De quem é o erro ?

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Escrito pelo jornalista André Lisboa, de O Estado: Djalma Lúcio x Lima Dias Turismo, em seu diário virtual: erro contratual do cantor x descaso e falta de preparo da produtora.

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Baile do Baleiro: orgânico, divertido e plural

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Em 13 anos de carreira, Zeca Baleiro deixou de ser conhecido apenas como músico para estender sua produção para outras linguagens. A escrita, que já o acompanhava nas composições, também virou crônica para revista e fruto de seu primeiro livro, “Bala na Agulha (Reflexões de Boteco, Pastéis de Memórias e outras Frituras)”. O Baile do Baleiro surge como mais um trabalho paralelo e uma satisfação pessoal do cantor e compositor maranhense.

Biografia

O Baile do Baleiro é um projeto de Zeca iniciado em 2004 que caiu no gosto dos paulistanos em noites memoráveis, de lotação esgotada, com participação de artistas como Chico César, Zé Geraldo, Tonho Penhasco, Alzira Espíndola, André Abujamra, Lanny Gordin, Vange Milliet, Maurício Pereira etc.

Em 2007, o Baile viajou e promoveu grandes encontros com artistas em cidades como Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de voltar anualmente a São Paulo. Entre outros, Baleiro já recebeu em seu Baile Anastácia, Odair José, Vânia Abreu, Max de Castro, Criolina, Théo Werneck, Jica y Turcão, Skowa, o cantor e compositor angolano Filipe Mukenga, Márcio Greyck, Chico Amaral, Kleiton & Kledir, Hyldon, Luiz Ayrão e Zélia Duncan.

Inédito

Esta é a primeira vez que Zeca Baleiro traz o seu “Baile” para São Luís, que terá a participação especial de Odair José e Flávia Bittencourt. Muito esperado, o “Baile do Baileiro” ocorre neste sábado, dia 2, a partir das 22h, na Lagoa da Jansen, e contará, ainda, com os ‘deejays’ Pedro Sobrinho e Franklin, além de show com o grupo Argumento.

O músico Zeca Baleiro, que já está articulando um álbum só com canções desconhecidas, conversou com a imprensa local, no Hotel Luzeiros, na [Ponta do Farol], trazendo com ele uma camisa especial do Maranhão Atlético Clube (MAC), clube maranhense do coração (veja). Para Zeca Baleiro, o “baile’ é um patrimônio cultural suburbano brasileiro”. E com relação ao “Baile do Baileiro”, o artista diz que sempre teve vocação para agregar gente de todas as tribos e gerações. Ele propõe uma atualização do modelo do “baile”, cantando e tocando de tudo, com arranjos modernos e sonoridade contemporânea, sem deixar de lado os “hits” da carreira, sempre pedidos feitos pela legião de fãs.

– O Baile do Baleiro virou uma febre no cenário artístico e cultural paulistano. Nós resolvemos apresentá-lo ao restante do Brasil. Ele tem um cárater informativo, sem ser didático. Nele, reverenciamos o passado com o presente para não cristalizar a ideia. Eu me permito com o “Baile” em tocar as músicas que ouvir numa época em que o rádio era mais democrático. Enfim, já que a música é orgânica – explicou.

Questionado da segregação social histórica existente entre o que “MPB chique” e o brega, Zeca Baleiro garante que o “Baile do Baileiro” tem como objetivo desmistificar essa ideia.

– Reconhecemos que na música popular brasileira ainda existe esse tipo de pensamento. O projeto do “Baile” tem como uma das características quebrar com essa ideia.  A minha vocação é a de agregar diferentes artistas em minhas produções. Eu sempre gostei da farra que a música permite. O “Baile do Baleiro” vai de Red Hot Chilli Peppers à Originais do Samba – brincou.

Serão duas horas de show em que Zeca Baleiro será acompanhado Tuco Marcondes (guitarra), Fernando Nunes (baixo), Adriano Magoo (teclados e acordeon)
Kuki Stolarski (bateria e percussão), Hugo Hori (sax e flauta), Jorge Ceruto (trompete), Tiquinho (trombone), Flávia Menezes (vocal) e Rosy Aragão (vocal). Ele dividirá o palco com Odair José e a maranhense Flávia Bittencourt.

– Tocar com Odair José e Flávia Bittencourt é um gesto de um artista apaixonado por música. São dois artistas de gerações distintas. Flávia é uma artista jovem que admiro muito a produção artística dela e resolvi convidá-la para o “Baile” – comentou.

Flávia Bittencourt não quis revelar o seu ‘setlist’ para o “Baile”, preferiu destacar o trabalho de Zeca Baleiro e dizer que estava emocionada em participar da festa.

Além do sucesso do “Baile do Baleiro”, que o músico tem a intenção em transformá-lo em um programa de TV, Zeca Baleiro tem outro motivo de sobra para festejar. O programa na Rádio UOL, o Biotônico faz aniversário de um ano. Com 31 programas no ar, publicados quinzenalmente, o Biotônico festeja com uma edição especial, que será apresentada direto dos estúdios da TV UOL (http://tvuol.uol.com.br/aovivo/), nesta terça-feira (5 de julho), às 17h.

Biotônico

Criado e apresentado por Zeca Baleiro e os amigos Otávio Rodrigues, jornalista e dj, e Celso Borges, poeta e jornalista, o Biotônico tem formato de almanaque, com curiosidades, bate-papos, aforismos, poesia e muita música.

Rock In Rio

Zeca Baleiro é um dos convidados do Palco Sunset, do Rock In Rio. Ele se apresentará no dia 1º de outubro, em dueto com o músico africano Lokua Kanza. Esse palco foi criado pelos organizadores do festival e tem como objetivo parcerias musicais inusitadas, ou seja, uma autêntica Jam Session.

Fotos: Paulo de Tarso Jr./Imirante

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Inaceitável

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Uma triste realidade a vivenciada pelo Boi de Axixá, um dos mais tradicionais e emblemáticos bois de orquestra do Maranhão, em pleno território, durante apresentação na noite da véspera de São João, dia 23/06.

É inadmíssivel o descaso com o Viva Axixá, o boi de Axixá, que tem como referência uma das toadas mais representativas do folclore maranhense: o hino “Bela Mocidade”, de autoria do mestre Donato, e imortalizada e interpretada por meio mundo, inclusive pela cantora baiana Maria Bethânia.

O fato foi registrado, com direito a imagens, nos blogs de Zeca Soares e Geraldo Castro. A gente reforça a denúncia e repudia a tremenda falta de consideração com a cultura Popular do Maranhão.

Fonte: Imagens/Zeca Soares e Geraldo Castro

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Polêmica na rede

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Blog do Zeca Soares

A crítica feita pelo cantor e compositor Tutuca no Facebook abriu uma grande polêmica em meio à classe artística. O cantor disse que tocou “para as moscas e bêbados”, na Casa do Maranhão.


Tutuca reclamou da falta de divulgação e da péssima estrutura de som disponibilizada pela Secretaria de Cultura. O músico Wellington Reis abriu a ferida e criticou a falta de união dentro da classe.


Camila Reis também disparou contra o som disponibilizado pela Secretaria de Cultura, o qual definiu como de “péssima qualidade”.

O percussionaista Zé Roberto afirmou que o cantor Omar Cutrim foi humilhado na Secretaria de Cultura.


O desrespeito aos artistas maranhenses também serviu de desabafo da cantora Célia Sampaio. Ela também criticou a falta de apoio da mídia.


Residindo hoje na França, a cantora Anna Torres se disse decepcionada com as rádios locais que não executam a música maranhense.

“Uma pena, um disperdício… Estão jogando no lixo o que temos de mais precioso, a nossa música, que é rica, plural e que pode alavancar o turismo, a economia do nosso Maranhão”, afirmou Ana Torres.

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“Sou Jornalista, E Agora” ?

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A coordenação do Curso de Comunicação Social da Faculdade São Luís promoveu entre os dias 1º e 3 de junho, o 4º Fórum de Jornalismo, que trouxe como tema central o sugestivo tema: “Sou Jornalista, E Agora ?”. Foram três dias em que o corpo de estudantes do curso puderam refletir, questionar e buscar uma receita para o exercício de uma profissão fascinante, porém cheia de desafios a enfrentar.

Na segunda noite do encontro, o jovem jornalista e empreendedor, o “xará” Pedro Henrique, o jornalista multimídia e mundano Xico Sá, [euzinho aqui],  e [todos nós ] mediados pela professora e comunicóloga Jô Dantas discutimos sobre o “Jornalismo: dos grandes veículos às redes sociais”. Uma tema cheio de complexidade, porém da hora.

Foi uma noite proveitosa em que Pedro Henrique falou do seu convívio com as redes sociais e preferiu buscar informações junto ao anfitrião da noite, o jornalista Xico Sá.

Com seu jeitão irreverente, instigante, inquieto convenceu a todos os presentes falando da sua vasta experiência profissional e de como fazer jornalismo multifacetado, onde o discurso vai do futebol à política, da música à literatura. Enfim, assim se define profissionalmente Xico Sá.

O jornalista que nasceu no Crato (CE), torcedor do Icasa, mas que construiu história no Recife (PE), passou meteoricamente pelo Rio de Janeiro e adotou a Paulicéia Desvairada do poeta Mário de Andrade para fixar residência e se tornar um torcedor de carteirinha do “Peixe” santista.

Ousadia e Mundanidade

Em muitas palavras e frases citadas, ‘compulsoriamente’, pelo jornalista Xico Sá, o que me chamou atenção quando disse que “foi chamado para o mundo movido pela altivez, autoestima, ousadia e a irreverência do povo nordestino” [características essas que contribuem para quebrar as barreiras de um preconceito regional ainda existente].

E logo me veio o questionamento. E o Maranhão é realmente um Estado nordestino ? Infelizmente, somos uma miscigenação regional caracterizada como Meio Norte, o que nos deixa híbridos e confusos, mas com um certo orgulho pelo fato de nos situarmos no mapa do Brasil por uma riqueza cultural, costumes e ecossistemas diversos.

Pois bem, diante do improviso de Pedro Henrique, Xico Sá e Jô Dantas, como mediadora, optei por uma fala escrita.  Um discurso lido na íntegra.  Foi estratégia para não perder o raciocínio. Afinal de contas, o tema em questão é cheio de nuances, pluralismo e complexidades. Portanto, cautela para não perder o fio da meada.

Bom, qual o estudante de jornalismo não ouviu alguém dizendo que saber lidar com as mídias sociais faz parte do futuro da profissão ? Pode ser um professor fissurado em internet, um chefe um pouco mais moderninho ou até o amigo de turma que já tem conta em umas quinze redes diferentes. O fato é que as tais novas mídias, queira você ou não, trouxeram transformações que exigem que nos adaptemos – para dizer o mínimo.

Não é à toa que grandes jornais do Brasil e do mundo, como a Folha de São Paulo, O Globo, etc., apostaram no jornalismo online e utilizando as redes sociais como aliados. Aqui, no Maranhão, as empresas de comunicação passaram a acreditar e investir no jornalismo online pela importância desse novo formato de fazer jornalismo, que gera audiência e dinheiro, e também dialoga com as redes sociais.

Assim como os outros veículos de comunicação, a internet tem vida própria, suas particularidades, e nos proporciona um universo, uma gama de informação nas mais variadas correntes. Não podemos esquecer que ela também veio para chacoalhar, dinamizar a linguagem da informação e, ao mesmo tempo, é um instrumento que veio para convergir, somar com os veículos já existentes, entre eles, a televisão, o jornal impresso e o rádio.

Sabemos também que a internet e as novas tecnologias mudaram drasticamente os hábitos e a maneira de se consumir notícias. Mas ninguém consegue responder a esta perguntinha incômoda: as pessoas estão mais e melhor informadas ?

Na minha opinião, aumenta o número de blogueiros, orkuteiros, facebookers e twiteiros, mas não aumenta o número dos bem informados. Este é um dos saldos da revolução informativa que, mesmo sendo um canal de comunicação valioso, com uma velocidade impressionante, às vezes parece estar resumida a uma coletânea de factóides, [principalmente quando acesso o orkut e o facebook e tenho a sensação que as redes não passam de um site de intrigas e relacionamentos].

Eu parei, pensei e percebi. Em 26 anos de profissão temos de ter cuidado com essa tal da modernidade e toda essa revolução no jornalismo. Mesmo assim, procurei me adaptar a essa nova realidade, até porque eu não quero virar bolsa de madame. E percebi a necessidade de me reinventar, pois essa é a receita básica, para qualquer profissional, principalmente quem trabalha com comunicação.

Comecei com o rádio nos anos 80 e já fazia a convergência com o jornal impresso. E ao ouvir que o futuro do jornalista era tornar-se multimidia, adotei o jornalismo online logo que ele ganhou corpo no Maranhão. E daqui por diante, procurei exercitar jornalismo usando o rádio, o jornal impresso e o online, o que tem sido uma experiência enriquecedora, por você trabalhar com linguagens distintas, mas com a percepção que todos esses veículos têm algo em comum: a informação.

Pois bem, essa  nova realidade informativa da internet não mudou a maioria dos valores sociais vigentes”. Mas, devemos reconhecer que a convivência nem sempre é tranqüila com os outros meios de comunicação tradicionalistas, pois vive-se a transição de um modelo de cobertura jornalística.

Toda transição é uma luta de rupturas e mudanças que nem sempre são bem digeridas pelos tradicionalistas. Da mesma forma, os seguidores das novas tecnologias tendem a transformá-las em mitos, o que cria generalizações tão equivocadas quanto a resistência ao novo. Portanto, cautela, pois há espaços para as duas formas de se fazer jornalismo.

A avaliação que faço é que a internet, as redes sociais, são tão valiosas quanto a competência de quem estiver usando estas ferramentas. Um outro detalhe a ser constatado é que a partir do uso maciço das novas mídias, o argumento de que a imprensa é dominada por poucos grupos não é mais válida. Você pode buscar mídias alternativas para sobreviver ao mercado definido como convencional, eis como um bom exemplo, os Blogs.

Por outro lado, a dificuldade não está mais na falta de informação, mas na falta de edição. Ninguém mais sabe onde encontrar informação confiável. Na minha opinião, é preciso que o internauta, leitor, saiba discernir que fontes têm mais credibilidade. A pressa em abastecer em tempo real um veículo de comunicação aumenta o potencial de erro.

O foco será a reflexão, a busca por outras informações e cabe aos jornais e revistas, cumprirem esse papel buscando informações mais detalhadas. Eis aí, um mercado de credibilidade e uma escola para quem gosta e tem como opção o jornalismo escrito.

Ser Profissional

E fazendo uma relação entre o discurso das novas mídias e o mercado de trabalho no jornalismo, chego a conclusão que o jornalista tem que estar preparado para a profissão e para a vida. Tem que encarar o jornalismo como ciência social. 

Aí, independente de nota no calendário escolar, do diploma, da especialização jornalística escolhida para ser desenvolvida no mercado, ou se você trabalha para “fulano, cicrano ou beltrano”, o essencial é ter um conhecimento geral, a leitura de mundo com criticidade e que a prática do jornalismo diário seja exercitado com o olhar local e o restante no Globo.

Costumo dizer para os meus alunos que devemos ser cosmopolita com o olhar em Nova York, mas o destino no Maranhão, mas que também devemos fazer jornalismo além do Estreito dos Mosquitos.

Desta forma, o profissional se tornará, de verdade, adaptável a qualquer um desses veículos. E, mais, defendo que não devemos virar as costas para o senso comum, mas se pudermos fazer um jornalismo mais criativo, instigante e que fuja do lugar comum, de vez em quando, estaremos dando também a nossa parcela de contribuição à sociedade.

E procurando não ser afetado, mas realista e defensor dos meus ideais, adotei uma frase citada pelo ator Ney Latorraca, em entrevista à jornalista Marilía Gabriela, no canal GNT. “Eu prefiro agradar com o meu trabalho um homem inteligente do que uma cambada de ignorantes” (frase adaptada de “Hamlet”, de William Shakeaspeare).

Vocação e Missão

E aproveitando o tema central do 4º Fórum de Jornalismo da Faculdade São Luís, “Sou Jornalista, E agora ?”. O meu recado foi singelo e direto. Não espere a hora, faça acontecer…

Ser jornalista é uma missão e para isso é necessário ter vocação. É uma profissão em que podemos aliar o dinheiro e o prazer e às vezes apenas o prazer de ser jornalista. E encerrei a fala, definindo que para ser jornalista é necessário atitude. E ter atitude, de acordo com o DJ Dolores, o sergipano conhecido como Helder Aragão, é correr riscos.

Imagens: Ribeiro Jr/Fac São Luís.

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Correndo atrás do lucro

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Cavalheirismo à parte, a LaDama é mais uma banda maranhense a surgir em um mercado musical e confuso nacionalmente, mas ainda atraente. Enfim, o Brasil é um dos maiores consumidores de música do mundo. Formado por Karina Maia (vocal), Felipe Hyly (guitarra) e Cid Campelo (bateria), o grupo retorna a São Luís para apresentar nas rádios locais o primeiro disco solo com cinco faixas inéditas [“Algo Mais”, “Afinal”, “Tudo Que Restou”, “Isso é Real” e “Só Coragem Não Traduz o Amor”] e o videoclipe ‘single’ de “Algo Mais”.

Em conversa no Plugado, na Mirante FM, no último domingo, dia 5,  a LaDama mostrou que conseguiu superar o momento de transição entre o Sública (2003) e o LaDama, entre São Luís e o Rio de Janeiro, onde moram atualmente, apostando no profissionalismo. Perceberam que ser músico não depende apenas tocar o instrumento ou sair por aí cantando. Tem que absorver outros valôres e um deles é o de ser empreendedor do seu próprio investimento.

Assim como milhares de artistas existentes em qualquer canto do mundo, a LaDama busca um lugar ao sol, ou seja, um reconhecimento maior, embora reconheça dos desafios a serem enfrentados para que um dia o sonho seja concretizado.

O fato de encarar um trabalho independente com humildade, profissionalismo, produzir um disco e correr atrás do lucro já são os primeiros passos dados para uma carreira de sucesso. E se conselho fosse bom não dava-se, vendia-se. Que essa tomada de decisão do LaDama sirva de referência para aquele músico que fica por aí em busca de um pa(i)ternalismo, ou, então, reclamando pelos quatro cantos da sala que o mercado local é difícil, o dono do bar não o chama para tocar, enfim, se faz de eterno coitadinho por não aceitar que o excesso de reclamação pode estar associada a falta de iniciativa. Portanto, traduz-se para acomodação.

E para dizer não aos obstáculos, o LaDama caminha e se posiciona no local e momento certos. Logo, que desembarcaram em São Luís para um passeio e divulgação do trabalho, surgiu o convite da Lamparina Produções para que o trio participasse do show de abertura do NX Zero, nesta sexta-feira, dia 10, na Nova Batuque.

Uma vitrine. Tocar no show de uma banda midíatica e conhecida nacionalmente é abrir uma janela de projeção excelente. É uma oportunidade que a banda terá de mostrar o trabalho para os conhecidos e desconhecidos. E o que resta é levar para o palco alegria e a música autoral de uma banda que está ansiosa e louca para ver a sua música tocando em alto e bom som no rádio daqui, de acolá, de qualquer lugar.

Foto/Imagens: Maurício Araya / Imirante

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Nosly em Parador

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Nosly é daqueles músicos instigantes, não se desestimula com as situações adversas e corre atrás do lucro, mesmo sabendo que fazer arte no Brasil, em especial música, não é uma tarefa das mais fáceis. Como existe espaço para todo mundo, uns menos outros mais, o importante é que você encontre o seu nicho. E isto só acontece quando você defende com unhas e dentes um ideal e faz dele uma doutrina de vida.

Natural de Caxias, interior do Maranhão, Nosly optou em correr mundo com a música que acredita. De São Luís para Beagá. Depois uma passagem pela Europa, onde morou na Alemanha. A experiência conquistada nas estradas de uma vida mundana o enriqueceu de harmonia e inspiração para conceber música e compor e interpretar com lirismo, não esquecendo as origens, mas absorvendo a necessidade de interagir com os povos para não perder o bonde da história.

E no meio dessa interação, um parceiro eterno. Mesmo tendo que se separar geograficamente e por trilhas musicais diferentes. Nosly e Zeca Baleiro, Zeca Baleiro e Nosly, não perderam o contato, que nasceu em São Luís, cercado de uma cumplicidade fraternal, onde trocaram ideias nos palcos no início da carreira de ambos. E logo veio a separação que não foi marcada por uma crise entre os dois, mas pelas circunstâncias da vida. Enfim, eles voltaram. Os boêmios e conterrâneos voltaram em parceria na concepção do álbum “Parador”. Talvez, um dos mais marcantes na extensa de Nosly.

O trabalho traz doze faixas produzidas por Zeca Baleiro, mas com o dedo no repertório de Nosly. Na primeira ouvida dá para sentir a alma , personalidade e o lirismo vocal do músico caxiense em cada acorde.

Um disco em que outros amigos e parceiros metem a colher, entre os quais, Ronald Pinheiro e Jorge Tadeu na música “Aquela Estrela”; Jim Croice, em “So I´ll Have To Say I Love You In a Sone”, os poetas Fernando Abreu em “Você Vai Me Procurar” e Celso Borges em “Aldeia”; Gerude e Luís Lobo em “Parador” título do disco, o paraibano de Catolé do Rocha, Chico César em “Bilhete de Azul Claro”; a paulistana Vanessa Bugmany em “Apesar de Doer”, Sérgio Natureza em “Voo Noturno” Olga Savary com a participação vocal de Zélia Duncan em “Nome” e Zeca Baleiro em “Oh Baby Perdoe”, “Versos Pedidos” feito com o cearense Fausto Nilo, além da releitura da balada radiofônica “I´ll Be Over You” de Steve Lukather e Randy Roodrum.

São 26 anos de música, três discos concebidos na Europa e o mais novo produzido no Brasil com produção de Zeca Baleiro. O CD intitulado “Parador” é uma constatação, óbvia, que mesmo andando aqui. acolá, em qualquer lugar, o destino dele é a Música Popular produzida no Maranhão.

Nosly realizará “Noite de Autógrafos” do disco Parador, nesta quarta-feira, (8), no bar e restaurante Kitaro (Lagoa da Jansen), com direito a “pocket show” e participações especiais.

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MPB renovada

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 “Eu Não Sei Sofrer em Inglês” é o nome do mais novo disco do cantor e compositor maranhense Bruno Batista, já à venda desde ontem, em São Luís. Em uma rápida audição, sugiro que o trabalho é recomendável, pois se trata da Música Popular Brasileira renovada. E o legal é saber que o Maranhão promete para o cenário nacional mais um nome. Tudo é uma questão de tempo.

Lançado em um intervalo de seis anos do primeiro disco, intitulado apenas Bruno Batista, o segundo álbum chega ao mercado em formato ao vivo,m gravado em três sessões por uma banda formada por Estevan Sincovitz e Gustavo Ruiz (guitarra), Chico Salem (violões), Márcio Arantes (baixo), Marcelo Jeneci (teclados e acordeon) e Guilherme Kastrup (bateria e percussões). A exceção é a faixa “Sobre Anjos e Arraias”, gravada em estúdio, com Ricardo Prado (baixo e acordeon).

O CD traz ainda a participação de Mário Manga (cellos) em “Lia, Não Vá”. Com onze faixas autorais, o disco tem a produção assinada por Guilherme Kastrup e Chico Salem, [esse último estará em São Luís no próximo dia 24, acompanhando Arnaldo Antunes, em show no Teatro Artur Azevedo, pelo MPB Petrobras).

A ida para São Paulo permitiu para que Bruno Batista buscasse novas informações e contatos. E nesse tráfico de boas influências teve acesso a músicos que fazem a nova cena musical paulistana e brasileira, entre os quais, citamos o maranhense Zeca Baleiro, que divide com Bruno, a faixa “Acontecesse”, que está incluída no álbum de estreia do artista.

“Eu Não Sei Sofrer em Inglês” é um disco que recebeu arranjos coletivos e parcerias que apontam o trabalho para uma nova direção. Além de Baleiro, destaque para a participação de Rubi, em “Vaidade” e da promessa da nova MPB, Tulipa Ruiz, na bela canção, “Nossa Paz”. O restante do trabalho só dá Bruno Batista soltando a voz em composições 100% autorais.

O disco está lançado e em São Luís, você pode encontrá-lo em livraria e shoppings da cidade. Os primeiros shows para a divulgação do trabalho ocorrerão em São Paulo e no Rio de Janeiro. A ilha está no roteiro e tudo é uma questão de articulação e tempo.
Bruno Batista também está web para quem tá a fim de conhecer mais sobre o artista.: http://twitter.com/batista_bruno, http://facebook.com, http://batistabruno.wordpress.com/, http://www.melodybox.com.br/brunobatista e http://soundcloud.com/bruno-batista-1

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O Pulso ainda pulsa

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Uma noite de terça-feira espetacular. Essa é a melhor tradução para o show de Arnaldo Antunes pelo MPB Petrobras, no Teatro Artur Azevedo, um projeto que mostra a [nós] ludovicenses a existência de uma cena musical além do Estreito dos Mosquitos acontecendo no Brasil e no mundo afora. E o que se viu foi a casa cheia, formatada por uma plateia ávida para fugir do lugar comum. Acabou encontrando como receita exata, a estética musical urbana e reinventiva do paulistano Arnaldo Antunes.

Antes, uma sacada bem pensada de ter o músico maranhense Glad para abrir o show. Emocionado em estar de volta ao palco do teatro Artur Azevedo, Glad agradeceu e mandou o seu recado com a singeleza de um artista que em momento algum esqueceu que o seu Porto Seguro é aqui. Em meio ao recital do poema “Traduzir-se”, do maranhense Ferreira Gullar, Glad interpretou músicas clássicas do cancioneiro maranhense registradas em seu mais recente trabalho “Canto de Lá”.

Maranhens[idade]

Acompanhado de Jayr Torres, ao violão, o músico viajou em um ‘revival à maranhense’, com destaques para, “Minha História”, de João do Vale, “De Cajari Pra Capital”, de Josias Sobrinho, “Oração Latina”, de César Teixeira, “Ponteira”, de Sérgio Habibe e se despediu do público com “Diverdade”, de Chico Maranhão, música interpretada por Diana Pequeno, em Festival promovido pela Rede Globo, lá pelos anos 80.

Reinvenção

Muita gente refere-se a Arnaldo Antunes como poeta concreto. De fato ele o é. Mas é mais do que isto: compositor, cantor, performático, artista plástico. Enfim, um multimídia a serviço da música. E assim fez o ex-Titã em retorno a São Luís, desta vez para cantar no palco do Teatro Artur Azevedo, e mostrar a sua trajetória solo acompanhado de apenas dois músicos: Chico Salem (violões) e Betão Aguiar (violões e guitarra).

Um encontro intimista, quente, pelo repertório, pela pegada, em que Arnaldo Antunes faz um apanhado de seu último álbum, “Ao Vivo Lá em Casa”, passeia pelo “Iê Iê Iê”, entre elas, a bela “Longe”, “A Casa é Sua”, “Invejoso” “Envelhecer” – até a ótima “Alegria”, do CD “Ninguém” Passeia ainda por “Fim do dia” (de “Um som”), “Debaixo d’água”, “Essa mulher” (ambas de “Paradeiro”) e “Consumado” (de “Saiba”).

Arnaldo Antunes interage com a plateia e administra o repertório cantando “Não Vou Me Adaptar”, uma clássica e dos bons tempos dos Titãs. Antunes  é o músico que tira do fundo do baú a Jovem Guarda para um disco de estúdio “Iê,  Iê, Iê”, grava disco e DVD literalmente caseiro,  reinventa o samba com riffs de guitarras distorcidas, o afoxé numa concepção tribalista [eunocêntrica], sem esquecer o olhar virgem que tem ele para o universo infantil, numa concepção em que o caráter lúdico de muitas canções adultas de Antunes também cativa bastante a criançada.

A audição com Arnaldo Antunes me fez acreditar que, mesmo diante da apologia feita mil e uma vezes ao senso comum se torne uma verdade absoluta nos tempos atuais, o “Pulso” [ do álbum Ô Blesq Blom dos Titãs] ainda pulsa’ para quem acredita no conteúdo como um agente transformador, criador de boas ideias para ajudar a compreender com mais lucidez e criticidade, quando necessário, o mundo no qual estamos inseridos.

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Brincadeira de mau gosto

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Foto: O Imparcial

Gritaria geral por que o ex-presidente Lula disse: “Vou tirar vocês da merda! “, se referindo ao povo carente que está literalmente nela mesmo. O cantor, compositor e teatrólogo Chico Buarque durante os anos de chumbo mandou “jogar bosta na Geni”. O povo cantou, aprovou e teve muita gente jogando até no Zeppellin e alguns no ventilador.

Peguei as frases de postadas no Blog de Francisco Sampa,  [mesmo com algumas ressalvas de que não se deve chamar pejorativamente ninguém de merda ou jogar bosta em quem que seja),  procurei entender a linha de raciocínio do ex-chefe de estado brasileiro e a poesia buarquiana. Mas, repudio totalmente o que aconteceu na sexta-feira passada (6), no Teatro Artur Azevedo.

Não estava lá, mas fiquei sabendo que a plateia assistia ao show do humorista cearense Paulo Diógenes, que interpetra a hilariante Raimundinha, quando foi surpreendida por um ‘banho de fezes’ jogadoa por alguém deliquente, vândalo, definindo, uma pessoa sem noção. É inadmíssivel tal atitude. Tive a impressão de estar vivenciando uma crise humanitária sem precedentes e chegamos ao estopim.

As pessoas saem em busca de diversão,  no Teatro Artur Azevedo, uma bela casa de espetáculos, um dos patrimônios arquitetônicos e artísticos mais imponentes da América Latina, e são alvos de um ato de vandalismo praticado por uma criatura que não foi encontrada porque as luzes estavam apagadas no momento da apresentação.

O lazer se transformou em noite de terror e virou caso de polícia. Enfim, um boletim foi registrado em uma das delegacias. O crime está sendo apurado, mas até o momento não se tem informações de quem o praticou e por qual motivo. Se foi para atingir o produtor do evento ou mesmo à direção do teatro, o ato é injustificável.  Se foi motivado por um surto de loucura, o que resta é a internação. 

A polícia tem que agir descobrindo o autor(a) dessa brincadeira de mau gosto, fedorenta, e colocar na cadeia. Esse atitude maléfica tem que ser cortada pela raiz. Já viu se a graça pega e se o dono da b… espalha [ela] a outros espaços de lazer e diversão da cidade…

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