Adeus carnaval eterno !

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Acabou-se o que era doce. Estamos na Quarta-Feira de Cinzas. O momento é de recolher a fantasia, guardar as boas lembranças e se redimir de alguns pecados, pois reza a lenda de que a festa é profana. Mesmo assim, prefiro comungar do provérbio bíblico de que o Carnaval é abençoado por Deus.

Foram cinco dias oficializados de folia e mais alguns dias de pré-carnaval. E agora José ? festa acabou e a vida volta ao normal. Agora, sejamos sinceros, mas o feriado de carnaval é realmente legal. Temos tempo para fazer a faxina, conversar com a família, avaliar as dívidas e a vida. Embora dividindo o meu tempo ente o trabalho e o lar doce lar, aproveitei para ir ao cinema, ouvir uma música, fazer uma boa leitura, passear na praia, curtir e refletir sobre o carnaval.

Mesmo com a gama de atividades tirei um tempinho para questionar sobre a festa. Será normal a tese de que o povo maranhense gosta de se comportar mais como platéia diante de um espetáculo, principalmente quando o tema é carnaval ? Sei que cada folião brinca como pode, mas prefiro acreditar na vibração e diversão de um povo. Embora seja um folião sereno, não gosto de carnaval triste. Ao interagir com a festa sempre optei pelo arrastão da alegria, do prazer e da diversidade musical.

Senti a falta de mais foliões nas ruas de São Luís, mas percebi que muitos optaram por outros carnavais, dentro e fora do estado. Mesmo com a debandada em “massa”, o carnaval ludovicense fluiu apático e foi movimentado pelo Baile do Bigorrilho, a Confraria do Copo, Jeque Folia, Máquina de Descascar Alho, Fuzileiros da Fuzarca, Bloco Afro Akomabu, Bloco de Reggae GDAM, entre outras manifestações que conseguem arrastar multidão e fazer com que por alguns instantes (ela) vivencie o lado surrealista da vida.

Como tudo é carnaval, a festa é real. O bom e o “boom” na folia alternativa da capital aconteceu no Renascença II. O grupo Espinha de Bacalhau e a dupla Mano Borges e Nathalia Ferro fizeram a festa de milhares de foliões com marchinhas, frevos e pérolas do samba. Não devemos esquecer do Baile Popular, que fez o diferencial na última noite da folia na Passarela do Samba. Portanto, tivemos um carnaval de paz, alegria, mas falta um pouco de espírito renovador.

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