O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre arbítrio, seja para repousar, ou curtir uma festinha, um show com o artista predileto. Enfim, é o bom momento também de se exercitar a cidadania.
Infelizmente, algumas pessoas agem de maneira deturpada não sabendo onde ‘termina o direito do outro e começa o seu’. E o que se presencia são cenas que entristecem e nos faz acreditar que contra a ignorância não há argumento.
No último sábado, 24, circulando pelo Centro Histórico presenciei uma cena desastrosa em função do show que acontecia na área ao lado do Terminal da Praia Grande. Não estamos aqui tirando os méritos de quem organizou e do sucesso do evento. Mas, é vergonhoso a falta de fiscalização por parte de quem é responsável pela disciplina.
Estava literalmente impossível se transitar na condição de motorista ou pedestre pela região onde acontecia o show. É uma pena que não estava com a minha maquininha digital para um flagrante de um “Circo dos Horrores”. O cenário era de centenas de carros estacionados em cada esquina das ruas do Centro da Cidade, em especial, pelos paralelepípedos da Praia Grande. Chocante foi ver dezenas de carros estacionados na calçada da praça dos Catraeiros, ao lado da Rampa Campos Melo, no coração da Praia Grande. É notório que alguém por aí contestando o meu comentário, argumentando que no Centro de São Luís não existe estacionamento, portanto o víavel é improvisar. Aí, entra o policiamento de trânsito para disciplinar, prevenindo, e na insistência usar a lei: multando os intransigentes.
Quanto a Praia Grande, é do conhecimento de todos nós que o patrimônio é tombado pela Unesco. Reza as normas que é proibido trafegar ou estacionar na área considerada de preservação. Infelizmente, em São Luís falta uma política de respeito ao patrimônio público. E ainda tem segmento da população que contribui para depredar achando que por ser público não lhe pertence. E lá vamos nós no dia a dia convivendo com uma Praia Grande atualmente mais parecida com o ‘Cafofo de Osama’ a uma capital dona de um patrimônio invejável herdado dos portugueses no século XVII e que se tornou da humanidade.