Para todos os ouvidos

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O primeiro passo foi dado. São Luís já não está mais no mesmo lugar quando o assunto é Jazz e Blues. Embora o Lençóis Jazz e Blues Festival tenha sido concebido e realizado por dois anos consecutivos por Tutuca Viana em Barreirinhas, só na terceira edição São Luís ganhou a sua primeira versão. Foram duas noites, em que esses gêneros deixaram as suas marcas no palco do Teatro Artur Azevedo.

Na minha cabeça vieram uma São Luís de outrora, em que reza a lenda, era invadida por grandes companhias de Jazz, Música Clássica e grupos teatrais de todas as partes do mundo, transformando essa ilha, que virou Patrimônio da Humanidade, em Atenas Brasileira.

Em meio a tantas turbulências por qual passam a música e que não se trata de um problema exclusivamente local, foi possível a realização de um Festival de Jazz e Blues em São Luís. Infelizmente, muita gente encara esses estilos musicais como algo muito ortodoxo, empírico e de difícil compreensão.

Não podemos esquecer que se trata apenas de uma música com história, requinte, mas que podem ser bem ou mal produzidas. Os alunos de escolas públicas da rede estadual puderam constatar assistindo e interagindo aos ensaios dos músicos participantes da primeira noite.  Foi o momento marcante da primeira edição do festival em São Luís.

O importante é saber que numa ilha de 1 milhão de habitantes existe uma grande minoria que consegue entender o idioma do jazz e do blues. E lá foi para assistir a mais uma noite do festival. Alguns preferiram a primeira noite. Outros a segunda. Como ossos do ofício me permiti a curtir as duas noites.

Britanicamente lá estava [euzinho] pronto para curtir a primeira atração da última noite do festival em São Luís. E quem aparece é o músico local Marcelo Carvalho. Com o seu instrumento predileto, o teclado, mandou um tema atrás do outro. Uns autorais. Outros de gente que o influenciou ao longo de sua história musical, entre eles, o guitarrista norte-americano Path Metheny. Bem acompanhado por Moisés Mota (bateria), Israel Dantas (violão e guitarra) e dos convidados Nema Antunes (contrabaixo) e de um trombonista [que não foi possível identificá-lo], mas sei que pertence a extinta banda Black Rio.

Depois de uma abertura genuínamente instrumental, veio o som visceral, bluesy e rock da cantora carioca Taryn Szpilman. Um show marcado por um didatismo consistente e sem pieguice em que a artista mostrou  músicas do CD “Bluezz”, produzido pelo renomado baterista Cláudio Infante, que traz releituras de clássicos de Billie Holiday, Ray Charles, Willie Dixon, Etta James e Aretha Franklin, até chegar aos psicodélicos anos 60, com a revolução da Soul music, do Blues rock, e da contracultura com os blueseiros Led Zeppelin, Jimi Hendrix e Janis Joplin.

No repertório: “Evil Gal Blues” (L.Feather-L.Hampton), “Maybe I´m Amazed” (Paul McCartney), “Kozmic Blues” (Janis Joplin – G.Mekler), “Don´t Explain” (Billie Holiday-Arthur Herzog Jr.), “Angel” (Jimi Hendrix), “Georgia on my mind” (Hoagie Carmichael), “I Just wanna make love to you” (Willie Dixon), e Rock´n´roll, do Led Zeppelin.

Muito simpática, Taryn fez questão de elogiar o intercâmbio musical com os instrumentistas locais Edinho Bastos (guitarra) e Serginho Carvalho (baixo). A dupla interagiu ao projeto dela com o marido Cláudio Infante numa simbiose de quem já se conhecem de longos carnavais.

Numa noite em que o instrumental era a bola da vez, o festival trouxe mais uma vez a São Luís o violonista gaúcho Yamandu Costa. Ele retribuiu dizendo do privilégio em retornar a ilha para tocar. Assim o fez dedilhando com muita intimidade ao violão, instrumento em que ele passeia por diversos estilos da música, seja ela, do folclore brasileiro, argentino, dos celtas, balcãs. Enfim, o violão de Yamandu sabe ser cosmopolita sem perder as raízes.

Enfim, o Lençóis Jazz e Blues Festival se despediu do público ludovicense. Dentro de um conceito itinerante prossegue neste fim de semana, em Barreirinhas. Aplausos aos idealizadores e em que apostou na ideia. Vida longa ao festival. E que no ano que vem, caso tenha uma nova versão, o festival seja, também, realizado, gratuitamente por um dia, nas ruas, becos e ladeiras de São Luís. Afinal de contas, o artista tem sempre que ir onde o povo está !

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Jazz e Blues com misturas

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Um público restrito mais atento e ávido por jazz, bossa nova, misturas e viagens harmônicas que o Jazz e o Blues, mesmo parecendo empíricos, são capazes de proporcionar.

Para quem foi ao Teatro, achando que fosse ouvir o Jazz e o Blues na essência acabou encontrando música como reinvenção, revisitando standards dos dois gêneros, a bossa nova de João Gilberto, “Cravo e Canela”, de Milton Nascimento, “A Namorada”, de Carlinhos Brown”, o “Dente de Ouro”, de Josias Sobrinho, em textura jazzística, assim como “Preciso Me Encontrar”, de Candeia, em timbre medieval da harpa.

Mila Camões, a carioca de alma maranhense, abriu à noite e cativou o público um show singelo e consistente no Teatro Artur Azevedo. A artista estava vivendo um momento ímpar em sua carreira, pois segundo ela, a sua primeira aparição solo no palco de um dos teatros mais imponentes da América Latina, quiçá, do planeta.

Nota máxima para o trio que a acompanhou, leia-se, George Gomes (bateria), Jeff Soares (violoncelo) e a grata surpresa Wesley Souza (piano). Todos afinados e preocupados, na mistura sem perder a essência e da percepção de que música é uma arte que não aceita segregação e que pode ser lapidada. Tudo depende da criatividade de cada. Assim fizeram Mila Camões e o power trio em “A Namorada”, de Carlinhos Brown e em “Dente de Ouro”, de Josias Sobrinho.

Na sequencia, a veterana Ithamara Koorax entra em cena acompanhada dos virtuoses Victor Biglione (guitarrista) e Sérgio Barroso (contrabaixo acústico) para reverenciar João Gilberto e a Bossa Nova. Se perguntarem para mim o que achei do show ? Direi. “Nada de novo no front”, mas ouvir Ithamara Koorax fechando o show dela com a antológica “Desafinado” literalmente afinada e com a harmonia do jazz foi digno de aplauso e um bravo.

A harpa a serviço de um festival de Jazz e Blues. A carioca Cristina Braga constata que isso é possível. E vai além, quando comenta que o importante é a viagem, que faz com sua ferramenta predileta e de trabalho, pela músicas em suas mais variadas nuances. Que luxo, a interpretação para “Preciso Me Encontrar”, de Candeia.

Enfim, servir de cenário para um festival de Jazz e Blues é importante para São Luís. Aqui nós respiramos arte e cultura e receber uma ideia dessa e absorver deve ser traduzida como uma redenção.

Programação (Quarta-Feira – dia 12/08)

19h- Lançamento do livro: “Confesso Que Ouvi”,  Juiz do Trabalho e jazzófilo, Érico Renato Serra Cordeiro.
20h- Marcelo Carvalho e quarteto
21h- Taryn Szpilman e Trio
22h-Yamandu Costa

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Por Onde Andará a Lixeira ?

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Ficar na praça João Lisboa a espera do transporte alternativo que circula pelo centro da cidade faz parte da minha trajetória diária.

Na tarde desta quinta-feira (21), ao esperar pelo microonibus resolvi tomar o tradicional sorvete, vendido por pregoeiros, que se encontra apenas em São Luís. Preferi o copo ao gostoso cartucho com medo de lambuzar tendo em vista a irresistível à delícia do sorvete.

Depois da degustação veio a indignação misturada com decepção. Procurei uma lixeira em boa parte da Praça para jogar o copo e não encontrei. Chamei o sorveteiro, trabalhador e cidadão, para que me ajudasse a guardar o copo sujo. Ele perguntou: você é maranhense ? Eu respondi, ludovicense com muito orgulho. O trabalhador desabafou dizendo que há anos vende sorvete na área e fica triste com o tratamento que é dado ao local.

De um lado a ausência dos agentes da limpeza pública para cumprir o seu papel. De outro, um segmento da população que acha sujar se traduz como uma agressão a quem de fato e direito é responsável por aquele tipo de serviço. Haja sujeira.

Fiquei chocado ao ver uma casca de banana jogada no chão. Tentei fazer o flagrante com a minha digital. Parei, pensei e preferi as imagens dos pombos alegrando a praça e reverenciando a cabeça do busto do poeta e escritor maranhense João Francisco Lisboa, solitário e descontente.

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Santa Ignorância

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A matéria veiculada no JM 1ª Edição, da TV Mirante, mostrando flagrantes de carros e motos que circulam normalmente em áreas proibidas em quarteiróes do Centro de Histórico de São Luís, é uma constatação do desconhecimento, ignorância e desesrespeito a um patrimônio histórico tombado pela Unesco.

Basta dar uma volta pela Praia Grande, [principalmente na área patrimonial tombada e proibida a circulação de veículos, para evitar danos em ruas e aos imóveis seculares ali existentes], para  flagrar motos, diariamente, carros oficiais ou não oficiais, caminhões transitando na cara de pau e outros estacionados como se nada tivesse fazendo de politicamente incorreto.

E, o pior, cadê a fiscalização a esse conjunto arquitetônico que é de todo o mundo. Como devoto da esperança e sempre com fé em Deus acredito que um dia determinadas pessoas em São Luís enxergarão o juízo final da Plena Consciência e perceber como se deve caminhar para se legitimar a verdadeira cidadania.

Foto: Arquivo/Jornal O Estado do Maranhão

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Vai mano, tocar o infinito !

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O nosso eterno mano Jorginho Caburé, [cezinha, meu colega de Zoé Cerveira] desencarnou precocemente ha poucos dias de completar 49 anos. Saudade parece traduzir o sentimento sobre esse jovem da brilhante geraçao de artistas como Nosly, Mano Borges, Netinho do Banjo, Glad azevedo e tantos outros.

Jorge optou pelos efeitos percussivos da vida despojada dos poetas que preferem a noite ao dia,sempre num ritmo frenetico e de mãos dadas com a musica plena brasileira. Enquanto escrevo essas palavras as lagrimas me invadem a alma e o coraçao de borboleta, apaixonado imensamente pela artisticidade humana.

Que saudade da sua “timba” deliciosa e incomparavelmente tocada por ele. adorava tocar num contratempo alucinante o velho bongo que sempre dividiamos nas luaradas e pocket shows da vida. Eram encontros memoraveis com musicos extraordinários de todo o pais. Agradeço a todos que nos confortaram nesse pesaroso momento. Aqueles que silenciaram, não quiseram incomodar a nossa dor. Igualmente obrigado, amigos. 

 sutileza sonora da sua vassourinha ainda vai ecoar por muito tempo em nossos timpanos e corações. Timba! Cabuba! eh rapáa!  A sua bissexta musicalidade era apenas uma faceta para deixar fluir os bons fluídos da sua grandiosa personalidade.  Cabura foi so alegria! ele desfrutava a amizade de todos: João, Pipoca, Chicão, Giovane, Fernando, Zequinha, Gaguinho, Paulo Truma, Baiacu, Júlio 90, Henrique, Cleone, Hélio, Gereba , Pinha,  Nosly, Gege, Cabi, Wanger , JB, Luis Fernando…ichiii!  Quanta gente boa! A vida era uma festa para o meu irmão. Às vezes me ligava do seu escritorio favorito: a praia! “vem pra ca,brother. Tô aqui tomando uma “gegeca” com gereba. Nem sempre podia atender ao seu gentil convite ,mas confesso que ficava com água na boca pra curtir umas e outras e a paisagem deslumbrante da praia do Olho D´Água. Ali era o seu habitat. o Canto A,o Nonato, a Rosa, Rosana, Amendoeira, Capiau,  Ilha Point…

Sou grato a Gigi,que esteve contigo nos momentos mais cruciais da tua vida. Olha,tua eterna cunhada Olivia esta muito saudosa,mano. Chora muito lembrando de ti. Por esses dias,eu e Ivar tivemos lindos sonhos com a nossa mãe Didi. Deve ter sido uma mensagem de que ela te aguardava com todo o seu amor.

Qualquer dia a gente vai se encontrar… Até de repente… teu mano, César Roberto.

Texto: César Roberto

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Amigo é pra muitas coisas…

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Ah, já é meio-dia e meia. Pô, quase ia esquecendo que hoje é o dia do amigo. “Amizade de verdade é algo muito raro. Mas sou felizardo, pois acredito que tenho amigos”. Agora, falar sobre amizade ? Carinho ? Confiança ? Se importar com o próximo ? Doar seu tempo, seus ouvidos, seu dinheiro a um amigo ? O que você faria por um amigo?

Falamos muitos dos amigos que temos, que são bons amigos, são muitos amigos, pessoas sensacionais, mas o que é ser um amigo ? Eu, particularmente, entendo que conceber um amigo de verdade não é uma tarefa fácil. Mas, tenho a certeza de que não estou sozinho, pois aprendi cultivar amizade sem muita firula. Penso como o escritor Machado de Assis: “Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz”.

Não tenho muitos amigos, mas os que tenho são muito importantes, fundamentais, eu diria… Amizade é ter alguém na sua torcida, assim, jogando no seu time, de verdade… Aí, entra a amizade de um amigo para com outro, da família amiga e daquela boa amizade que pode surgir num relacionamento amoroso.

Sei que sou uma pessoa com defeitos e sinto que estou ficando mais velho. Mudam-se os valôres, mas nem por isso deixo de fazer amigos. Sejam eles mais velhos ou mais novos, conservadores ou moderninhos, o importante é renovar o ciclo.

Mas descobrir com o sábio Confúcio que para conhecermos os amigos “é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade”.

Eu prefiro a amizade seletiva e construída com o conceito de qualidade. Quero um amigo que sabe compartilhar, dialogar, nos bons e maus momentos dessa vida louca vida. Enfim, sou daqueles que amigos é pra muitas coisas.

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Festa para Noel Rosa

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Pela primeira vez em mais de vinte anos de história, o Prêmio da Música Brasileira expande os horizontes e a premiação, realizada no último dia 6, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ganhando uma linhagem itinerante com o patrocínio da Vale.

Cantor e compositor pernambucano Lenine encanta interpretando Noel Rosa

E São Luís recebeu de presente antecipado aos seus 400 anos, a serem festejados em 8 de setembro de 2012, o Prêmio da Música Brasileira, que ainda percorrerá mais cinco cidades brasileiras escolhidas pela organização do evento. Serão elas, Carajás (PA), dia 18/07, Belém (PA), 21/07, São Paulo (SP), 24/07, Vitória (ES), 24/07 e Belo Horizonte (MG), 27/07.

Na ilha Patrimônio da Humanidade, o tributo a Noel Rosa aconteceu na noite desta quarta-feira (13). Seis artistas, incluindo os maranhenses Flávia Bittencourt e Nosly, emprestaram as suas vozes para interpretar “o poeta da Vila”. Lenine acertou em cheio quando definiu”Noel Rosa: o nosso Cole Porter, pela qualidade de suas canções”. Se o Rio de Janeiro perdeu um médico, o Brasil ganhou um dos maiores sambistas de todos os tempos.

E foi ele [Lenine], quem abriu a série ao grande homenageado da  22ª edição do Prêmio da Música Brasileira, Noel Rosa, interpretando quatro composições do “poeta”, com destaque para “Feitio do Coração”. O cantor e compositor pernambucano cantou com a alma e uma ginga peculiar. Até no momento em que esqueceu trechos da canção por falhas técnicas no teleprompter, não perdeu o rebolado e usando a sagacidade de um artista feito para qualquer palco, o músico pernambucano soube improvisar em grande estilo.

Zélia Duncan fica arrepiada ao interpreta "Ùltimo Desejo" de Noel Rosa.

Zélia Duncan fica arrepiada ao interpreta “Ùltimo Desejo” de Noel Rosa. A segunda atração da noite, a carioca, de Niterói, Zélia Duncan cantou com emoção “Último Desejo” e abriu para a cantora maranhense Flávia Bittencourt, que interpretou “Palpite Infeliz” e passou a bola para outro maranhense, Nosly.

Flávia Bittencourt esbanjando elegância em "Palpite Infeliz" de Noel Rosa.

Flávia Bittencourt esbanjando elegância em “Palpite Infeliz” de Noel Rosa Ele mostrou com firmeza que interpretar clássicos do cancioneiro brasileiro é seu forte, especialmente, quando o momento é para reverenciar o legado atemporal deixado por Noel Rosa.

Sinônimo de brasilidade, Nosly canta com firmeza a obra do poeta da Vila.

Já, para Sandra de Sá a festa estava apenas começando. Flamenguista até à morte e carioca da gema e da farra, subiu ao palco e perguntou para a plateia porque estava tão quieta ? E a resposta de quem estava sentado veio logo abaixo quando a artista com seu jeitão despojado de ser abriu o  ‘setlist’ com “As Pastorinhas” e depois dividiu o palco com outro conterrâneo: Arlindo Cruz.

Sandra de Sá e Arlindo Cruz: dupla carioca do barulho faz plateia dançar ao som de Noel Rosa.

O músico entrou em cena e alertando a todos que a atmosfera [ali] era de samba, futebol e Noel Rosa. E já que a a palavra de ordem no dicionário de Arlindo Cruz era fazer barulho. Assim o fez. Exigiu da plateia que  interagisse batendo palmas, fizesse côro e dançasse ao som da antológica “Com Que Roupa”, que mereceu um bis para encerrar a celebração musical, que teve no ator Murilo Rosa um grande cicerone. O artista foi um show à parte, pois soube teatralizar com naturalidade a história de um compositor, que viveu apenas 26 anos, mas deixou uma musicalidade complexa e colocou na medida exata, o peso da poesia nas composições.

Ator Murilo Rosa deu um brilho especial ao contar com naturalidade e cumplicidade a trajetória de Noel Rosa

Aplausos também para José Mauricio Machline, criador do Prêmio da Música Brasileira, que teve a capacidade, em parceria com a Vale, celebrar a música em movimento por diversas cidades e trazendo na bagagem um prêmio, considerado uma referência da canção brasileira.

Sexteto encerra a festa mostrando “Com Que Roupa” reverenciaram Noel Rosa. A direção do Prêmio da Música Brasileira, tanto na versão que foi apresentada no Theatro Municipal quanto no formato itinerante, é do pianista João Carlos Coutinho que na turnê passa acompanhado pelos músicos Jurim Moreira, Zé Canuto, Rômulo Gomes, Márcio Malard, Marçalzinho e Lula Galvão.

Sexteto encerra a festa mostrando "Com Que Roupa" reverenciou Noel Rosa.

Enfim, uma noite inesquecível feita para Noel Rosa, tendo como  cenário o imponente e emblemático Teatro Artur Azevedo.

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Pedejinja: música sem rótulos

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As prévias do 2º Festival Mulambo foram destaques na edição deste domingo (2), do Plugado, na Mirante FM. Participaram do programa e conversaram com o apresentador do programa, o jornalista Pedro Sobrinho, o produtor do festival Frank Lima, e a Pedejinja, uma das bandas locais que participará do show do músico carioca Marcelo Camelo, no próximo dia 23, na Let It Beer (Ponta D`Areia).

A Pedejinja foi representada pelos músicos Paulo, Pedro e Jovi. O trio disse se sentir privilegiado em poder tocar no show de Marcelo Camelo, ex-Los Hermanos, considerado por eles, uma influência, assim como Mombojó, Móveis Coloniais de Acaju, Mutantes, The Strokes, reggae, blues. “Somos uma banda sem rótulos. E como estamos em um contexto da mistura proporcionado pela facilidade da internet”, explicou Pedro.

Festival

Para Frank, essa mistura feita pelas bandas se tornou a principal característica do festival. “O Mulambo Festival foi criado para reunir diversas bandas no mesmo palco, mas todas com a sintonia de fazer música, fazer cultura e no fim de tudo acaba em uma grande farra”, brincou.

Frank aproveitou para lembrar o sucesso da primeira edição do Mulambo Festival. O festival conquistaou o público maranhense, com a apresentação da banda pernambucana Mombojó (primeira vez em São Luís). Além da atração nacional, o festival levou ao mesmo palco as bandas maranhenses Ventura, Nova Bossa, Garibaldo e o Resto do Mundo, Megazines, Pedra Polida e Farol Vermelho, no em novembro do ano passado, no Circo da Cidade (Aterro do Bacanga).

Frank garantiu que o show de Marcelo Camelo é uma prévia do que vai acontecer de bom na segunda edição do festival, marcado para em outubro deste ano, De acordo com o Frank, o festival se consolida, graças à audiência em 2010, e confirmou que essa edição ocorrerá em dois dias.

Autoral

Sobre o convite para tocar no show de Marcelo Camelo, os integrantes da Pedejinja acham que o momento é importante no trabalho da banda. “Apresentaremos um show autoral, em que duas canções registradas em CD demo, e com audiência na internet, serão apresentadas ao público. São elas, “Salsa de um Ex-Amor” e “Tire o Seu Cavalo da Chuva”‘, disseram.

A banda surgiu em 2010 para o show “Prova Final” e é composta por Dinho (baixista), Jovi (vocal), Paulo (vocal, guitarra e escaleta), Pedro (guitarra, flauta transversal e violino), Sandoval (bateria) e, em algumas participações especiais, Pedro dos Anjos (saxofone, clarinete e gaita).

A Pedeginja caiu no gosto do público jovem de São Luís pelo som que busca, despretensiosamente, unir poesia, ritmos e diversão, características presentes em suas músicas e faz ‘jus’ ao nome da banda.

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Racismo é crime ! Xenofobia idem !

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Colegas do estudante de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Nuhu Ayúba, que é natural da Nigéria, denunciaram, pela internet, que o professor José Cloves Verde Saraiva teve atitudes racistas contra o nigeriano.

Eles criaram um abaixo-assinado via internet abaixo-assinado via internet, que já tem mais de 3.900 assinaturas, e o encaminharam à UFMA. A instituição divulgou em nota, no início da noite desta segunda-feira (4), que abriu processo administrativo para apurar o caso e que encaminhou o caso, também, ao Ministério Público Federal.

De acordo com o abaixo-assinado feito pelos alunos do curso de Engenharia Química, durante a entrega de uma nota de prova, o professor não teria falado sobre a nota de nenhum outro aluno, mas apenas da de Nuhu, “bradando em voz alta que ‘tirou uma péssima nota’”.

Eles afirmam, ainda, no documento, que por mais de uma vez o professor dizia que ele deverial “voltar à África” e que deveria “clarear sua cor”. O professor Cloves Saraiva teria perguntado ao nigeriano “ com quantas onças já brigou na África”.

Segundo os colegas de Nuhu Ayúba, em nenhuma das situações ele teria respondido ao professor, ficando calado.

Na sua página do Facebook, Nuhu Ayúba deixou pistas do racismo. Em 19 de junho, ele postou o seguinte texto:

“Africa: voce eh o meu pai… tenho orgulho de ser Nigeriano, de ser negão… porque quando Deus me criou, me criou perfeito… Porque se preocupar sobre um assunto de diferenca da cor… se daria a chance para escolher de onde eu quer ser. Escolheria Africa cem veses “.

Já neste domingo (3), ele diz (originalmente em inglês):

“eu nunca passei por esse tipo de humilhação em toda minha vida … Mas eu passo agora… é uma história que nunca anunciou sua passagem, eu não posso chamá-la de acidente, porque foi intencionalmente provocada, brutalmente executada, mas o objetivo nunca foi alcançado, porque ela obedeceu a 3ª lei de Newton”.

Nuhu Ayúba refere-se a lei de ação e reação.

Na nota divulgada, o reitor Natalino Salgado afirmou que é lamentável a ocorrência de fatos dessa natureza em qualquer instância pedagógica, ainda mais em uma universidade pública como a UFMA. “Temos pautado nosso trabalho no respeito e na dignidade humana; e não partilharemos de atitudes que se caracterizem em retrocesso e vergonha para a nossa sociedade. Os estrangeiros, assim como todos os outros estudantes, têm o nosso apreço e respeito. Vamos continuar honrando os acordos educacionais e culturais assumidos pela universidade e pelo governo Brasileiro com outros países”, destacou Salgado.

Em retratação pública, o professor Cloves Saraiva pediu desculpas à interpretação de ocorrências que teriam ofendido o estudante. Sobre as denúncias, o docente afirma que houve um mal entendido, sobre o qual pede desculpas ao estudante Nuhu Ayuba e aos colegas de classe. “Jamais tive intenção discriminatória, de qualquer espécie, mesmo porque sou, como muitos brasileiros, descendente de africanos, inclusive a minha avó era de Alcântara (MA). Acredito no potencial de todos, e o que exijo como docente é que os estudantes tenham compromisso com o conteúdo da disciplina e com a participação e frequencia às aulas”.

Agora, fiquemos certos de uma coisa, pois está garantido por lei: Racismo é Crime ! Xenofobia é crime ! Clique aqui

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”Não basta competir, tem que participar”

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A música maranhense está bem representada no 22º Prêmio da Música Brasileira, que ocorre nesta quarta-feira, dia 6, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A dupla Criolina, Alê Muniz e Luciana Simões, concorre a Melhor Disco e Dupla, na categoria Canção Popular, com o segundo álbum “Cine Tropical”.

Independente de vencer ou não, qualquer das categorias, Alê e Luciana já marcaram um gol de placa. O fato de ter os nomes e o disco indicados para um prêmio, que representa muito para a Música Popular Brasileira, pode ser traduzido como um título de campeão antecipado.

A indicação do casal para uma premiação nacional é uma constatação que o músico tem que entender que é necessário coerência profissional e entender que ‘nicho’ quer atingir. Alê e Luciana compreenderam e seguiram uma linhagem que faz com que o Brasil, aos poucos, reconheça que o Maranhão tem uma produção musical efervescente e peculiar.

O importante não é competir ou vencer de Vitor e Léo (Boa Sorte Pra Você), e Zezé Di Camargo & Luciano (Double Face), mas, sim, o de participar da festa da música brasileira, apresentando aos que comercialmente já têm bala na agulha e aos independentes, um disco singelo, onde eles apresentam suas influências musicais, que vão desde a música regional do Maranhão e do Caribe, até elementos musicais herdados do tropicalismo e referências eletrônicas.

Enfim, “Cine Tropical” é um disco híbrido, que já rodou diversos palcos do Brasil, e agora, é indicado para o Prêmio de Música Brasil. O Criolina constata que existe um ‘boom’ na cena musical brasileira, produzida nos dias de hoje, que não precisa de rótulos e “literalmente” ter que tocar no rádio ou programas comerciais de TV para viver e fazer sucesso.

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