Custe o Que Custar…

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Hoje amanheci com aquela vontade de ler. Peguei a Bravo e comecei a devorá-la da primeira a última página.  Em cada página lida e informação absorvida, veio a boa sensação de que como é importante se debruçar sobre uma revista, um livro, um gibi ou até mesmo bula de remédio. Ainda tem gente que diz por aí, que leitura é coisa do passado. Outros afirmam sem consistência, ou qualquer embasamento teórico, que o jovem de hoje não gosta de ler. Que conceitos feios e inaceitáveis.

Sei que a palavra de ordem para muitos mortais que se consideram modernos é o twitter, facebook, orkut, entre outras ferramentas do mundo virtual. Mas, prefiro à moda antiga: os livros. Sou daqueles que leio livro e vou à festa. Não admito alguém que venha para mim dizer que o ‘chic’ e ‘cult’ é escrever no internetês. Ou então ser conivente com quem “atropela” a língua portuguesa e expõem erros grosseiros em placas espalhadas pelas cidades. Posso até perdoar alguns casos considerados de ‘inocência cultural’. Mesmo assim um jornalista e escritor no quilate de Rui Barbosa não perdoaria e, com certeza, se viraria no túmulo.

A falta de atenção à norma culta da língua leva à criação de textos pitorescos e ininteligíveis. É gente por aí, assassinando a gramática e o Brasil construindo uma nova categoria de analfabetos: as dos funcionais. Ou seja, aquele que diz saber escrever, ler e entender o que aprendeu. Enfim, tudo não passa de uma tremenda falácia.

Diante da complexidade da gramática, o brasileiro convive com uma série de dúvidas sobre a forma correta de escrever as palavras, combiná-las com a ortografia e outras regras que disciplinam a língua portuguesa.
O que se vê é gente ainda escrevendo cebola com “s”, casa com “z”, ou ‘burracharia’, onde o correto é ‘borracharia’.

Infelizmente esses deslizes não são cometidos apenas por quem não teve oportunidade de freqüentar a escola, mas também por pessoas que vão  à escola e desprezam a forma correta de se expressar.

Enfim, adquirir o hábito da leitura é uma das formas mais eficazes de melhorar os conhecimentos gerais e aprimorar a escrita. O jornalista irreverente Marcelo Tas, do CQC, traz os oito motivos para apostar nos livros:

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1- Amplia o conhecimento geral
Ler é um ato valioso para o nosso crescimento pessoal e profissional

2- Desenvolve o repertório
Além de ser envolvente, a leitura expande as referências e a capacidade de comunicação.

3- Estimula a criatividade
Ler é fundamental para soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares e personagens.

4- Aumenta o vocabulário
Graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos.

5- Emociona e causa impacto
Quem já se sentiu triste ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem.

6- Muda sua Vida
Quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.

7- Liga o senso crítico na tomada
Livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e nós mesmos.

8- Facilita a escrita
Ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Quem lê mais escreve melhor.

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Inaceitável

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Dona de um bar e restaurante, que prefere ter a identidade preservada, na Praia Grande se mostra preocupada com a situação na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís. Ela denuncia que na última sexta-feira, 11, foi vítima de uma cena aterrorizante. Chovia forte e ainda faltou energia por volta das 22h30, quando foi surpreendida por uma turma de jovens que se encontrava na Praça Valdelino Cécio. Segundo a empresária, eles entraram em seu estabelecimento para se proteger da chuva. Com garrafas de bebidas nas mãos, começaram a sentar em cima das mesas, fazer batucadas e gritavam pedindo chopp e comida.

A dona do estabelecimento relatou que os clientes ficaram apavorados com a cena bizarra e desagradável dos jovens. Ela ainda acionou à polícia, mas não conseguiu ser atendido a tempo. Disse que com a estiagem da chuva e depois de intimidar todas as pessoas que estavam no bar, o grupo se retirou aos gritos.

– Foi uma experiência horrível. Precisamos de uma ronda policial mais constante na área, principalmente, no fim de semana. A Praia Grande fica insuportável de tanta gente. Quem trabalha fica vulnerável e refém de alguns vândalos que ali se instalam passando por gente de  índole  boa – alerta.

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Gorjeta em ‘bandeira dois’

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Amanheci à procura do significado da palavra gorjeta. A única coisa que descobri que não somos obrigados a pagá-la. Como uma tendência cultural e mundial agradar diretamente o garçom com a gorjeta é natural. Agora, quando ela já vem faturada na comanda, o que nos resta é questionar, pois em muitos casos os 5%, 10% não são repassados para o verdadeiro dono.

Pois bem, a notícia em destaque nos telejornais na manhã desta quinta-feira, 11, se refere a aprovação, ontem ,10, de projeto de Lei no Senado, permitindo a cobrança da taxa de 20% para gorjeta em bares e restaurantes, entre 23h e 6h. A justificativa do projeto? Os garçons, na madrugada, correm maior risco de violência. Têm dificuldade de transporte e o horário é mais cansativo.

Lei aprovada, promulgada ou sancionada, tem que ser cumprida. O consumidor em todo o País reage e já se manifesta contrário a decisão dos parlamentares. Primeiro, alega o valor a ser cobrado. Segundo, ninguém é obrigado a pagar gorjeta, principalmente se o serviço for considerado ruim. Terceiro, tem aqueles que gostam de agradar e preferem os 10%, valor que já estão acostumados a pagar.

Embora seja um apaixonado pela noite, a gorjeta de 20% não vai azedar o meu chopp, pois volto pra casa mais cedo. E os boêmios como ficam nessa discussão ? Os parlamentares deveriam ter perguntado a eles se devem ou não pagar os 20% de gorjeta ao garçom. O Procon avisa: “10%, 20% de gorjeta, só paga quem quiser. Você deve pagar apenas pelo que gastou e pronto. Qualquer valor acima disso, ou seja, essas gorjetas são sugestões. Não podem ser impostas para o consumidor”.

A gorjeta de 20% foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Ainda depende de votação na Câmara. Mesmo assim a situação é delicada. Para o garçom é uma ajuda e tanto. Para o consumidor é um custo a mais. Para os empresários o que resta é fazer lobby para que o projeto seja aprovado e vire lei, uma espécie de ‘bandeira dois’ para contribuir na folha de pagamento dos bares e restaurantes’.

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Há Mulheres !

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Hoje é Dia Internacional da Mulher. Hoje é o dia especial de chover homenagens a todas elas. Afinal de contas, a ONU escolheu esse dia para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas dessas mulheres, mas também as discriminações e violências que muitas delas ainda sofrem em muitas partes do mundo. Cá estou para fazer apologia ao universo feminino. Nós, homens não podemos viver sem elas. Vou na contramão do discurso dos que insinuam que a fragilidade ainda persegue os anais da história, Sou convicto de que elas são verdadeiramente fortes.

Eu sinto cada vez mais, a força e coragem, além da grande disposição que as mulheres têm para enfrentar o trabalho, sempre em múltiplas jornadas. Tudo isso feito com toda a sutileza, sem nunca perder o charme e o poder de sedução. Que não me ouçam os machões e machistas de plantão, (embora o machismo ainda seja um hábito que ainda habita em cada de um nós), mas que tal depositar um voto de confiança e acreditar que com a determinação, a meiguice e o carinho da mulher podemos dar um rumo melhor a este mundinho bagunçado.

E para fechar este post, em que as mulheres são a bola da vez, não poderia esquecer os nomes de dois músicos brazucas da ovo e da gema  que sabem explorar com devoção as personagens femininas em suas canções. Cito Chico Buarque e Jorge Ben (agora Benjor). Eles exaltam a mulher presente na nossa cultura, destacando a santa ou não santa, a negra e a branca, a rica e a pobre, o feminino submisso e passivo a um feminino masculino e ativo.

Cotidiano (Chico Buarque): “Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã,…e em contrapartida: “Todo dia ele faz diferente, não sei se ele volta da rua, não sei se me traz um presente, não sei se ele fica na sua…”

Mulher Brasileira (Jorge Ben(jor): “Mulher brasileira aonde é que está você. Pois a minha grande vitória é conseguir botar uma mulher brasileira na minha vida. Pois pra mim ela será sempre a primeira. A companheira nas horas fáceis e difíceis. Mulher brasileira eu quero você pra mim. Preta, branca, pobre ou rica, você é maravilhosa. Eu quero ser o bendito fruto de você“…

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O nosso tempo é o hoje…

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Mesmo com a onda de sensacionalismo, bizarrice e baixaria na televisão brasileira, a telinha ainda consegue ser um veículo de comunicação que informa com precisão, tem credibilidade e emociona.

Tem gente que prefere os canais fechados. Sou daqueles que ainda acredito na TV convencional, até porque no meio de tanta turbulência existe um objeto democrático batizado de controle remoto. Graças a esse acessório que acompanha a TV é possível separar o joio do trigo.

Entre os programas preferidos estão os de clips musicais, talk show, documentário, um jornalismo feito com transparência, criatividade e conhecimento geral, além de um programa que destaca o esporte.

Deixo bem explícito que a música e o esporte são as minhas duas paixões. Então, é para escolher um programa eficiente, voto no Esporte Espetacular. Aqui está o meu programa de cabeceira nas manhãs de domingos. Acordo cedo, ligo a TV e lá está o Esporte “literalmente” Espetacular, aprovado por mim e milhares de brasileiros, que apreciam os apresentadores simpáticos e com o  perfil esportivo, matérias de textos leves, às vezes com pitadas de irreverência, além de uma sensibilidade profunda no momento de escolher uma trilha sonora para dar mais brilho ao trabalho, além do tradicional “Papapapapapapá…Papapapapa-papa-papapa…Papapapapááááá”. Essas receitas deixam qualquer um telespectador envolvido até a alma.

E já que o objetivo desse texto é emoção aliada a reflexão, vale ressaltar que uma das edições do Esporte Espetacular me fez lembrar aquela frase de que “a televisão é uma máquina de fazer doido”, ou seja perturba e comove em todos os sentidos.

Ao assistir ao Esporte Espetacular no domingo, 28, o jamaicano recordista mundial dos 100m e 200m,  Usain Bolt disse ‘não conhecer os seus limites’.  Seria bom que o vitorioso atleta jamaicano conhecesse a vontade ensadecida de viver de um homem velho, inquieto, por nome Tuflê (não sei, talvez seja assim que se escreve), que já foi personagem do programa do Plim Plim.

Uma matéria emocionante, cheia de vitalidade.  Aquelas imagens fizeram perceber que a vida é bela, independente da idade cronológica. Vi, como se fosse hoje,  no rosto e no resto do corpo do “Sir Tuflê’, o quanto as marcas do tempo são implacáveis. Ao mesmo tempo percebi na sua alma que é possível conviver com a velhice sem frustrações, torná-la saudável desde que você tenha objetivos.

O senhor Tuflê’ descobriu no esporte uma alternativa de mostrar que ser velho não é ter idéias fixas, tem que saber o significado da palavra autoestima, deve transgredir com responsabilidade e não aceitar a chamada “Síndrome de Peter Pan”. Questionado sobre a sua performance na pista de atletismo, o solitário atleta foi enfático em dizer que era o melhor do mundo dentro da sua modalidade e que ainda era uma criatura viril. Parecia ser pretensioso, mas a leitura a ser feita é de que Tuflê é um homem na melhor idade e privilegiado.

Na época da matéria, veiculada em 2008, ele tinha 95 anos. Disse que tinha uma alimentação saudável, não tinha vícios e a prática do esporte representava o prazer em viver.  Enfim, Sir Tuflê era o autêntico e verdadeiro elixir da juventude. Espirituoso, o velho e bom atleta pedia a Deus que não deixasse agora esse plano físico. (Torço para que ainda esteja vivo para contar histórias…)

– Quero correr até aos 100 anos. Quem sabe mais de um século e se possível entrar para o “Guiness Book” como o homem e atleta mais velho do mundo em atividade – declarou.

Com as palavras otimistas, lúcidas e arrojadas, Suflê se tornou um dos meus maiores admiradores. Consegui defini-lo como um homem cujo o seu tempo é o hoje. É daqueles que ao ouvir uma música do Charlie Brown Júnior, do Fresno, Chimarrutz, ou Cachorro Grande, não vai dizer que música boa é aquela feita em seu tempo. Eis aí, uma exemplar lição de vida !!!!

Texto: Reprodução – 2008

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Desespero, dor e reflexão…

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Em tempos de Quaresma, de quarentena espiritual, o momento é de se refletir a vida, a cada dia banalizada pela intolerância humana. Ao assistir a TV no fim de semana, tenho a sensação que o mundo está doente vítima de maus tratos. Na teoria da relatividade da ação e reação, a mãe natureza entra em cena provocando catástrofes e alertando seus filhos de quem manda no pedaço ainda é ela.

Só nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, presenciamos a tragédia em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, o terremoto devastador no Haiti e agora é a vez do Chile, sem falar nas ameaças de Tsunami, na Austrália, Japão e o Hawaii, temporais com ventanias fortes no sul e sudeste do Brasil, calor acima dos 40º graus no Norte e Nordeste do País.

É a Terra criada por Deus se rebelando contra todos males feitos a ela nos últimos tempos. E o pior é saber que tem gente que ainda não acredita em Efeito Estufa, na perfuração da camada de Ozônio e haja desrespeito. A bíblia, traduzida por Jesus Cristo, o ‘cabeludo’ que faz revolução silenciosa, diz que ‘devemos usufruir das riquezas da Terra, mas sem a ambição e a arrogância desenfreada.

Diante de um perfil cultural contemporâneo, movido pelo consumismo e o individualismo das pessoas, tratar de um assunto dessa natureza ecoa como pieguice, utopia, pessimismo, entre outros adjetivos contrários a quem critica não com o olhar da ficção de um filme de Steven Spielberg, mas de uma tragédia real de acordo com as profecias de Nostradamus.

Nao cabe aqui imaginar se o `Apocalipse está ou não breve. Mas, os primeiros sinais estão sendo dados. E na aldeia global marcada por um modelo econômico e um pensamento politico-social homogêneo, onde o discurso básico é o do egoísmo, a vaidade como pecado predileto, do total desagregação e desrespeito aos direitos humanos, em especial ao  do meio ambiente. Essa combinação de mau comportamento contrariam aos principios eticos da humanidade e do ser Supremo.

O papo pode parecer religioso, careta e demagógico, mas  não viemos e estamos aqui à toa. Temos regras a seguir, pois senão ficaremos vulneráveis e em seguida surge o castigo.  De uns tempo pra cá, tem se manifestado de maneira implacável e imbatível pela força da natureza. A forma de atacar é sábia, pois nivela a todos pelo sentimento do desespero, da dor e da reflexão.

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Som do Sobrado

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sobrado112

A música é uma fonte inesgotável. Quando menos se pensa, lá está um cantor, uma cantora ou uma banda nova a fazer barulho. Ontem à tarde, recebi o CD “Isso Nunca Me Aconteceu Hoje”, da banda Sobrado 112, que esteve em São Luís, no Festival Cuca de Música, promovido pelo Diretório Central dos Estudantes – DCE da UFMA, em novembro do ano passado. Tive o privilégio de assistir ao show do sexteto na Feira de Música do Ceará, ano passado. Foi uma grata e boa surpresa, pois percebi personalidade no som dos meninos. E na conversa com o baixista Pedro Dantas, figurinha que tem o cordão umbilical fincado em São Luís, foi logo dizendo que estavam gravando um CD autoral se tornaria artigo de domínio público logo. E o disco em formato de bolachinha é um projeto realizado de quem encara a música como arte e meio de sobrevivência.

Ao ouvir as faixas “Café” (Victor Gottardi/Matheus Silva/Leandro Joaquim), “Não Quero Ter Razão” (Victor Gottardi/Matheus Silva) e “Duas de Cinco” (Leandro Joaquim) foi o suficiente para perceber que o som surgiu dentro de um casarão da Glória, bairro boêmio, cultural e miscigenado musicalmente, no Rio de Janeiro. O Sobrado 112, que tem um nome sugestivo, traz o resultado da afinidade musical de um grupo de amigos, uma mistura interessante de samba, funk, dub, jazz e rock É pura alma negra revigorada por Victor Gottardi (guitarras/voz); Leandro Joaquim (trompete/flugehorn/voz/efeitos); Cláudio Fantinato (percussão/efeitos); Miguel Martins (guitarra/banjo/voz)/ Maurício Calmon (bateria) e Pedro Dantas (baixo), além da participação ilustre do produtor BiD, o mesmo de “Bambas e Biritas”, nas faixas “Isso Nunca Me Aconteceu Hoje” (Leandro Joaquim/Victor Gottardi) e “Cabeça de Nego” (Leandro Joaquim).

As nove faixas, com direito ao bônus track “Simérius Conan” (Victor Gottardi/Leandro Joaquim) foram feitas e arranjadas cuidadosamente, e cada letra conta sua própria história. Por ser um lançamento multiplataforma, o disco estará disponível em CD físico e para download, no site da banda, com opção de compra faixa a faixa ou o álbum completo. E ainda será possível comprar por meio do seu aparelho, enviando a palavra SOBRADO para o número 939. Resta correr para o abraço e curtir a música contagiante que o sexteto de ‘grooves’ diversos e a marca carioca do ‘swingue’.

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Intocável (?)

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Passado 25 anos da sua criação, a música “We Are The World” está de volta em nova versão e motivada mais uma vez por uma causa nobre. Originalmente criada por Michael Jackson em 1985 e gravada por diversos artistas da época, para arrecadar fundos contra a fome na África, “We Are The World”, ganhou nova textura, lançada no último dia 12, durante os Jogos de Inverno de Vancoveur. Nomes  como Barbra Streisand, Celine Dion, Kanye West, Enrique Iglesias, Vince Vaughn, Jeff Bridges e Nicole Scherzinger estiveram no Jim Henson Studios, em Hollywood, nos EUA, para regravar a versão, sob a supervisão novamente de Quincy Jones e Richie.

O projeto ganhou o nome de “We Are The Wolrd 25 Years For Haiti” e tem como objetivo arrecadar dinheiro para ajudar a população do Haiti, destruída pelo terremoto, em janeiro deste ano. O valor recebido pelos donwloads será revertido para os haitianos.

A nova versão de “We Are The World” foi contestada por muita gente da crítica, onde muitos definiram o trabalho como patético, principalmente com a intervenção de rappers tentando criar uma atmosfera de contemporaneidade para a música. Vixe Maria, Michael Jackson ao ouvi-la deve se mexer no túmulo. O rapper Jay-Z também disparou contra a releitura de mais uma canção antológica e emblemática de Michael Jackson. O músico disse respeitar Quincy Jones (produtor de ambas as gravações), mas preferiu que ele tivesse criado uma nova canção. “Sei que muitas pessoas vão entender isso de maneira errada. Eu amo “We Are The World”, entendo a razão da regravação e acho ótimo. Mas essa música é como “Thriller” para mim é intocável”, disse em entrevista à MTV americana. Uma audição com as duas versões e depois opine…

    

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Cá com meus botões (?)

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Pode parecer papo de “velho saudosista”, mas tem hora que não entendo mais o significado da palavra Carnaval como a festa da diversidade com coerência. Sou defensor árduo de todas as misturas no período da festa. Agora, cada qual no seu quadrado.

Não sou um marqueteiro de plantão, mas entendo um pouco do riscado, ao saber como, para quem se deve comercializar e segmentar um produto. Infelizmente, existem comerciantes  que pensam uma coisa e na prática fazem outra. Uns até pensam em atingir o tal segmento A e B inteligente e formador de opinião (uma teoria quase furada). Mas, quando se deparam diante do cliente senso comum (independente de classe social), vítima de uma sociedade consumista, imediatista, midiática excessivamente, vem o desespero e logo mudam de opinião. Ao invés de acreditar no tradicional carnaval das marchinhas, dos sambas de raiz, das bricandeiras de Urso, Jardineiras, e das canções autorais da região, vem a preocupação com o ‘Rebolation…Xon Xon’, entre outros hits batizados de verão e descartáveis para aquele momento da folia.

Nada contra o modismo, pois não sou xenófobo, nem xiita. Acredito e respeito a inovação, a modernização das coisas. Mas defendo com unhas e dentes a segmentação e o bom senso.

Se perguntarem para mim sobre o que acho do Carnaval da Bahia. Em duas palavras defino: lindo e maravilhoso. Os caras sabem fazer carnaval com criatividade, são assumidos comercialmente e conseguem com esse formato atrair para lá o mundo. E o do Rio de Janeiro . Idem. Justiça seja feita, as escolas de samba tornaram-se um show grandioso, rico e majestoso, uma verdadeira atração para brasileiros e gringos, além das bandinhas do Bola Preta, As Carmelitas, Manobloco, entre outros, que atrairam centenas de pessoas dos quatro cantos do mundo. E do Recife. Espetacular. os pernambucanos souberam aliar a tradição e a modernidade com sabedoria. A mistura ou multiculturalismo, como conceituaram a folia feita por lá, visse, é funcional. Tudo é feito com a coerência de que tanto questiono.

E o do Maranhão ? Diversidade de ritmos e musicalidade é o que não nos falta. Sinto apenas uma certa incoerência quando estou em um baile de carnaval e alguém pede para tocar um axé baiano, um funk carioca ou um forró estilizado oriundo do Ceará, Paraíba, Sergipe, Pernambuco, etc, como a sonoridade de fora a fazer parte dessa mistura carnavalesca a qual defendemos para não ficarmos isolados mediante a conjuntura global. Nada contra essas vertentes, mas não existe uma bandeira levantada para valorização das coisas produzidas na terrinha e o que vier de fora tem que estar dentro do contexto ou não ?

Diante dos pedidos e questionamentos veio a reflexão. Será que eu ou eles estão certos (?)  Em meio as inúmeras turbulências sonoras tenho a sensação de que me restam apenas as cinzas do Carnaval.

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Carnaval Obrigatório…

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O Carnaval, como todos sabem, é uma coisa antiga pra caramba, vem dos gregos, passa pela idade média, acelera na Renascença e vira a festa mais desanimada do planeta, em Veneza, até chegar aos deliciosos blocos nas ruas no Rio de Janeiro e esse estranhíssimo Maior Festival da Terra, no sambódromo.

E agora eu pergunto aos estimados leitores, que olham para essa sexta-feira com o mesmo pânico que eu: o que eu tenho que ver com isso?

Eu nasci em Porto Alegre e cresci na serra gaúcha, onde a coisa mais parecida com baile de carnaval era a Festa da Uva, que, acreditem, de carnaval, ou de animação, não tinha nada. Na primeira vez em que eu fui passar um carnaval no Brasil profundo, quase morri atropelado por tanta felicidade em Salvador, e acho sinceramente que nunca fui tão apalpado, até por quem não tinha a intenção disso, como no carnaval de Olinda, com todos aqueles bonecos em homenagem ao Marco Maciel.

Aquilo não era pra mim. Sinceramente, acho que não é pra ninguém que tenha uma coluna vertebral. Como dançar aquelas músicas naquele ritmo e sair vivo, eu me pergunto? Frevo é a versão mais recente de alguma forma de tortura medieval, e axé não passa de um jeito de deixar pra lá as preliminares e passar logo ao que interessa, só que em público e com música ruim ao fundo.

E me pergunto: a gente pode admitir isso assim, abertamente? Um brasileiro não gostar de samba significa automaticamente que ele é ruim da cabeça e doente do pé? Eu provavelmente padeço dos dois males. Isso faz de mim um mau brasileiro? Um brasileiro não gostar de carnaval é a mesma coisa que um francês não gostar da Edith Piaf, um alemão não gostar de Hegel, um argentino não gostar de dulce de leche, um venezuelano não gostar de rum com Coca Cola, um norte-americano não gostar de invadir o Iraque, um norte-coreano gostar de comida?

carna

Pior, será que eu estou sozinho no mundo, o único sujeito que não entende samba-enredo e acha que o desfile da Beija-Flor não quer necessariamente dizer que a classe trabalhadora chegou ao paraíso? Será que eu tenho problemas mentais e estéticos graves por não curtir a Globeleza, por mais que aprecie belas mulheres, mas não necessariamente expostas daquela forma?

“Na dúvida, não ultrapasse”, nos ensina algum sábio filósofo que o Detran contratou especificamente para nos ajudar nessa vida de ultrapassagens arriscadas. Portanto, resolvi fazer exatamente o contrário do que o carnaval pede e ordena, e, pela primeira vez na história, convenci a minha brava editora Record a lançar um livro meu em plena sexta-feira, na véspera da folia.

Imaginem se existem outros aí fora iguais a mim? Imaginem que nesse mesmo instante, algum leitor dessa coluna sente o mesmo pânico diante da obrigação de se divertir enlouquecidamente até chegar a quarta-feira? Pois é para essas vítimas da diversão obrigatória que eu ofereço esse livro, que se chama Super e conta a história de um garoto que adora a internet, sendo obrigado a passar uns tempos no mundo lá fora, de praia, campo, montanha, carnaval, tudo que ele mais teme na vida.

Vai que algum de vocês também prefere não se despedaçar na avenida. Vai que algum de vocês não é tão fã da Ivete Sangalo. Vai que, além de tudo, algum de vocês gosta de ler livros no meio da folia alheia? Pimba. Bem nesse instante aparece o Super, um livro sobre garotos que o garoto, ou garota que há em você, seguramente, vai gostar. Já eu, que não posso ler os meus próprios livros pelos motivos óbvios, separei aqui o As Irmãs Makioka, setecentas páginas que mostram como a gente tem que saber muitas, muitas coisas, para poder ser japonês; além de vários dos livros que Georges Simenon escreveu sobre o Comissário Maigret, o mais inteligente e francês dos detetives, recém lançados pela bela editora LP&M, da fantástica Caroline Chang.

Pode vir, carnaval. Estamos armados e prontos. Com essa proteção, mais umas caixas de temporadas dos Sopranos, vai ser moleza chegar até a quarta-feira e nela ficar, até o sol raiar, ziriguidum, auê auê, e um bom axé a todos, valeu.

Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem “O Branco”, premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos “Simples” e o romance “O Nosso Juiz”, pela editora Record. Acaba de escrever o romance “Depois do Sexo”, que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances “Insônia” e “Antes que o Mundo Acabe”, publicados pela editora Projeto.

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