‘Causo’ Real (?)

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É legal saber que o Teatro Artur Azevedo está de portas abertas e cheia de apresentações, no mês julho, férias. E quem ganha é a plateia ludovicense ávida por lazer e também em querer prestigiar uma das mais belas e imponentes de casas de espetáculos da América Latina.

Durante dois dias, terça (13) e quarta (14), esteve em cartaz “O Santo e a Porca”, espetáculo inspirado na peça “O Avarento”, do escritor pernambucano Ariano Suassuna. O grupo sergipano Oxente de Teatro, sob a direção de Edmilson Suassuna, conta na peça a história de um viúvo que faz de tudo para esconder uma porca cheia de dinheiro sempre sob o olhar de um Santo.

Enfim, um espetáculo divertido e de ‘causos’ marcantes da literatura nordestina. Em meio ao lúdico, veio a realidade vivenciada por algumas pessoas que saíram de casa para prestigiar a peça e acabaram sendo vítimas do constrangimento, pois foram barradas,  ontem (14), no baile, ou seja, em noite de um autêntico teatro.

De acordo com um casal de amigos que estava no local, ligou para o meu celular dizendo que não podiam entrar. A alegação, segundo o casal, era porque todas as 750 cadeiras do teatro estavam ocupadas. Eles ainda disseram que do lado de fora outras 750 ficaram apenas na vontade. A pergunta que não quer calar. Será que distribuiram os convites além da capacidade do teatro ?

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Música com Liberdade

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Mesmo com a falta de incentivo o rock resiste em São Luís, graças a alguns empresários da noite que acreditam na vertente como revolucionária e sem pátria, além da legião de fãs do gênero existente na ilha rebelde e do amor. Nomes surgem, se revelam e mostram a cara. A mais nova sensação é a banda Diamante Gold, liderada por Emilio SagaZ.

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Em entrevista na edição deste domingo, 11, no Plugado, na Mirante FM, Emilio apresentou algumas faixas do primeiro trabalho autoral da banda e anunciou o show de lançamento, que ocorre nesta sexta-feira, dia 16, no Chez Moi, na Praia Grande. Tanto Emilio como os demais integrantes Anderson Peixe (guitarra), Hugo Blum (guitarra), Harry (baixo) e Diego Casca (bateria), da Diamante Gold estão radiante e felizes com o resultado do trabalho. Foi quase um ano de ralação e o resultado veio com um disco de 14 canções, sendo 10 compostas por Emilio e outras quatro feitas em parceria, numa “mistura fina de reggae, samba, rock, bossa nova, dub e música eletrônica”, sem perder a essência e o lado orgânico do trabalho.

E a melhor forma de presentear os fãs da banda é mostrar o disco, que está entre os preferidos na programação das FM´s locais. Destaque para “My Freestyle”, “Satisfação”, com a participação do compositor e ‘toaster’ carioca, mas maranhense de coração, Felipesa, além de “Um Novo Sol”, um dos ‘hits’, que está na boca da legião de admiradores da banda.

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Questionado sobre a origem e o sugestivo nome da banda, Emilio disse que ‘Diamante Gold’ é o nome de um pássaro, que representa liberdade. “O nosso objetivo é voar alto”, comentou. E por falar em alçar voo, os integrantes da Diamante Gold pensam até o início de 2011 fixar residência em São Paulo.

– Temos o pensamento e a vontade de viver de música. O nosso foco inicial é fazer a base em São Luís. Mas, temos a certeza de que chega um determinado momento que as coisas ficarão estagnadas aqui. Será necessário ampliar a visão e buscar novos horizontes – revelou.

Sobre o show da sexta-feira, Emilio SagaZ garantiu que será um encontro alegre com fãs, onde mostraremos as canções do disco, entre outras surpresas, além da participação de quem contribuiu e está sintonizado com o trabalho. São eles: os rappers Felipeza e Fernando Spot, além do ex-vocalista da banda Kazamata, Guilherme Gusmão.

– O legal é saber que a Diamante Gold tem um trabalho autoral e que foi aceito pelas pessoas. Elas cantam as nossas músicas e nos faz acreditar que teremos longa vida – ressaltou. Ouça

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Lendas e Verdades

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Muita gente não acreditava que o continente africano pudesse realizar uma Copa do Mundo. O medo, a desconfiança e o preconceito eram enormes por parte da imprensa, torcedores, turistas, gestores diretos e indiretos do evento.  Infelizmente,  ainda tem gente nessa Terra de meus Deus achando que a África é formatada apenas por safaris, desertos, selvas, zebras, elefantes, girafas, tigres, leões, tribos, conflitos internos de ordem política e social, entre outros bichos de pena. Lógico, que não se pode querer tapar o sol com a peneira e dizer que não existe um “que’ de verdade. Agora, se algumas coisas são realidade, porque elas fazem parte dos costumes de um povo. E não podemos esquecer que cultura se constrói com afeto e desafetos.

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Mas, a grande verdade é que África do Sul, representando o continente, conseguiu promover uma das Copas mais populares, midiática, festiva e sem Apartheid’ dos últimos tempos. Ela foi feita de Jabulani, Jobulani, Vuvuzelas, Mick Jagger, Polvo Paul- o Profeta, Diego Maradona, Waka Waka, Shakira, Black Eyed Peas, Waving Flag de K’naam, Bafanas Bafanas, Príncipes e Princesas, Reis e Rainhas, de jogadores polêmicos ou não, bons ou ruins de bola, e de Nelson Mandela, um visionário, a razão maior dessa celebração esportiva na Mãe África. Ele foi o cara, hoje na casa dos 90, que fez uma revolução silenciosa expurgando oficialmente e de vez da Àfrica do Sul um câncer intitulado “Apartheid”, ou seja, “a tal Segregação Racial”, causadora de danos gravíssimos a história de um povo.

E se existiu a “Apartheid” virou uma lenda. A mais pura verdade é que a África do Sul ficou dominada pelo futebol durante trinta dias. E se existiu uma lenda dentro da competição foi acreditar que favoritos como Brasil, Inglaterra, Alemanha, Argentina e França iriam ganhar a Copa. A verdade prevaleceu com o ineditismo. Espanha e Holanda fizeram a decisão do mundial 2010 e quem levou a melhor foram os espanhóis, campeões pela primeira vez, deixando os holandeses com o gostinho amargo de eterno vice-campeão na competição.

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A autêntica história nesses dias alegres nas cidades-sede sul-africanas, e que parecia uma lenda, se tornou uma grande verdade.  Tomara que o preconceito que existia antes da Copa do Mundo vire realmente uma lenda. Clique aqui

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Música, futebol e Hexa

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A Copa 2010 na África do Sul se despede neste domingo, com Espanha e Holanda. Uma decisão histórica, pois sairá um campeão inédito na história da competição. Acabada a Copa no continene africano todos os caminhos aportam no Brasil. Depois de 54 anos, o país volta a sediar uma Copa do Mundo, com enormes desafios.

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Entre alguns deles, estão o da conquista do Hexa e o de passar uma esponja na Copa de 1950, quando fomos derrotados pelos uruguaios por 2 a 1. O grito da perda do título em casa ficou engasgado em nossa garganta. O outro desafio é arrumar um novo treinador que possa ajudar na renovação do futebol brasileiro. Buscar gente jovem, talentosa para que em 2014 o país anfitrião mostre ao mundo a magia do futebol brasileiro.

Uma tarefa nada fácil, mais importante. Além da criatividade e da ginga que nos é peculiar no futebol, precisamos resgatar o patriotismo deixado de lado por conta de interesses externos. É importante fazer que os clubes tenham condições de segurar seus principais jogadores para que façam parte da seleção brasileira, como acontecia tempos atrás, ocasião em que o carinho do torcedor era diferente, bem maior e muito mais verdadeiro.

Tem gente que não observa, mas cá com meus botões, vi gente torcendo pela seleção uruguaia por causa de Loco Abreu. Isto pelo fato do atacante da “celeste” está vestindo a camisa do Botafogo, um clube genuinamente brasileiro e carioca. E olha só: Loco Abreu disputou apenas 17 jogos pelo Botafogo (Campeonato Carioca, Copa do Brasil e um amistoso, segundo dados da CBF).

Parece um comportamento xenófobo, ufanista  e incoerente com a minha linha de pensamento, pois não defendo que, procura se fechar no próprio “eu” acho, “eu” penso, “eu” posso.  Em se tratando de futebol, esporte esse que Deus abençoou e fez do Brasil o criador, tem que se pensar de maneira nacionalista.

A atual seleção brasileira é formada em sua grande maioria por jogadores que estão no exterior há anos. Claro que a paixão por ela existe, mas é bem diferente, bem menos intensa caso ela fosse formada pelos ídolos em atividade nos clubes brasileiros.

Enfim, a Copa de 2014 é no Brasil. O samba, o xote, o xaxado, entre outras vertentes musicais, que integram este País Tropical, estão aí para fazer a festa com a legião de torcedores brasileiros fanáticos, apaixonados e doidos por bola.

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Vida boa e cruel

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“Agora eu acho que as coisas ficaram muito mais difíceis. No Brasil, para mim (…) se eu tinha esperança de disputar a Copa de 2014, acabou. Isso sou “eu” falando”, disse o goleiro Bruno ainda na Polinter, no Andaraí, Zona Norte do Rio, para o amigo Macarrão, (também envolvido no crime de homicídio contra Eliza Samudio ). Com a sua frieza humana e ausência de remorso, o goleiro do Flamengo demonstrava a preocupação apenas com o futuro profissional.

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E fica (euzinho aqui) flamenguista de coração e desde criancinha a refletir: a vida é boa e cruel.  E também a questionar:  o que deu na cabeça de um jogador talentoso, considerado ídolo por (nós) torcedores do Flamengo, capitão e um dos mais bem pagos pelo clube carioca, entrar numa barca furada dessa e de repente a gente vê o seu nome figurando e repercutindo na imprensa nacional e internacional como um monstro, acusado de uma barbárie contra a ex-namorada, ex-amante (não me interessa) Eliza Samudio ?  Haja passionalismo! Santa Ignorância ! O cara desconhece o prazer da palavra liberdade. Enfim, são tantas as respostas para tamanha crueldade, que nem mesmo Freud explica.

A equipe de delegados, que está investigando o homicídio, disse já está a 90% da elucidação do caso.  “Eliza está morta e o crime está sendo materializado”, argumentam os delegados. E ao que tudo indica o goleiro Bruno aparece como o mandante, o cabeça da trama ‘diabólica’ do assassinato da jovem modelo.

A pergunta é o que leva um ser humano a cometer um crime tão hediondo e sem necessidade, se formos analisar tendo como referência a sua condição social e o da figura pública. Está constatado: quer conhecer um homem desequilibrado psicologicamente dá dinheiro e poder a ele.

bruno

A meteórica carreira de Bruno como jogador é brilhante. Foram três títulos estaduais consecutivos vestindo a camisa número um do Flamengo, além da participação representativa no título do Brasileirão, conquistado no ano passado, pelo time da Gávea. Fora de campo, uma trajetória e um histórico de vida questionáveis. Fama de arruaceiro, dono de um discurso agressivo e machista, até a confusão onde é envolvido em crime com requinte de crueldade. Eis..a reflexão…O que será, que será, de um futuro que parecia promissor ???

Uma vez ouvi de um amigo, que um dia de cadeia na vida de um homem ele não seria mais o mesmo. Eu endosso e acrescento com o velho ditado popular: “cabeça que não pensa, corpo padece”… (Viva a Nação rubro-negra e fora todos aqueles que tentam sujar o nome dela com suas delinquências…) Uma vez Flamengo sempre Flamengo…

Foto: Luís Alvarenga/Extra

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Jabulani Neles…

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Passaram-se dois dias da derrota e desclassificação do Brasil contra a Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo, na África do Sul. De cabeça fria e já recuperado, não de um golpe, pois a derrota na Copa estava sendo anunciada, a não ser para os torcedores passionais, aqueles que transformam uma partida de futebol em guerra beirando à alienação. Quanto ao jogo esquisito, onde a seleção brasileira se comportou de maneira bipolar e acabou perdendo de virada, ou seja, por 2 a 1, para a Holanda, eis a pergunta: o que aconteceu com os jogadores brasileiros?

Acho que faltou um pouco da alma brasileira na seleção, pois reconheço que o esquema tático recheado de pragmatismo, o futebol de resultados, são funcionais nessa nova ordem mundial nos gramados. Mas, não podemos esquecer que o futebol é gostoso por conta da criatividade, dos dribles desconcertantes e assistências de mestres, características de quem joga no País do Futebol.

Pois bem, brasileiros, argentinos, franceses, italianos, ingleses, entre outros bichos de penas, graúdos e favoritos, derrotados na competição, não me venham botar a culpa na maldição de Mick Jagger, no barulho ensurdecedor vuvuzela ou na jabulani, as duas protagonistas da Copa 2010, na África do Sul.

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Tanto a vuvuzela quanto a jabulani fizeram o diferencial na competição. Elas viraram bordão, uma febre e se tornaram mundanas. Já que a corneta africana foi tema neste blog, resta destacar a parceira, a outra grande jogada de marketing da Copa e que caiu na boca do povo: a Jabulani, uma expressão zulu, que significa celebrar. A bola gerou receita para a Adidas e polêmica na África do Sul, até mesmo por parte de alguns jogadores da seleção brasileira, sendo chamada de “Patricinha” por Felipe Melo, “sobrenatural” por Luís Fabiano e “bola de supermercado” por Júlio César. Mesmo diante de calúnias, difamações e injúrias dos derrotados em campo, a Jabulani já deixou sua marca de a vedete e a principal campeã na Copa da África do Sul.

E já que a Copa no continente se foi para o Brasil e a vida segue, é bom se pensar em uma redonda para a Copa de 2014 em território nacional. Alguns amigos de trabalho sugerem nomes como “Pirigueti”, “Rebolation” ou quem sabe “Cazumbá”, numa referência ao Maranhão, sequer concorreu ou teve o nome cogitado como cidade-sede.

Enquanto esperamos que a Fifa absorva a ideia, viva  o futebol: o esporte que emociona por ser imprevisível, pelo poder de integrar os povos e mobilizar contra qualquer tipo de preconceito.  No mais,  resta sambar com a Jabulani, em música de autoria do psiquiatra e compositor Rui Ribeiro e do violonista Jorge Simas, mestre do violão de sete cordas, que já teve como parceiros gente de peso como João Nogueira, Nara Leão, Fagner, Dona Ivone Lara, Chico, Beth Carvalho, Alcione, Agepê, Gilberto Gil, Simone, Toquinho e Martinho da Vila, entre outros. “Samba pra Jabulani”.

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Rasgando Seda…

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O disco Cine Tropical dos músicos Alê Muniz e Luciana Simões é destaque em comentário feito pelo jornalista  Lauro Lisboa Garcia, de O Jornal O Estado de São Paulo.

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O jornalista fala do show deste sábado, 26, do casal no SESC Pompéia (SP) e rasga seda para o segundo álbum da carreira de Alê e Luciana, a patente Criolina. Confira o texto 

Foto: André Lessa/AE

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Um ano sem Michael Jackson: o mistério continua

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O tempo passa. Hoje é  25 de junho. O Brasil, em um jogo morno, de ‘patrícios’, ficou no empate sem gols contra Portugal, e conquistou o primeiro lugar no grupo G da Copa do Mundo, em Durban, África do Sul. E nesse mesmo dia, só que do ano passado, o mundo da música foi abalado por uma notícia que chacoalhou até mesmo quem não conhecia a fundo o legado deixado por Michael Jackson.

Foi um Deus nos acuda. Muita gente ficou chocada, os fãs se tornaram criaturas histéricas, a mídia encontrou um prato cheio para ocupar suas reuniões de pautas, artistas demonstraram sua solidariedade em depoimentos emocionados, aquela coisa toda. Fui pego de surpresa com a notícia. Também fique comovido, mas não assustado, pois acompanhava um pouco a trajetória do artista e percebia que mais cedo ou mais tarde a sua morte seria anunciada e de maneira suicida. E foi o que aconteceu. O mundo ficou sem Michael Jackson, justamente quando ele anunciara uma turnê e o retorno ao palco.

Pois bem, o tempo passou, as lágrimas dos fãs secaram e… a vida continuou, claro. Eu também deixei o chororô de lado e resolvi refletir sobre o caso.  E percebi que a vida continuou mesmo e ainda mais rápida em que diz respeito ao show business. Logo trataram de lançar um documentário, “This is It”, que mais parece um reality show, abordando os preparativos para uma hipotética maratona de 50 shows em Londres que jamais aconteceu. Michael Jackson morreu.

De lá para cá, vimos apenas que o culto à imagem que Jackson estabeleceu a partir de boas coisas que ele criou e deixou registrado para a vida eterna. Eu choro o “antigo” popstar, aquele que gravou discos excepcionais, e não aquele que transformou a vida em esquisitices, seu gosto pelo bizarro, sua brancura artificial e o diabo a quatro ? Mas é a vida e as suas controvérsias.

Temos que conviver simultaneamente com o pró e contra para falar de Michael Jackson. A maneira como ele revolucionou a indústria dos videoclipes, por exemplo, permitindo que diretores levassem suas ousadias a extremos em termos de efeitos especiais que só foram utilizados pelo cinema alguns anos depois é mais do que digna de aplausos. Isso sem contar a qualidade que ele apresentou em alguns de seus discos, como Off the Wall, o melhor de todos. Na minha opinião, Thriller foi o seu trabalho mais famoso, mas não o melhor em termos musicais.

Mas para quem lida com música de uma maneira séria e racional, a pergunta que jamais quer calar: por que ele não foi talentoso o suficiente para fugir desse mundo ‘surreal’ e ‘bizarro’ que o cercou nos últimos instantes da carreira. Enfim, será que temos que concordar com o samba provocação “De Bob Dylan a Bob Marley”, de autoria de Gilberto Gil: “Bob Marley morreu. Porque além de negro era judeu. Michael Jackson ainda resiste. Porque além de branco ficou triste”…

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Se o fulano twitta, eu twitto também…

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Era resistente e estava sempre dizendo que não conseguia entender a graça do twitter. Pois bem, já que a expressão já está verbalizada, acho que vou ter que me render e começar a usar esse negócio.

É um tal de eu twitto, tu twiitas, ele twitta, nós twittamos, vós twitaais, eles twittam. Quando um site vira verbo, a coisa merece atenção. E no twitter é um tal de “eu twittei isso e fulano retwittou. Twitta aquilo, eu twitto isso. O uso do verbo twittar é tão frequenta que daqui uns dias vai parar no dicionário.

Qual a real função do Twitter? Como meros humanos não-famosos podem fazer bom uso do Twitter além de seguir famosos que admiram? O que dizer e não dizer no Twitter? O que é ou não é interessante? Por que seguir ou não alguém? Por que os outros te seguem ou não? Resumidamente, qual é a moral do Twitter? É mais uma tecnologia egocentrica sem um sentido realmente válido.

O certo é que twittar está na crista da onda. Em tempos de Copa do Mundo na Àfrica do Sul, os jogadores da seleção brasileira recebem mensagens de afeto, solidariedade por intermédio do tal twitter. Se depender dos twitteiros, o Brasil é Hexa. Até os presidenciáveis já cairam na rede social do twiiter. Uma coisa é certa: vou segui-los, pois embora apartidário, não posso esquecer que sou um ser político. E o que está em xeque mais uma vez o destino da Nação.

Pois bem, já que a palavra de ordem é twittar, todo cuidado com os caracteres. Ao twittar você tem que economizar palavras e ser criativo ao passar a mensagem.

Quase todo dia aparece um e-mail me dizendo que tem alguém me seguindo no twitter. Ah,  quanta vaidade ! Que legal saber que os meus posts não estão perdidos no imenso oceano da informação. Pô, pensei, tenho que twittar urgentemente, pois daqui a pouco estou no ranking dos top “twitteiros”, o que seria, bem, não seria nada, mas atire a primeira pedra aquele que não gosta de aparecer em rankings.

Brincadeiras a parte, vou, sim, começar a escrever uma coisinha aqui e outra ali no twitter. Vai que eu acabo gostando e entendendo a graça do negócio. E, de mais a mais, não posso renegar o potencial da aplicação. Então, se é pelo bem de todos e felicidade geral da “nação” leitor(a) deste blog, digo ao povo que twitto.

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Mídia em Xeque…

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gagaAo ver a foto de Lady Gaga vestindo um bíquini fio-dental e empunhando duas metralhadoras na nova edição da revista americana Rolling Stone, lançada nesta segunda-feira, me fez pensar e refletir sobre o figurino da artista mais bem-sucedida do pop atual. Em entrevista à revista, Lady Gaga mostrou-se nada modesta. “Tem dias que acordo me sentindo apenas uma garota insegura de 24 anos. Então digo para mim mesma: ‘vadia, você é a Lady Gaga, levante-se e siga em frente'”.

Parei, pensei e resolvi escrever. Realmente no palco contemporâneo, o espetáculo em cartaz é a vida. Os ingressos na bilheteria dão direito a entrar na intimidade dos atores, formar celebridades e idealizar heróis, mas a plateia não está satisfeita e quer ela mesma encenar o espetáculo. E na esquizofrenia de ser ao mesmo tempo personagem e espectadora, ela (plateia) tenta ler o letreiro em néon que anuncia o título da obra: realidade.

Para o professor, jornalista e crítico norte-americanoNeal Gabler, a tendência de converter a realidade em encenação é justificável, já que ‘a cultura produz quase todos os dias dados de fazer inveja a qualquer romancista.’ E a vida é o veículo.

Na novela da vida real, os personagens somos nós, como conclui a doutora em Comunicação, Ivana Bentes, ao analisar os reality shows  “Big Brother” e a “Casa dos Artistas”. Lá estão a empresária paulista, o artista plástico, a designer, o cabeleireiro, o dançarino de axé, a modelo, a socialite, o rapper irado, os marombeiros com visual estilizado de menino de rua, cara de mau e gorro enterrado na cabeça.

A música e o músico não fogem à regra. Tem o bêbado, o chato, o bizarro, o cult, o kitch, o prolixo, o senso comum, o exibido, o polêmico, o a nível de, o que se acha. Enfim, é uma categoria trabalhista que gosta mesmo é de tirar onda e ganhar dinheiro.

E a mídia se posiciona nesse contexto produzindo celebridades para poder realimentar-se delas a cada instante em um movimento cíclico e ininterrupto. Até os telejornais são pautados pelo biográfico e acabam competindo com os filmes, novelas e outras formas de entretenimento. E mesmo quando há assassinatos ou graves acidentes, o assunto principal é sempre a celebridade ou o candidato ao estrelato, que, inclusive, pode ser o próprio assassino ou um outro delinqüente qualquer.

A espetacularização da vida toma o lugar das tradicionais formas de entretenimento. Cada momento da biografia de um indivíduo é superdimensionado, transformado em capítulo e consumido como um filme. Não quero aqui questionar o valor artístico da Lady Gaga. Quem sou eu. O que incomoda é a apelação. O querer chamar atenção sem filtrar e usar o bom senso no que pode representar uma foto, ou um simples comentário, de quem forma opinião com a música que faz e tem uma legião de fãs em fase de formação, ou seja, ‘teenagers”.

No filme “O Náufrago”, o principal problema do personagem interpretado por Tom Hanks não era a fome ou o frio, mas a solidão. Para enfrentá-la, ele desenha dois olhos, um nariz e uma boca em uma bola de vôlei e a batiza com o nome de Sr. Wilson. Humanizada, a bola passa a ser a única companhia do personagem, mas ele a perde e entra em desespero. Alguma semelhança com uma “estória da vida real” ?

Será que em determinadas situações esse eu espetacularizado das celebridades, principalmente os (as) excêntricos(as), o(a) rebelde sem causa não incomoda a elas mesmas ? Eu ainda prefiro a vaidade, o chamar atenção dos jovens com irreverência, criticidade e por uma causa nobre. Isto é sinônimo de produtividade com coerência, lucidez e felicidade.

Sinto dor no coração quando percebo que a espetacularização da vida toma o lugar das tradicionais formas de entretenimento. Atenção jornalistas, escritores, produtores, dramaturgos, cineastas, publicitários, outros responsáveis pelo discurso midiático. Estamos em xeque. Se a vida é um show e a mídia é o palco, (nós) os roteiristas do espetáculo corremos o risco de nos tornar os bobos da corte.

Foto: G1 – A imagem foi clicada pelo fotógrafo Terry Richardson, conhecido por outros trabalhos ousados.

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