Maturidade

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Viajar para conhecer a diversidade cultural do Brasil seria uma obrigação de todos nós brasileiros. Mais a extensão territorial brasileira atrelada ao baixo poder aquisitivo, ainda, da maioria de [nós] brasileiros impede que se perceba a dimensão, a pluralidade e a riqueza desse país literalmente continental.

Para mim foi um privilégio e uma felicidade os quatro dias que passei em Curitiba. Foi mais um sonho de consumo realizado, pois tinha vontade de conhecer a capital brasileira, que para muitos serve como modelo. E pude constatar, sem deslumbramento, que essa é a melhor tradução para uma cidade funcional e com qualidade de vida. 
 
Entre passeios, troca de informações musicais e em todos os sentidos da vida, curtir os últimos dias do XX Festival Internacional de Teatro de Curitiba, em cartaz na cidade desde o dia 30 de março a 1o de abril. Em conversa com o ‘backing stage’ do festival fui informado que essa edição do evento bateu recorde de ingressos esgotados em relação a outras edições. 

O festival contou com espetáculos [Mostra Oficial] de mais de 14 companhias, dentre elas o mineiro Grupo Galpão, que estreou Tio Vânia, de Tchekhov; Trilhas Sonoras de Amor Perdidas, da Sutil Cia. De Teatro e a Companhia de Dança Deborah Colker (que fez ontem e  repete neste domingo, (10), a pré-estreia nacional de sua nova coreografia, Thatyana). Tive a oportunidade de assistir à peça na edição concorrida deste sábado, (9), no belo e tradicional teatro Guaíra, um dos pontos turísticos da capital paranaense e bastante visitado.

Em um grande clássico da literatura universal, a coreógrafa paranaense Deborah Colker foi buscar inspiração para seu novo espetáculo. A peça baseada em “Evguêni Oniéguin’, o romance em versos, publicado em 1832 por Aleksandr Púchkin (1799 – 1837), o pai da literatura russa. Em dois atos, a Companhia de Dança Deborah Colker leva ao palco o próprio Púchkin’, interagindo com as ações, desejos, pensamentos e transformações psicológicas dos quatro protagonistas de sua obra-prima. A música de compositores como Rachmaninov, Tchaikovski, Stravinski e Prokofiev embala essa jornada atemporal ao âmago de uma história de duelos, desencontros, paixões e decepções.

Mesmo ainda com erros e acertos, esta edição do  Festival Internacional de Teatro de Curitiba prirorizou em agradar a todos. A ideia foi atender o leigo e intelectuais, que apreciam espetáculos de apelo comercial, sem perder de vista a qualidade.  Um outro detalhe importante é que em quase quinze dias de evento foram vendidos quase 30 mil ingressos e espetáculos como “O Livro”, “Os 39 Degraus”, “Anjo Negro”, Édipo” e “Tathyana”  esgotaram.

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