Sunsplash…
Se a maré não tá pra peixe, a boa é chamar maré. Morando em uma ilha, próxima do Caribe, outorgada pela ‘massa’ regueira de ‘Jamaica Brasileira’. São Luís está em pleno verão, que contradiz com o pensamento imposto de quem mora no sudeste e sul maravilha. Deixem que eles pensem que estamos no inverno e vamos (nós) na fita e vivenciando o sol escaldante de julho numa audição com o bom e velho reggae.
Se o sol está brilhando com Bob Marley, que tal abrir a sequencia com a griffe que nasceu na favela de Trechtown, na Jamaica, e ganhou o mundo profetizando a musicalidade de Jah. E se a boa é ouvir reggae, vamos de Groundation. Renomada banda originária de Sonoma, na California, que une com competência características de jazz e blues ao reggae ‘roots’. Tive o privilégio de assistir ao vivo e em cores ao show dessa moçada em uma das minhas idas, para as festinhas básicas e animadas na UNB, em Brasília.
Se o reggae daqui é melhor do que o da Jamaica, eis aí uma boa audição da Manu Bantu, liderada pelo vocalista e baixista Gérson da Conceição, num dueto com a cantora inglesa Silvia Tella. É uma pena que a banda não decolou como devia. Não foi por falta de talento dos seus integrantes. Infelizmente, ficamos apenas com os filmes da participação da Manu Bantu na versão brasileira do Sunplash, das noites regueiras paulistanas e na ilha do francês. Enfim, tenho orgulho em dizer que a Manu Bantu, nascida e criada no Maranhão, é a melhor banda de reggae do Brasi (oxalá, a saudosa Mystical Roots) e que Gérson da Conceição é o cara que canta e toca sem o estigma maranhense da vestir-se com a boina e as cores da Jamaica para se autoafirmar cidadão do reggae. De olho nas fotos e ouvido colado na ‘vibe’ jamaicana.