Pô, como um flamenguista sangue bom e pé no chão, tava cá com meus botões pensando e refletindo, ao som de “Deixa a Vida Me Levar, Vida Leva Eu”, do Zeca Pagodinho. Enquanto a região serrana do RJ sofria, na tarde desta quarta-feira, (12), com a tragédia das enchentes, na Gávea uma festa de arromba rolava para receber Ronaldinho, que se repatriou carioca e rubro-negro. Parece até que uma coisa não tem haver com a outra. Dizem os mais céticos, ah, a vida é marcada pela diferença.
Ainda tem fanático, lunático que argumenta: porque comparar uma coisa com a outra ? Confundir alhos com bugalhos ? Prefiro o ‘real ao surreal ‘e problematizar o assunto. Depois de todo aquele cenário, típico algazarra sadia concebida pelos quase 30 mil torcedores rubro-negro, não seria legal o homem de R$ 1,8 milhão por mês parar e refletir sobre essa catástrofe ?
E já que o bom filho à casa torna, nada mais ‘politicamente correto’ dividir um tiquinho desses reai$, convertidos em dólare$, euro$, ou qualquer que seja a moeda, com quem realmente está aflito e precisando neste momento ? Pois, como amante do futebol, em especial do esporte, queremos também vê-lo solidário.