U2 anuncia novo CD e turnê

0comentário

Kings of Leon, Foo Fighters, Coldplay e as bandas de arena que se cuidem: 2014 tem tudo para ser marcada pela grande volta do U2. Longe dos palcos desde o fim da bem sucedida turnê “360º”, em julho de 2011, e sem lançar um disco desde “No Line on the Horizon” (2009), os irlandeses se preparam para lançar um single em fevereiro, um álbum de inéditas ainda no primeiro semestre, planejar turnê para 2015 e ouvir um tanto de suspiros que a banda, no auge dos 38 anos de estrada, ainda consegue consegue provocar.

O pontapé foi dado no último sábado (11) com a participação de Bono e The Edge em um show pequeno para um evento beneficente promovido pelo ator Sean Penn. No dia seguinte, a banda subiu ao palco e ganhou a imprensa ao levar o prêmio de melhor canção no Globo de Ouro 2014 por “Ordinary Love”, música feita exclusivamente para o filme “Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade”. O discurso apaixonado dos integrantes sobre o ícone da luta contra o apartheid, e o beijo trocado de brincadeira entre Bono e a comediante Amy Poehler, colocou o U2 em evidência novamente.

sem comentário »

Zeca Baleiro canta “Price Tag”

1comentário

“Price Tag” é uma canção da cantora e compositora britânica Jessie J, lançada em 30 de janeiro de 2011 como segundo single de seu álbum de estréiaWho You Are. Contando com a participação do rapper B.o.B, “Price Tag” foi composta por Jessica CornishBobby Ray SimmonsClaude Kelly e Lukasz Gottwald, tendo sido produzida pela própria cantora em parceria com Dr. Luke .1 A canção estreou em número um noReino Unido e na Irlanda.2 3

E Zeca Baleiro, que não gosta de viver em zona de conforto,  incluiu a canção no DVD Calma Aí, Coração, gravado em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro.

1 comentário »

O épico disco ‘Acabou Chorare’ em Vinil

0comentário

acabouchorare

Um dos mais conceituados discos da música nacional, Acabou Chorare, dos Novos Baianos, será relançado este mês na coleção Clássicos em Vinil, da Polysom.

Lançado dois anos após o álbum É Ferro na BonecaAcabou Chorare firmou os Novos Baianos na cena musical brasileira. O disco é composto por dez músicas, oito da autoria dos Novos Baianos e versões para Brasil Pandeiro, de Assis Valente, e Um Bilhete Pra Didi, de Jorginho Gomes. Estão no álbum alguns dos maiores sucessos do grupo: Preta PretinhaA Menina DançaMistério do Planeta,Acabou Chorare e Tinindo Trincando.

Remasterizado a partir dos tapes originais, o LP que sai em versão de lixo de vinil de 180 gramas, foi lançado em 1972. É o segundo álbum de e estúdio do grupo formado por Baby Consuelo (vocal e percussão), Paulinho Boca de Cantor (vocal e percussão), Pepeu Gomes (guitarra, violão, craviola, arranjos), Moraes Moreira (vocal, violão, arranjos), Dadi Carvalho (baixo) e Jorginho Gomes (bateria, cavaquinho, bongô).

sem comentário »

Kazamata lança clipe do ‘Single’ Quem é de Deus

0comentário

São quase dez anos de estrada, a banda Kazamata se prepara paralançar o primeiro videoclipe. O single Quem é de Deus,  parceria com os cantores e compositores Carlos Berg e Célia Leite, além do jamaicano Cedric Mayton, está disponível na internet para os fãs, a partir de sexta-feira (9), no Youtube. O cotidiano maranhense é retratado no clipe da Kazamata. Entre as locações escolhidas pela banda, pontos turísticos da cidade, como a Catedral Central da Sé, Capela de São Benedito, Mercado das Tulhas e dependências da antiga Fábrica São Luís.

Segundo o vocalista  da banda, Hilton Quintanilha a música conta a história de um trabalhador que leva uma vida simples, com dificuldade, mas que tem fé e acredita que a bondade e honestidade são o viés da felicidade.

“A escolha da música foi decisiva na hora da escolha para a gravação do clipe. Quem é de Deus se assemelha a identidade do povo maranhense. O vídeo é uma oportunidade de divulgar nosso trabalho, o reggae roots local, além de promover as belezas naturais e culturais de São Luís”, comentou.

O projeto foi gravado no mês de abril com a realização da Acústica Stúdio e contou com recursos próprios e parceria de amigos.

Referências musicais

A banda, que nasceu no bairro da Cohab, pela afinidade de um grupo de amigos pelo ritmo jamaicano, atualmente conta com nova formação. Com produção executiva de Rogério Pereira, tem Hilton Quintanilha (vocal), Paulo Apingorah (guitarra),Márcio Praseres (guitarra), Júnior Muniz (baixo), João Carvalho (teclados) e Nathaniel Assunção (bateria). O time utiliza as experiências musicais criar um estilo próprio e original para o banda.

“Hoje a Kazamata está mais madura musicalmente. Nós acrescentamos elementos  do rock, por exemplo, ao groove do  reggae roots, e criamos um som bem parecido com a gente costuma ouvir”, avaliou Júnior Muniz.

Após o lançamento do clipe o sexteto cumprirá agenda de apresentações. Com shows marcados até o fim do ano, a Kazamata traz entre os projetos, shows em outros estados e, até mesmo, a gravação do primeiro DVD ao vivo.

sem comentário »

Loopcínico dialogando com o Maranhão e o Pará

0comentário

Projeto idealizado pelo percussionista Luiz Claudio propõe diálogo entre ritmos do Maranhão e do Pará. Disco sai pelo selo Ná Music, de Belém, e será lançado dia 23 de julho no projeto Terruá Pará.

Loopcínico é formado por Luiz Claudio (percussão), Beto Ehongue (trilhas) e Lobo Siribeira (vocais). O projeto equilibra percussão e programações eletrônicas com letras e vocais inspirados na batida de oito ritmos maranhenses, tudo isso entrelaçado à musicalidade paraense. O CD tem oito faixas e é produzido por Luiz Claudio e os paraenses Thiago Albuquerque e Luiz Felix Robbato.

“Pra construir essa ponte sonora entre os dois estados, Loopcinico se serve de matracas e zabumbas do bumba-meu- boi, caixas do divino, tambores de mina e crioula, blocos tradicionais e tribos de índio do Maranhão combinados ao molho das guitarradas e carimbós do Pará”, afirma Luiz Claudio.

Loopcinico remonta de maneira contemporânea à história musical e ancestral de índios, negros e brancos nos trópicos.A poliritmia dos tambores e maracás gravados por Luiz Cláudio é o motor deste barco sonoro que cruza os rios e igarapés carregando iguarias de efeitos e programações eletrônicas de Beto Ehongue, temperos de letras e voz de Lobo Siribeira, banhos de ervas de sintetizadores de Thiago Albuquerque e guitarradas paraenses de Luiz Felix Robatto.

No disco e no show, o tempero se estende com grooves simples de baixo e guitarra programados, efeitos e sintetizadores, além da voz de Lobo Siribeira (Luis Lobo), que assina todas as letras e age mais como um instrumento do que um band leader. Entre as criações de Lobo destaca-se Calma Cara, um autêntico boi de zabumba: Quê que é isso, brother, relaxa/Eu não quero ter razão, eu quero é ser feliz/O meu boi da cara preta não tem medo de careta/ o meu boi da careta preta tem medo de picareta.

Loopciniconasceu nos anos 1990 e amadureceu seu conceito ao longo dos últimos 15 anos. Luiz Claudio divide com Lobo Siribeira e o DJ Beto Ehongue a concepção atual do projeto. O trio adota um processo pouco comum, quebrando a ideia de que o ritmo tem de ficar por trás da letra.

“A gente procura resgatar o verdadeiro papel do ritmo na história musical do Maranhão e do Pará. Nunca é demais lembrar que tudo começou com os escravos e os índios, só depois é que sopraram os ventos da velha Europa sobre a região” afirma Luiz.

LOOPCÍNICO – Selo Ná Music

Luiz Claudio – percussão

Lobo Siribeira – voz

Beto Ehongue – Trilhas
sem comentário »

Sons da Amazônia disponíveis na Internet

0comentário

A partir desta segunda-feira, 1º de julho, uma ação da Tratore e da Na Music, em parceria exclusiva com a Rdio, irá disponibilizar 13 novos álbuns da Amazônia, alguns, inéditos, em formato digital. O CD LOOPCINICO está na lista e pode ser ouvido a partir da segunda quinzena como streaming gratuito na Rdio. Nessa ação, os álbuns serão divulgados e haverá um sorteio de dois CDs (Feitiço Caboclo – Dona Onete e Kitsch Pop Cult – Felipe Cordeiro). Está prevista ainda uma entrevista com Na Figueredo, idealizador e dono da Na Music, selo do CD LOOPCINICO. Acompanhe por essa hashtag #MêsdaAmazônia.

Nessa ação, participarão os seguintes títulos:

Feitiço Caboclo – Dona Onete (Inédito)

Manari – Manari (Inédito)

Kitsch Pop Cult – Felipe Cordeiro

As Crônicas do Bandido – Elder Effe

Daime Soul – Magrus Borges e Adriana Cavalcante

Delirio Cromatico – Strobo

Disco Avuadô – La Pupuña (Inédito)

Jardim das Flores – Glafira (Inédito)

Strobo – Strobo

Temporal – Delcley

Machado Caminhando Com São Benedito – Antônio e Comitiva

Manissadu – Manissadu (Magrus Borges, Anissa Damali e Eduardo Costa)

Trelelê – Aila

Ao longo do mês, irão entrar outros títulos como:

Zulusa – Patricia Bastos

Batida Brasileira – Euterpe

A Princesa do Salgado – Conjunto de Carimbó

O Uirapuru (Inédito) Vontade de Dizer – Marilda Couto e Eraldo Costa

Vem Dançar Carimbó – Mestre Curica

Curimbó de Bolso – Curimbó de Bolso

LOOPCINICO – LOOPCINICO (Inédito)

Uirapuru Chama Verequete – Grupo Uirapuru

Dinosapiens – Juca Culatra e Os Piranhas Pretas

Fonte: Mídia Social e Conteúdo – Tratore Distribuição

sem comentário »

Tom Zé lança música “Povo Novo”

0comentário

O cantor Tom Zé se inspirou nos protestos que se espalham pelo Brasil atualmente para criar sua nova música, “Povo Novo”, divulgada nesta semana.

O músico disponibilizou a música para audição e download em seu site oficial.

A canção foi escrita em parceria com Marcelo Segreto, que também colaborou com seu EP mais recente, “Tribunal do Feicebuqui”.

Tom Zé diz ter sido ajudado por um texto da socióloga Marília Moscou sobre as manifestações de rua. Segundo ele, “75% da música foi praticamente orientação do site dela –as estrofes: ‘quero gritar na próxima esquina’ e ‘olha, menino, que a direita já se azeita'”.

Colaboraram com “Povo Novo” também Marcus Preto e Paula Mirhan.

Leia a letra abaixo:

“POVO NOVO”

“Quero gritar na  Próxima esquina  Olha a menina  O que gritar ah, oh

A minha dor está na rua  Ainda crua  Em ato um tanto beato, mas  Calar a boca, nunca mais! (bis)  O povo novo quer muito mais  Do que desfile pela paz  Mas  Quer muito mais

Quero gritar na  Próxima esquina  Olha a menina  O que gritar ah, oh

Olha menino, que a direita  Já se azeita,  Querendo entrar na receita, mas  De gororoba, nunca mais (bis)  Já me deu azia, me deu gastura  Essa politicaradura  Dura,  Que rapadura!”

sem comentário »

O Rappa, a Música, o novo cenário social e político

0comentário

A voz de Marcelo Falcão retumba e mostra uma letra mais atual do que nunca dentro do novo cenário social e político brasileiro. O Rappa lançou o trecho da música inédita “Vida Rasteja”, que estará no próximo álbum do grupo carioca. Mesmo que só se possa ouvir 46 segundos da faixa, a escolha mostra o entendimento da banda diante das manifestações e passeatas que tomaram as principais cidades do Brasil.

A composição, assinada por Lobato, Falcão, Lauro, Xandão e o produtor Tom Saboia, aponta também para o que há de belo no país, mesmo que a vida ainda seja difícil para grande parte da população. “Tanta praia / Tanta beleza / Tão presente / Mas a vida rasteja”, diz a letra.

Até o dia 14 de maio, O Rappa estava há 5 anos sem lançar uma música inédita. E então veio “Anjos (Nunca Tem Fim)”, primeiro single do álbum que chegará em 12 de agosto e será o sucessor de 7 Vezes (2008).

Letra: “A Vida Rasteja

Resolver tudo do dia pra noite Tudo de uma só vez Uma vida inteira, tudo de uma só vez Mascarar o medo e não pegar na arma Tudo de uma só vez Uma vida inteira, uma vida inteira

Se começar foi fácil Difícil vai ser parar

A máquina desgovernada Consome a vontade de ficar na paz Orgasmo de raiva, e a vida aqui vale muito mais Videogame de adulto besta não é bom pra cabeça E pelas crianças você pode ver Ao mesmo tempo, tanta beleza A vida rasteja O zumbido não nos deixa esquecer

Se começar foi fácil Difícil vai ser parar

Tanta praia Tanta beleza Tão presente Mas a vida rasteja

Se começar foi fácil Difícil vai ser parar

sem comentário »

Bob Marley ‘Remixado’ em versão eletrônica

0comentário

Isso é que é mistura – uma lista de artistas acostumados a efeitos eletrônicos se uniu para remixar alguns dos clássicos de Legend, de Bob Marley & The Wailers, no disco Legend: Remixed. Com lançamento marcado para o dia 25 de junho, o álbum reúne novas versões para 15 das 16 faixas originais. Ouça abaixo.

De diversas formas, o projeto teve toque familiar. Stephen, filho de Marley, se reuniu com o produtor Jason Bentley para criar uma versão de “Three Little Birds”, enquanto o primogênito do cantor, Ziggy, ofereceu um remix simples e aconchegante de “Redemption Song”. Outros colaboradores são RAC (“Could You Be Loved”), Thievery Corporation (“Get Up Stand Up”) e Nickodemus e Zeb

sem comentário »

“Sr. José de Ribamar & Outras Praias – Papete”

0comentário

O cantor e compositor Papete fez audição do seu mais novo CD duplo, o 23º da carreira, intitulado “Sr. José de Ribamar & Outras Praias”, na edição desta quinta-feira (6), do Plugado, na Mirante FM, sob o comando de Pedro Sobrinho. Entre uma faixa e outra, o músico conversou sobre a concepção do trabalho, definido por ele, “como um disco pessoal em que a sonoridade é única e que transmite paz, essência e universalidade”.

papete510Concepção do Sr. José & Outras Praias

Foram cinco anos sem gravar um álbum de inéditas. Esse disco foi gravado entre março e maio deste ano, e contou com a participação de músicos maranhenses e paulistanos, entre os quais, Israel Dantas (violões e guitarra), Sérgio Murilo Rego (piano), Rui Mário (teclados), Assis (contrabaixo), Adonias Júnior (trombone) e Toninho Ferragutti (acordeon), além de Jair Torres (violões e arranjos da música título Sr. José). O projeto gráfico é do próprio Papete, em parceria com Nathanael Gonçalves. Um detalhe curioso no trabalho é que Papete toca bateria em todas as faixas. Ele explica que fez questão de dar a sua cara rítmica ao trabalho.

– Esse disco tem uma representativade na minha história com a música. Fiz questão de dar a minha cara rítmica ao trabalho cuja a grande inspiração foi o CD “Live For Change – United Musicians Around The World”, que já vendeu 45 milhões de cópias no mundo inteiro. Quando ouvi esse disco, por meio da minha mulher, misturando Bob Marley e John Lennon, ou seja, com artistas de rua de várias cidades do mundo, disse a mim mesmo: eu quero gravar algo assim. E o resultado é esse CD duplo que vem para fechar um ciclo e reiniciar outro – explicou.

Embora conhecido como percussionista, Papete disse que abdicou, temporariamente, dessa atividade em virtude de conceber um trabalho de pesquisa, registro e divulgação da música maranhense. Para ele, essse é o disco em que retorna às origens, do músico premiado internacionalmente, que viajou o mundo tocando com grandes artistas e aprendendo que o universo tem seus sons e a música é uma dádiva.

Lado A Lado B

O Sr. José de Ribamar e Outras Praias é dividido em duas etapas nessa fase do músico. No álbum 1, ele grava, além de Alberto Trabulsi, quatro outros compositores maranhenses: Josias Sobrinho (O Biltre), Erasmo Dibel (Navegantes), Godão (Amigo) e Carlos Pial (Mãe Natureza), além de velhos parceiros como Almir Sater e Paulo Simões (Cubanita) e Capenga e Patinhas (Um Sinal de Amor e de Perigo), interpretado por Diana Pequeno. O CD traz, ainda, cinco faixas instrumentais: Last Train Home (Pat Metheny), Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso), After Sunrise (Oscar Castro Neves), Era Uma Vez (Stênio Matos) e Mãe Natureza (Carlos Pial).

– Esse disco surgiu depois que eu recebi um convite do compositor Alberto Trabulsi. Ele pediu que eu cantasse no disco dele uma música chamada “Sr. José”, que ele acabara de fazer em homenagem ao pai. Pensei: eu me chamo José, e mais ainsa, de Ribamar e já sou um senhor. E porque não uma alusão à praia de São José de Ribamar, o nosso santo padroeiro. E quantas as outras praias, simboliza as outras vertentes e águas que bebi pelo mundo afora – ressaltou.

Em meio à vida musical mundana, Papete revisita no álbum dois, o Bandeira de Aço, que festeja os 35 anos de existência. Ele regrava todas as faixas do trabalho lançado originalmente em 1978.

– Eu modernizei o disco enquanto sonoridade, arranjos e interpretação. Cuidei para que aquelas músicas ficassem bem gravadas, mixadas e masterizadas. O original tem falhas de gravação, de mixagem, além de instrumentos desafinados. Ele tem o ar “vintage” que todo mundo gosta, além de ser um vinil. Regravei todas as faixas com novos arranjos, novas interpretações e uma sonoridade nova que fosse assimilada pelos ouvidos atuais – explica.

Preocupação com a cantoria

Esse disco mostra Papete preocupado com a interpretação de cada uma das músicas. “Na verdade, nunca gostei de mim cantando, mas ao me ouvir nesse trabalho, me descobri como intérprete. Hoje me amo muito mais”, afirma.

Ao comparar os dois CDs, Papete destaca o contraponto que um disco faz ao outro. “São dois discos que transitam paralelamente, mas que nunca se encontram. Eles não vão convergir nunca. E também não vão divergir. Eles vão trabalhar lado a lado sempre, um ajudando o outro a definir minha alma e minha essência”, ressalta.

Não existe música boa ou ruim. Existe música mal lapidada

Para encerrar o bate papo, se falou de programação das rádios e da atual produção musical brasileira. Questionado de como se situava com a produção de um disco autoral, independente e resistente à música senso comum que prolifera nas mídias eletrônicas, Papete foi categórico em dizer que existe espaço para todo mundo e defendeu a música feita arranjos e poesia ricas.

– Não existe música boa ou ruim. Existe música mal feita. Eu respeito todo e qualquer tipo de música, mas no meu trabalho priorizo a qualidade harmônica, da poesia. Enfim, gosto de produzir uma música apurada e que faz bem aos meus ouvido – finaliza.

Nesta terça-feira (11), a partir das 20h, haverá noite de autógrafos “Sr. José de Ribamar & Outras Praias”, com direito a um faixa a faixa do disco. O local será o bar e restaurante L´Apero (Praia de São Marcos).

O Disco

CD 1

Faixa 1: O Biltre (Josias Sobrinho)

É um reggae que eu queria gravar há muito tempo. Rita Ribeiro gravou, o próprio Josias gravou num disco que produzi pra ele com a Lenita cantando junto. Acabou se tornando um “reggae-canção” – Sempre quis registrar à minha maneira com a sonoridade do Live for Change.

Faixa 2: Senhor José (Alberto Trabulsi)

Composição que o Alberto fez em homenagem ao seu pai, José Trabulsi. É uma música junina que não é nem quadrilha, nem toada, mas uma música pop com levada meio Paul Simon, só com violão, baixo e percussão.

Faixa 3: Navegantes (Erasmo Dibel)

Essa música de Dibel faz parte do projeto Ouro de Mina, série de shows que apresento no sul do país. Tem uma pegada latina, sem ser salsa ou merengue. Criei uma coisa bem sensual, rítmica, em que a música assume uma conotação latina sem perder a essência maranhense da composição. Gravei com o violão do próprio Dibel, que tem uma pegada só dele, mais os teclados do Murilo Rego.

Faixa 4: Ela (César Costa Filho)

É mais uma música com a cara do Live for Change. Foi gravada pela Elis Regina, no final dos anos 60. Faço uma coisa bem “Al Stewart”. Estou numa fase muito zen, ligado às coisas do universo. Minha concepção de música hoje é pra lá de universal. Tudo o que faço tem ligação com outras dimensões espirituais e sinto que isso funciona sem nenhuma loucura ou “bichogrilice”. Esse disco reflete toda a minha espiritualidade. E Ela tem isso também como sonoridade. É uma música triste, conta a história de uma moça que vive sozinha no oitavo andar de um prédio, em eterno conflito com ela mesma.

Faixa 5: Cubanita (Almir Sater e Paulo Simões)

Eu sempre quis gravar uma composição do Almir Sater. E essa tem uma história muito gozada. Dizem que o Paulo Simões se apaixonou por uma cubana, que depois de ter feito estragos com ele, sumiu. Essa música tem uma parte em “portunhol”, mas é cantada em português. É uma das mais pedidas no show do Almir, mas ele nunca canta. Gravei com o ritmo de polca paraguaia, meio ”chamamé”, como falam lá pras bandas de Mato Grosso.

Faixa 6: Last Train Home (Pat Metheney)

Last train home é uma música que remete muito à sonoridade dos compositores mineiros principalmente Toninho Horta, Lô Borges, Flávio Venturinni e Beto Guedes, de quem gosto muito. Pra mim, a música mineira foi o maior achado sonoro que já se fez no Brasil até hoje. Eles inverteram a maneira de compor, de cantar, de harmonizar, assessorados pelo conhecimento e sensibilidade de Wagner Tiso. Pat Metheney bebeu muito na fonte dos compositores de Minas, do Toninho Horta, principalmente. E Last train home é a música mais mineira dele. Fiz uma coisa totalmente lounge, quase que arrítmica, uma sonoridade para sonhar, em que o berimbau alinhado ao piano e o violão atinge graus de alta sonoridade, simples e contemplativa.

Faixa 7: Estrela de Madureira (Acyr Pimentel e Cardoso)

Havia uma passista muito famosa da Império Serrano chamada Zaquia Jorge, que morreu em 1971. Era uma vedete maravilhosa e Acyr Pimentel e o Cardoso compuseram uma música em homenagem a ela, que foi o samba enredo daquele ano. A Império Serrano acabou campeã e o samba foi um grande sucesso na voz de Roberto Ribeiro. Sempre amei essa música e a gravei de forma diferente, em ritmo de samba de quadra, com umas loucurinhas percussivas de arrepiar.

Faixa 8: Era uma vez (Eugênio Matos)

É um instrumental com uma alusão muito forte à percussão do Maranhão, embora minha versão seja bem pop, com uma levada de rock que lembra o Queen. Eugênio Matos é um pianista de Brasília. Essa faixa tem participação de minha filha Vitória, no começo e no fim da música

Faixa 9: Amigo(Godão e Bulcão)

Essa linda canção é uma resposta ao Boi de Lágrimas, de Raimundo Macarra. Pra mim é a música mais linda de Zé Pereira. Eu já tinha feito uma gravação dela anos atrás, mas não gostei. Tem um piano lindo de Sergio Murilo Rego, soberano, no mesmo estilo dos grandes Bill Evans e Billy Joel dos anos 1970. A coisa ficou tão emocionante, que a gente chorou durante a gravação. No final, faço uma citação de “amanheceu, já se apagou, não chora, amor, não chora, que a Madre Deus já confirmou que meu boizinho se perdeu..”. Aí ele entra com caixinha de música que vai se sobrepondo a dois pianos e eu cantando junto. Parece que a música está levantando vôo, como se o boizinho voasse em busca da sua estrela – difícil segurar as lágrimas…

Faixa 10: Na baixa do sapateiro (Ary Barroso)

Mais uma faixa resgatada do CD Era uma vez, instrumental que fiz com o pianista paulistano, Luís Lopes. Eu regravei com outras citações instrumentais. Tem uma presença muito forte do berimbau, até porque é uma música que fala da Bahia, porém sem aqueles instrumentos de axé tocando o tempo todo, com solo discreto de timbáu ao final.

Faixa 11: Um sinal de amor e de perigo (Capenga e Patinhas)

Um grande sucesso da cantora Diana Pequeno nos anos 1980. O Patinhas, para quem não sabe, é o João Santana, marqueteiro do Lula e da Dilma. Nessa faixa entra o Papete preocupado com a preservação ambiental. A música fala disso. “A noite a cidade parece que some…” e no fim eu me transformo em MC e faço um hip hop com uma forte percussão e apelo potente às causas sócio-ambientais : “E então o que é que você faz aí sentado, com essa cara de bundão que não foi convidado para a grande festa-baile da destruição?…”.

Faixa 12: After sunrise (Oscar Castro Neves)

Era uma música que eu tocava muito com a grande violonista Rosinha de Valença. Ela tocou com Sergio Mendes, com quem quase fui tocar (Paulinho da Costa foi no meu lugar…) e quem substituiu Rosinha no conjunto do Sergio Mendes foi Oscar Castro Neves. É uma música feita para pandeiro, congas, berimbau. Os pandeiros com a levada de Marcos Suzano que eu adoro tocar no mesmo estilo. É uma ode à música instrumental, ao percussivo.

Faixa 13: Mãe Natureza (Carlos Pial)

Faixa instrumental composta pelo maranhense Carlos Pial, na minha opinião o maior percussionista brasileiro da atualidade. Nela, eu crio um paraíso, um Éden, com passarinhos, muita água e muita natureza. No final, entra uma música incidental da cantora Anna Torres e do Chico Poeta chamada Água, em que faço uma levada indígena. E o berimbau sempre presente, grave e solene…

Foto: Gustavo Sampaio / Imirante.com

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS