Sábado Divino…

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Mil motivos para se curtir um sábado. Dia 31 de julho, último dia das férias. Nada de ficar em casa ! Resolvi cair na gandaia. Primeiro, passei pelo Teatro João do Vale e assistir a um belo show de interpretação da cantora mineira Ceumar. No palco também a maranhense Tássia Campos, que não se intimidou e parece que não está para brincadeira, ou seja, está encarando a música com muito profissionalismo. A menina  passou para o público a vontade de se firmar no cenário com uma proposta consistente e o desafio de fazer música que vai na contramão do varejão mercadológico instituído cada vez mais difundido de forma unilateral pela tal da indústria cultural.

spiritcapital

E como o sábado estava divino, nada de voltar pra casa mais cedo. Resolvi assistir ao show do Capital Inicial, além dos ‘deejays’ norte-americano Ian Carey e o maranhense Macau. Como sugere o nome do evento, ‘Spirit de Verão’, a plateia presente estava realmente com o espírito ‘of summer’ e de festa. Foi o que se viu, Dinho Ouro Preto superado do susto depois da queda durante show em Patos de Minas, em Minas Gerais. O Capital fez um show visceral embalado pelos hits de sempre e algumas inseridas no último trabalho, ‘Das Kapital’. Depois do mais puro rock´n´roll veio o outro anfitrião da noite, o ‘deejay’ Ian Carey. Os fissurados por uma pista improvisaram o espaço criado pelo ‘Spirit de Verão’ na Lagoa da Jansen para uma bagunça saudável e um adeus as férias de julho de 2010. É uma pena, que quando cheguei o Macau estava mandando as últimas seu ‘set’. Indagando quem já curtia à noite, todos foram unânimes em dizer que ele entendeu bem o espírito da festa e fez a lição de casa muitíssimo bem.

E como tudo nessa ilha acaba em reggae, dei uma esticada na companhia de amigos a fim de festa até o Chama Maré para assistir ao jamaicano, quase maranhense, Eric Donaldoson. Infelizmente, o show já tinha acabado, mas a noite não. Para não se sentir lesado pelo ‘bilheteiro’, que não teve a dignidade de dizer que Donaldson já havia saído do palco, aproveitamos para quebrar algumas clássicas pedras jamaicanas que vinham das ondas da radiola ‘África, Brasil, Caribe’.

Se todo mundo espera alguma coisa do “Sábado a Noite”, posso dizer que o meu foi marcado pelo ecletismo.  Podem até dizer: esse cara é um louco, demagogo e sem personalidade, com essa história de ouvir de tudo e ainda tirando onda de plural. No meio à conceitos, discussão, papo reto, filosófico ou sociológico, o importante é dizer que a vida é uma festa, associada a três palavrinhas chave: atitude, coerência e equilíbrio. O resto é diversão. Entendeu (?!)

Flagrantes de imagens do Blogueiro do Imirante e Na Mira, Othon Lima

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Cafofo do Osama (?)

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O lazer é  um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre arbítrio, seja para repousar, ou curtir uma festinha, um show com o artista predileto. Enfim, é o bom momento também de se exercitar a cidadania.

Infelizmente, algumas pessoas agem de maneira deturpada não sabendo onde ‘termina o direito do outro e começa o seu’. E o que se presencia são cenas que entristecem e nos faz acreditar que contra a ignorância não há argumento.

No último sábado, 24, circulando pelo Centro Histórico presenciei uma cena desastrosa em função do show que acontecia na área ao lado do Terminal da Praia Grande. Não estamos aqui tirando os méritos de quem organizou e do sucesso do evento. Mas, é vergonhoso a falta de fiscalização por parte de quem é responsável pela disciplina.

Estava literalmente impossível se transitar na condição de motorista ou pedestre pela região onde acontecia o show. É uma pena que não estava com a minha maquininha digital para um flagrante de um  “Circo dos Horrores”.  O cenário era de centenas de carros estacionados em cada esquina das ruas do Centro da Cidade, em especial,  pelos paralelepípedos da Praia Grande. Chocante foi ver dezenas de carros estacionados na calçada da praça dos Catraeiros, ao lado da Rampa Campos Melo, no coração da Praia Grande.  É notório que alguém por aí contestando o meu comentário, argumentando que no Centro de São Luís  não existe estacionamento, portanto o víavel é improvisar. Aí, entra o policiamento de trânsito para disciplinar, prevenindo, e na insistência usar a lei: multando os intransigentes.

Quanto a Praia Grande, é do conhecimento de todos nós que o patrimônio é tombado pela Unesco. Reza as normas que é proibido trafegar ou estacionar na área considerada de preservação. Infelizmente, em São Luís falta uma política de respeito ao patrimônio público. E ainda tem segmento da população que contribui para depredar achando que por ser público não lhe pertence. E lá vamos nós no dia a dia convivendo com uma Praia Grande atualmente mais parecida com o ‘Cafofo de Osama’ a uma capital dona de um patrimônio invejável herdado dos portugueses no século XVII e que se tornou da humanidade.

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A Noite Vicia

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Coragem, ousadia, criatividade, otimismo, atitude, perseverança, determinação, fidelidade, democracia e alegria. Esses são os requisitos básicos adotados pelo jovem empresário Samuel Lopes Chanez, dono do Chez Moi, ou “Minha Casa” em português. Em entrevista ao Plugado, na Mirante FM, no último domingo, 25, Samuca, conhecido entre os íntimos, comentou que a ideia em se tornar empresário nasceu do nada, ou melhor, em Jericoacara, no Ceará. É isso aí, em meio a maresia, esportes radicais, gente bonita, espírito jovem e feliz, que ele percebeu a necessidade de contribuir como o tal em São Luís, cidade que escolheu para morar tendo em vista que nasceu na Suíça e logo “pequenino” baixou na ilha.

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Samuca, o cidadão de dupla nacionalidade, dividindo sorriso bem acompanhado

Estimulado pela mãe Áurea, considerada por (ele) braço direito, esquerdo, enfim, parceira, Samuca, o cidadão de dupla nacionalidade, criou o Chez Moi no coração da Praia Grande. Segundo ele, ali nascia uma casa com espaço rústico, pouco conforto, mas com alegria, muita cor e música diversa, com espaço garantido para o local. E se empreender é sinônimo de amadurecimento e investimento, ele não perdeu tempo. Parou, pensou e percebeu a necessidade de avançar.

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Emilio Sagaz, do Diamante Gold, festejando em estilo “free”

Fechou para balanço e construiu uma nova casa. E mais uma vez o local escolhido foi a Praia Grande. Quanto a vontade de preservar, iluminar e tirar das trevas um belo cartão postal, uma pérola tombada pela Unesco, que virou alvo do descaso.

Sem esperar pela burocracia, limitações e a falta de atitude do outro, Samuca acredita que é possível se construir um novo mundo lapidando o Centro Histórico de diversão feita com alegria, música, cerveja gelada, responsabilidade e motivação.

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A vibração de todas as comunidades jovens da ilha que não está “lost”

E se a palavra de ordem é motivar, o jovem empreendedor sai do Chez e mostra a sua experiência ‘papeando’ com outros meninos e meninas de sua geração, sugerindo a eles que não basta ser jovem tem que empreender no século XXI.

Questionado da rotina fora do Chez Moi, Samuca disse se considerar um viciado em trabalho, ou seja, um autêntico ‘workaholic’. Insistigado outra vez pelo blogueiro aqui, se o vício do trabalho não somatizaria em um ‘stress’, o ‘cara’ respondeu:  “nada é eterno”. “Tô apenas formatando uma equipe de trabalho que vai contribuir para que eu possa me desvincular um pouco do trabalho. A tarefa está sendo consolidada e defino todo o processo como um motivador e um tranquilizante natural. Encerrado o ciclo volto a correr na Litorânea, estudar Administração e levar um vida ‘mais free’, sem deixar o compromisso com o trabalho de lado – enfatizou.

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Dymytryus em sua “house sessions”

‘E se vejo na TV que o jovem não é levado a sério’, Samuca fez o caminho inverso. Buscou na dedicação, no empenho e no último limite o trabalho na noite que vicia.

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Kysyfux: quem não dança, segura a criança

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JB no online

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A versão impressa do Jornal do Brasil será extinta a partir de 1º de setembro, e será integralmente publicado na internet. A afirmação é do empresário Nelson Tanure, dono do diário.

Provavelmente, seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet. É algo que está acontecendo no mundo todo”, disse Nelson Tanure, segundo informou O Globo.

A iniciativa de encerrar a versão impressa, lançada em 1891, acontece após a tentativa de Tanure de vender o diário, que sofre com dívidas da ordem de R$ 100 milhões e com circulação cada vez menor.

O empresário confirmou a saída de Pedro Grossi, diretor-presidente da Docas – holding que administra a publicação -, por discordância quanto ao futuro do JB e pela decisão de manter apenas o jornal na Internet. “Eu demiti o Pedro Grossi porque ele era a favor de continuar no papel”, disse.

No entanto, Grossi sublinhou ao O Globo que permanece em seu cargo enquanto a versão impressa existir. “Enquanto tiver jornal impresso, eu continuo presidente. Quando for comunicada a transposição do papel para a internet, eu estou fora. Não fui contratado para isso”, afirmou Grossi.

Na última segunda-feira (12), Grossi enviou comunicado aos editores e diretores do JB requisitando a retirada de seu nome do jornal e anunciando sua saída. A decisão causou surpresa e muito protesto por parte de entidades de classe, intelectuais e simpatizantes do JB.

Insatisfação

No último dia 13, a entidade que representa os jornalistas na cidade do Rio de Janeiro (SJPMRJ) emitiu nota em que lamentou a extinção da versão impressa do Jornal do Brasil que, e realizou na últimaquarta (21), um protesto contra a decisão.

Para a representação sindical, o fim do JB em papel “é um golpe para toda uma geração de jornalistas que lá trabalhou ou simplesmente foram seus leitores”.

A entidade aproveitou para questionar a iniciativa de Nelson Tanure, dono da marca Jornal do Brasil, e o futuro dos cerca de 180 funcionários do diário. “Qual será o futuro deles? Quantos serão reaproveitados na versão online? E o passivo trabalhista? É bom lembrar que muitos ex-funcionários estão na Justiça lutando por direitos que não foram respeitados”, sublinhou o sindicato antes de comparar a decisão do JB à  falência da Bloch Editores e da TV Manchete. “Muitos morreram sem receber seus direitos”, lembrou.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) manifestou apoio ao protesto e sublinhou que, com “a extinção do impresso carioca, que escreveu boa parte da história do nosso país, fecha-se também mais um mercado de trabalho”.

Até o poeta maranhense Ferreira Gullar, em sua crônica semanal na Folha de São Paulo protestou contra a extinção da versão impressa do jornal carioca.

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Haja ingratidão

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Queremos falar mal do nosso lar, da nossa cidade, do nosso País, mas não queremos que os outros venham achincalhar a forma como somos, vivemos, além de querer denegrir a nossa imagem. Ato de repúdio ao comentário infeliz do ator e diretor Sylvester Stallone, durante entrevista, na Comic-Con 2010, na qual não economizou esforços para ridicularizar o País, dizendo que aqui as pessoas dizem obrigado para tudo e ainda oferecem macacos.

Sylvester Stallone, que passou uma temporada no Brasil onde gravou cenas de seu filme “Os Mercenários”, que já está em fase de lançamento, disse também  que ao explodir prédios no Rio de Janeiro as pessoas lhe diziam obrigado e ainda levavam seu cachorro-quente para esquentar no fogo das explosões – dando a entender que todos vivem na miséria e são famintos.

Outra coisa que ele ridicularizou foi o símbolo do Bope, dizendo “os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro; já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar”. Além disso ainda disse que o Brasil é um país que não tem segurança, se referindo ao fato de ter tido que contratar uma equipe de 70 pessoas para garantir a segurança de sua equipe de 65 pessoas durante as filmagens.

Lógico, que reconhecemos que o Brasil tem problemas de ordem social e política. Mas, tirando isso não existe País mais abençoado por Deus e melhor de se viver neste planeta. Esse moço, que se diz ator de Hollywood, não passa de um débil mental e  ridículo.

Stallone (você)  não pode sujar assim a imagem de nosso país no mundo todo com comentários sem fundamento. E se o mal é o que sai da boca do homem, Sir. Stallone é uma criatura de ideal fútil, só fala besteira. Enfim, um asno. Ele deveria era agradecer a acolhida dos brasileiros durante os dias em que passou aqui trabalhando.  Esse é o tipo do cara que cospe no prato que come. Mal educado,( heh) ! Quanta ingratidão,( heh) !

Acredito que o mínimo que o governo brasileiro tem que fazer é tomar medidas judiciais contra este pateta deste ator, que não pode ridicularizar nosso povo. E se o povo brasileiro for inteligente, deve boicotar este senhor.

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Sedução do Consumo

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“O homem seduzido pelo consumismo compulsório” ? O tema foi um dos assuntos de pauta da edição desta terça-feira, 22. do Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Euzinho aqui resolvi me estender agregando um outro tema que se refere a definição do “Ser Metrossexual” ?.

Primeiro, comprar dá prazer. Isso não é novidade. E a sedução do consumo é um fenômeno mundial. De acordo com Everardo Rocha, antropólogo, professor da PUC do Rio de Janeiro e autor dos livros “Magia e Capitalismo e A Sociedade do Sonho”, na hora da decisão de compra, os prazeres são muito mais fortes que as necessidades. Compra-se sonho e não meros produtos – é o que realiza as pessoas.

“Quem compra, compra para o outro, mesmo sem ter consciência disso”, enfatiza Everardo Rocha. “O consumo é a forma mais óbvia de demonstrar inserção num determinado meio, mesmo que ele esteja longe da realidade da pessoa.” Na sociedade atual, hábitos de consumo mais refinados ajudam nos relacionamentos, na vida amorosa e até na carreira. Afinal, é dessa necessidade humana de projetar uma imagem acima de suas posses que vivem as marcas exclusivas”, conclui.

E no meio dessa nova ordem pela sedução do consumo é bom que se diga. Nos últimos anos o consumidor que mais evoluiu dentro do processo de compra é o homem. Não sei se a antropologia do consumo já tem uma resposta convincente para tal questionamento ? Uma coisa é garantida estamos mais vaidosos e consumidores diante do conceito da  moda, tendências. Tal convivência nesse contexto requer um questionamento atrás do outro.

Pois bem, será que os homens também resolveram buscar nas compras a sensação agradável dos elogios e pela valorização da compra que fizeram ? E a recompensa vem com a felicidade de continuar comprando ? Será que a sedução do consumo masculino é uma extensão a metrossexualidade ? Mas, para você o que é um metrossexual ? Um homem fútil? Um homem que se diz homem, mas no fundo é “homossexual, bissexual”? E se for: o que temos a ver com isso ?

Ser Metrossexual é um homem que se cuida (não em excesso), ele quer sempre estar na moda, nos eventos badalados. É uma pessoa elegante que sabe se posicionar diante das situações, que cuida do corpo, que marca sua identidade também pela aparência, que gosta de roupas da moda, não necessariamente precisa usar roupas de moda, mas pode também ter outros requisitos ? O metrossexual é o homem da metrópole e ao mesmo tempo heterossexual ?

Dizem que a expressão surgiu em 1994 e popularizou-se  no final do século XX, tendo o jogador inglês David Beckham como símbolo da “vaidade” masculina. Agora, porque a sociedade ainda tem tanto preconceito contra os Metrossexuais? Vamos lá saber a sua verdade: você prefere um homem todo arrumado, bem cuidado, unhas feitas, sobrancelha limpa, depilado (e também a depilação masculina é uma questão até mesmo de higiene pessoal), com o cabelo arrumado, e com o corpo bem cuidado ou um barrigudo, careca e com a unha do pé encravada?  A Metrossexualidade representa o homem do séc. XXI e já é uma realidade ?

Vivendo em um mundo globalizado, em que cada vez mais temos contato com diferentes pessoas, oriundas de diversas nacionalidades, com diferentes contextos sociais, pensamentos, religiões, será que temos de respeitar toda essa variedade de tribos, raças, pensamentos, religiões, mesmo que não concordemos com os as suas crenças ou ideais ? Enfim, se gostar é uma opção, respeitar é, sem dúvida, um dever ?

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Pelo fim da escuridão

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nauromachadop2010O JMTV 1º edição, desta sexta-feira, 23, na TV Mirante exibiu a triste realidade em que se encontra a Praça Nauro Machado, na Praia Grande. Estendo o problema a Praça Valdelino Cécio, na rua do Giz, também exemplo de descaso com o patrimônio público, reconhecido mundialmente, e esquecido.

As praças, que homenageiam duas figuras ilustres e representativas maranhenses, frequentadas pelos turistas, gente que aprecia e se diverte no coração do Centro Histórico, vivencia com a escuridão em todos os sentidos. Iluminação parcialmente destruída, os locais funcionando como abrigo para moradores de rua, entre outros delinquentes, que fazem da Praia Grande a casa da mãe joana.

Espero que a matéria exibida pela TV Mirante surta efeito e que as autoridades competentes tomem providências urgentes e cabíveis. E o alerta seja estendido ao povo dessa cidade, que precisa também tomar consciência do que representa o Centro Histórico para nós e o resto do mundo. Não se pode esquecer que a Praia Grande é um lugar não para se afugentar, mas sim para ser cultuado e preservado.

Foto: Flora Dolores/O Estado

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‘Remake’ cheio de graça

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cynemax

Os cinéfilos ganham um novo espaço em São Luís. Trata-se da Rede Cinesystem Cinemas no Nordeste, instalada no Shopping Rio Anil, localizado no bairro do Turu. Na manhã desta terça-feira, 20, um grupo de jornalistas esteve no local, para conhecer o multiplex da Rede de Cinemas. Há 10 anos no mercado, a Cinesystem, que nasceu em Maringá, no Paraná, se expande chegando a outros estados da federação. Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Luís foi a capital escolhida, devido ao seu desenvolvimento e pela demanda que já existe de opções diferenciadas de entretenimento e lazer por parte da população. Espero que as pessoas entendam a proposta, saibam usufruir da melhor maneira possível e reivindicar quando for necessário.

cine2010

O Bem Amado

Durante o encontro com a imprensa, foi exibido em ‘avant première’, ou seja, em sessão exclusiva o longa-metragem “O Bem Amado”, dirigido por Guel Arraes, filho do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, baseado na atemporal obra do escritor, novelista, Dias Gomes, e produzido por Paula Lavigne.

Cerca de quatro décadas depois, Odorico, que já teve seu espaço na televisão e no teatro, ganha vida nas telonas, eternizado pelo ator Paulo Gracindo.  Desta vez, o personagem é interpretado por Marco Nanini, que acertou em cheio na atuação do prefeito sedutor e canastrão. Acompanhado de um elenco de primeira, da direção de Guel Arraes (Lisbela e o Prisioneiro e O Auto da Compadecida) e de uma trilha sonora à parte (Caetano Veloso) compôs uma faixa especialmente para o longa), o experiente ator Marco Nanini, que já viveu Odorico nos palcos, faz uma releitura completamente engraçada e renovada do personagem.

odorico

A trama tem início quando, após assumir a Prefeitura da pequena e pacata Sucupira, Odorico Paraguassu tem como meta a construção de um cemitério, mas seu único problema é encontrar um defunto para inaugurar a sua grande e única obra”. Sempre rodeado pelas intensas, apaixonadas e cômicas irmãs Cajazeiras (Zezé Polessa, Andréa Beltrão e Drica Moraes, que tá dodói e torcemos pra que saia da cama já), o prefeito Odorico se envolve em muitas confusões e, atacado pela oposição, o malsucedido personagem, cheio de neologismos e com pose de primeiro-ministro da Inglaterra, arma tramas para que alguém estreie alguma das covas do cemitério.

Apesar da discussão ideológica por trás do filme, são as confusões do simpático Odorico que dominam a cena. Cheio de defeitos e qualidades, o personagem de Nanini, com sua lábia e poder de sedução, ao invés de conseguir mais eleitores, promete é conquistar o público dos cinemas. Arraes nunca duvidou de que Nanini era a pessoa ideal para o papel.

Cheio de bons atores que contribuiram apenas para engradecer o longa com mais pitadas de irreverência. Destaque em o Bem Amado para José Wilker, que encarna Zeca Diabo, papel antes vivido por Lima Duarte na TV. além de Tonico Pereira, Maria Flor, Bruno Garcia, Edmilson Barros e Caio Blat.

caioblat

Trilha Sonora

Tão popular quanto Odorico Paraguaçu é a trilha sonora de “O bem amado”. Caetano Veloso, Berna Ceppas e Mauro Lima assinam o disco, que tem dez canções gravadas especialmente para o filme, sete delas inéditas, interpretadas por nomes que vão do próprio Caetano até Mallu Magalhães.

Caetano assina duas das canções compostas para o longa: o lamento “Esta terra”, uma parceria com José Almino, cantada pelo próprio Caetano; e “A vida é ruim”, em duas versões, uma instrumental, e outra na voz de Zélia Duncan. No universo das releituras, três composições integram o disco. Mallu Magalhães fez uma versão fofa para “Nossa canção”, de Luiz Ayrão, que já foi sucesso nas vozes de Roberto Carlos e, mais recentemente, de Vanessa da Matta. A música embala o romance entre Violeta (Maria Flor) e Neco (Caio Blat).

Zé Ramalho gravou uma versão de “Carcará“, o clássico de João do Valle e José Candido eternizado nos anos 1960 na voz de Maria Bethânia. A canção é a trilha do personagem Zeca Diabo (José Wilker).Jorge Mauter, ao lado de Thiago Silva (percussão) e de Nelson Jacobina (violões), dá um novo arranjo à sua “A bandeira do meu partido”.

“Jingle do Odorico“, uma das sete composições inéditas da trilha, é alegremente cantada por Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer e foi composta pelo próprio Guel, em parceria com o também cineasta Jorge Furtado.

Berna Ceppas compôs “Cajazeira tentação”, enquanto Mauro Lima criou “Boogie sem nome”, com vocais de Leo Jaime, Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal; e Kassin contribuiu com “Chachacha das Cajazeiras”.

cajazeiras

Uma Comédia

A lendária Sucupira é um pouco o resumo do Brasil. O “Bem Amado” é uma sátira política. Odorico é um personagem emblemático, retrata o brasileiro, não só o político. Transformar alguém com tantos defeitos em alguém com carisma é, acima de tudo, algo mágico”. Portanto, vá o cinema e assista a partir desta sexta-feira, 23,   em um ‘remake’ literalmente engraçado e renovado pelos personagens.

Fotos: Paulo Jr./Imirante

Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:

Roteiro: Cláudio Paiva e Guel Arraes
Baseado na obra de Dias Gomes
Diretor: Guel Arraes
Produzido por: Paula Lavigne
Diretora-assistente: Olivia Guimarães
Produtora Executiva: Olivia Guimarães e Lili Nogueira
Produtores Associados: Mauro Lima e Beatriz Mafra Vianna
Produtora delegada: Clarice Saliby
Diretor de Fotografia: Dudu Miranda e Paulo Souza
Diretor de Arte: Claudio Amaral Peixoto
Técnico de Som: Jorge Saldanha
Figurinista: Claudia Kopke
Maquiadora: Lu Moraes
Editor de Som: Casa de Som
Produtor de Finalização: Hugo Gurgel
Montagem: Caio Cobra
Música: Caetano Veloso, Mauro Lima, Berna Ceppas, e Kassin

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O Contraditório

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Afinal ser humano, é ser mais um dos seres que essa terra possui, ou é o ser que tem responsabilidades ímpar? Será que ser humano é poder errar e dizer que só errou porque é humano, ou ser humano é estar muito acima disso. Afinal somos racionais e somos diferenciados por isso: Ser ou não ser humano eis a questão!

Defeitos, qualidades isso pertence a todos os seres, afinal só basta estar vivo para ser bom ou ruim. Mais entre todas as espécies, há apenas uma que pode escolher entre o bem e o mal. Geralmente, tentamos ficar no meio termo, mais quando vemos as barbaridades que os “humanos” são capazes de fazer, preferimos não fazer parte dessa espécie.

Mas a verdade tem que ser dita, porque ser um humano, talvez seja uma coisa complicada, porque temos os status de sermos os únicos seres racionais da terra, e Deus nos deu o livre arbítrio, e diversas responsabilidades que nem sempre somos capazes de realizar.

Talvez podemos achar que é mais facil a vida de cachorro, mas Deus não colocou em nosso caminho nada que seja impossivel de realizar, talvez difícil, mais nunca impossível, porque, geralmente o impossível é algo que nunca foi tentado. E para ser um humano digno, não precisa de muitas coisas, só precisa estar de acordo com as regras de boa convivência.

Mais concordo que ser humano é muito difícil, pois é a espécie que tem responsabilidades de cuidar da sua espécie, da natureza e dos outros seres, que aqui vivem.

Peguei esses trechos do texto da jovem escritora alagoana Thaíse L. para tentar entender determinados seres humanos. E o que mais incomoda em uma pessoa é a contradição no comportamento, nos dias atuais, intitulada de bipolaridade.

Nesse mundo de meu Deus, marcado nos dias atuais pela sociopatia, é gente tirando onda de moderno, de megalomaníaco, feito alpinista social, egocêntrico,  invejoso,  inseguro,   sabichão, onde tudo gira em torno do conhecimento dele(a). Tem ainda os gostosões(onas), os considerados(as), a bala que matou John Kennedy e Luther King (juntos), além dos preconceituosos, que criam um mundo surreal e lúdico em torno do conceito em que prevalece o estético visto pelo lado de fora do ser humano. Enfim, cada louco com a sua mania e tentando mostrar, através do seu mundo, que esse é o melhor caminho em busca da felicidade.

Tem horas fico cá a refletir. Será que (eu) não estou enquadrado em nenhum desses modelos de gente e comportamento ? Não sei, não ((!)  Uma coisa garanto: pessoas com essa natureza carregam no fundo da alma uma certa perturbação,  o sentimento de amargura e da solidão. Tentam descarregar o pseudo jeito de ser humano se autoafirmando e a todo instante ingerindo gardenal misturado com rupinol.

Complexos ou Complicados ? Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada de um nós, segundo nosso merecimento individual. Mas,  o  ser humano é realmente difícil, ou impossível de entender!!!

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Simonal no auge

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Um disco de Wilson Simonal lançado pela EMI mexicana e inédito no Brasil ganha sua primeira edição em CD. México 70 aproveitava a presença do cantor durante a Copa do Mundo no país, quando a temporada de três meses cantando em uma boate local reunia pessoas de todo mundo.O disco estava perdido.

Quando os músicos Wilson Simoninha e Max de Castro, filhos do cantor, reuniram toda sua discografia na gravadora Odeon em um box, esse trabalho ficou de fora. O esquecimento foi acusado por um fã de Simonal que escreveu aos músicos perguntando sobre o disco. Simoninha e Max não conheciam o trabalho, mas pesquisaram os arquivos da gravadora, consultaram registros de estúdio e descobriram o disco que permaneceu quarenta anos esquecido. A efervescência da carreira de Simonal acabou deixando o trabalho restrito apenas ao lançamento mexicano.

No clima dos mundiais, Simonal abre o disco com Aqui é o país do futebol, cheio de suingue e gírias que chegou a ser lançada em compacto no Brasil. Mas o repertório não segue o assunto. Passam sucessos brasileiros e americanos além de uma música italiana. Simonal apresenta uma seleção bem eclética, desde uma surpreendente Ave Maria no morro bem ao seu estilo até o clássico Benjor Que pena. Os arranjos são de César Camargo Mariano e acompanhamento de seu elegante Som Três.

Simonal também recria com suingue a bossa mundial Garota de Ipanema e a valsa Eu sonhei que tu estavas tão linda pronta para o baile. Ao lado dos clássicos brasileiros, esbanja voz e estilo em Raindrops keep fallin’ on my head e em um medley hippie que junta Aquarius e Let the sunshine in. A turma da malandragem aparece na história de Kiki, composição do próprio Simonal com Nonato Buzar.

O disco registra Simonal em seu auge, não só comercial mas também artístico. Um ano antes havia protagonizado a célebre cena em que regia a platéia de 15 mil pessoas do IV Festival Internacional da Canção no Maracanãzinho. Já em 70 vinha de uma apresentação de muito sucesso no Midem da França e de uma versão em italiano para País tropical. Depois da temporada no México era a vez de cantar com Sarah Vaughan em São Paulo.

O escândalo que acabaria com sua carreira aconteceria apenas dois anos depois. México 70 aparece, então, como um capítulo desconhecido dessa fase áurea em que Wilson Simonal foi um ídolo da música e do entretenimento. Ouça…o rei da pilantragem saudável…

Fonte: por Beto Feitosa

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