy Rock aumentou depois que ela discotecou rapidamente para o Festival de Cinema de Cannes. “Eu não tenho intenção alguma de me aposentar. Bem, ao menos que eu morra”, disse ao The Guardian.

Fonte: The Guardian

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Persistência

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Se o problema é não ter braços, para o DJ francês Pascal Kleiman, radicado na Espanha há 26 anos, não é obstáculo. Ele usa os pés, em vez das mãos, para mixar discos e torna-se uma estrela da noite espanhola e um dos destaques do verão europeu 2009.
 
Pascal Kleiman nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.

A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ. Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, no hacen falta alas para volar (“Heróis, não é preciso asas para voar”, em tradução livre), prêmio Goya ao melhor curta-metragem deste ano, “aprender a usar os pés foi uma resposta natural”.

O filme ganhou mais de 30 prêmios internacionais, aumentando ainda mais a popularidade do DJ.

Kleiman adotou a profissão em 1989, quando trancou o curso de Direito e começou a tocar para os amigos.

Autodidata, descobriu que “aquilo era a única coisa que permitia uma expressão absoluta”.

A partir dali passou a dar shows pela Europa, Austrália, China e Estados Unidos, e em 2009 foi eleito por publicações espanholas um dos melhores DJs locais do verão.

Filho de um clarinetista de jazz, Pascal Kleiman considera um exagero ser chamado de “herói”, mas admite ter feito muitos esforços para realizar seu sonho com a música.

“Vivemos em uma sociedade que não está feita para nós (deficientes), portanto temos que nos adaptar a tudo. O que consegui foi me adaptando e acreditando em que tudo é possível”.

O DJ que já tocou até numa discoteca em pleno deserto no Oriente Médio percorreu 88 países com a promoção do filme sobre a vida dele, do autor espanhol Ángel Loza.

Com o sucesso do documentário e dos shows, a única coisa que espera é “continuar tendo uma vida normal”, inclusive com seus dois filhos, que nasceram perfeitos, mas também estão aprendendo a usar os pés para atuar como DJs.

Fonte: G1

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Surrealismo…

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O conceito de ser jovem nos dias atuais parece deturpado. Muitos entendem que ser jovem é cultuar a futilidade, não ter limites e não ter o bom senso em saber onde começa e termina os seus direitos. Ah, como é legal uma pessoa chegar cheio de juventude aos 40, 50, 60. Não é aquela juventude com síndrome de Peter Pan, ou querendo ser a titia ou titio da Sukita. É o ser jovem na melhor idade, com a leveza da alma e consciente do papel social.

Na época ápice da juventude frequentei festinhas em boates, em casas de amigos. Fui ao cinema, ao teatro, a shows, acompanhados de amigos ou não. Me divertia bastante, voltava pra casa de alma lavada, consciente de que a festa tinha acabado e que a vida continuava, já pensando em uma outra ‘overdose’ de diversão. Como o meu tempo é o hoje, não parei de curtir à noite ou dia, quando o assunto é diversão. Mais moderado optei por um lazer mais tranquilo, onde um bate papo informal é sempre viável. Mas isto não impede de curtir uma balada dançante, principalmente quando ela é da boa.

Embora tenha cara de sisudo, me considero uma pessoa tranquila, despojada e alegre. É por isso que adoro diversão. Só que já está virando rotina algumas atitudes mal educadas a serem vivenciadas em alguns locais da ilha. Na quarta-feira,29, resolvi passear por um shopping da cidade para apreciar as vitrines das lojas, degustar na praça de alimentação e depois quem sabe assistir a um filme. De repente, passo a conviver com cenas inusitadas, pois foram registradas em um shopping. Um local em que a gente pensa estar seguro por pagar um preço alto pelo acesso. As cenas foram patéticas, por se tratar de quatro jovens, que aparentemente têm família, renda e frequentam escola.

Já que não existiu diversão, o jeito foi se contentar com as cenas divertidas e hilárias de duas adolescentes brigando no tradicional puxa puxa de cabelos. A confusão foi acabar dentro de uma loja. Veio o questionamento sobre a motivação da briga. Alguém blasfemou em alto e bom som. ‘É por causa de namoro”. Pensei que o triste cenário não fosse acabar, pois a platéia de jovens conivente com a baixaria, ao invés de apaziguar, colocava lenha na fogueira. Foram bons minutos de duelo entre as duas jovens, onde nem os seguranças do dito shopping, conseguiram acalmar os ânimos das destemidas. Depois de muito arranca rabo, barraco armado, as pugilistas se retiram do local, não sei se ficaram envergonhadas com a Ópera Bufa.

Até aí, tudo bem. A cultura da paz volta a reinar no shopping. Quem disse ! De repente, dois adolescentes na fila do cinema resolveram trocar chutes e pontapés. Me sentindo mais num campo de batalha do que num shopping,  resolvi tirar o time de campo diante de tanto descaso, da santa ignorância e de um ‘surrealismo’ vivenciado em uma noite de fim de férias num shopping center. Na volta pra casa o que restou-me foi refletir sobre tais conflitos.

Para aqueles que acham que os problemas psicossociais da juventude são de ordem apenas das classes desfavorecidas de dinheiro, entre outros bens materiais, eis um equívoco. A crise existencial é de todos. Está na hora das família, religiões, escola, entre outras instituições sociais e políticas, se engajarem a uma questão tão séria. Tem muita gente precisando de tratamento. Não basta falar que a cidade está crescendo por que tem muito carro, gente rica e emergente, condomínios luxuosos. O desenvolvimento tem que caminhar com a Cidadania, Ética, legitimadas pela educação.

Portanto, jogar lixo na rua, não respeitar a faixa do pedestre, buzinar no trânsito, fazer ultrapassagem pela direita e em alta velocidade, não respeitar a fila, cuspir e fazer xixi no chão, desrespeitar o idoso e brigar em shopping, são atitudes feias.

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Trilha amorosa…

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Nesta sexta-feira, comemora-se mais um Dia dos Namorados. Para embalar a data e esquentar os corações, alguns artistas daqui, acolá, colegas de farra, de trabalho, da rua, ou ‘a pessoa especial’, citam qual é, para eles, a música mais romântica de todos os tempos, a que mexe o seu coração ou criou uma atmosfera feliz, marcante e preciosa no começo, meio ou fim de um relacionamento..Você ai, internauta apaixonado(a), mostre o seu romantismo, indicando a sua trilha amorosa…

Anjo, profissional liberal
“Mandigueira – Bid feat. Elza Soares – CD Bambas e Biritas
 
“Marcou um passado recente.Ouvi no momento muito feliz da minha vida. Ela acabou fazendo parte da relação com a outra pessoa”.

George Israel, saxofonista do Kid Abelha
“In My Life” – The Beatles

“É uma música que fala sobre o passar do tempo e das coisas que a gente ama, as pessoas e lugares, mas afirma que nada se compara àquela pessoa. É uma coisa bonita de escolha, de encontro.”

Lucas, vocalista do Fresno
“Invincible” – Muse

“Ela fala sobre as coisas que um casal enfrenta durante a vida, e sobre como um sentimento forte entre duas pessoas pode servir para blindá-las de qualquer sentimento ruim vindo de fora.”

Vavo, guitarrista do Fresno
“Incancellabile” – Laura Pausini

“A música é bonita e lembra um clima de amizade e amor entre as pessoas.”

Conrado, baixista do NX Zero
“November Rain” – Guns ‘n Roses

“Porque tocou essa música no radio quando eu beijei minha namorada pela primeira vez.”

Fi, guitarrista do NX Zero
“Let´s Stay Together” – Al Green

“O nome já diz tudo (‘Vamos ficar juntos’).”

Wander Wildner
“Lonely Boy” – Sex Pistols / Sangue Sujo

“É uma música de amor punk, do tempo quando ainda se falava de amor.”

China, Bombeiro
“Sua Estupidez” – Roberto Carlos

“Apesar de ser uma letra triste e desesperada, dá para sacar que o cara ama muito aquela mulher e quer ela de volta.”

Aiara Dália,  Jornalista/Estilista
“Só Hoje” – Jota Quest

“Apesar de concordar com a crítica de que eles não são criativos, mas gosto de quando eles falam de amor. Curti várias “fossas” com essa “babinha”.

Elektra, vocalista do Fake Number
“Cartas Pra Você” – NX Zero

“Não só a música, mas a letra em si é linda demais, vale a pena prestar atenção. É uma música para escutar todos os dias, não só no dia dos namorados!”
 
Vivian Cunha, vocalista do Papo de Gato
“How Do I Live” – LeAnn Rimes

“Essa música eu escutei meio por acaso, já faz muito tempo. Ela fala de como seria a vida dela sem a pessoa que ama. Eu estava terminando um relacionamento e essa música marcou muito essa minha fase.”

Nynrod, backing vocal da Tanatron, guitarrista, radialista
“More Than Words” – Extreme

“É uma música que toca o coração de qualquer pessoa banhado pelas águas do amor. O conjunto da obra [é perfeito pra se curtir no momento à dois”.

Mary’Anne, Designer Interiores

“Vermelho” – Vanessa da Mata

“Se fosse dar uma poesia para alguém especial copiaria a letra dessa música. Ela reflete o que sou na forma de amar.

DJ Penélope, Pau pra toda Obra

Ben – Michael Jackson

“Gostaria de ser o ratinho do imaginário da canção interpretada por Michael Jackson, ainda lúcido, pra roer o seu coração de amor”

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