O rap tem uma nova sensação identificada por Flora Matos. Com apenas 21 anos, a brasiliense, invade o territorio masculino do rap brasileiro, pois não é comum uma mulher entoando rimas. Ela aparece como um nome promissor na cena.
Flora Matos tem acompanhado com suas rimas os principais deejays de rap e vem se apresentando com o Instituto, banda na qual já cantou Sabotage. De acordo com a crítica, Flora foge dos agudos de Negra Li e não chega ao tom áspero de Nega Gizza. Ao vivo, impressiona pelo fôlego que emenda seus versos e pelas diferentes levadas com que canta. Na mixtape que acaba de lançar com a dupla de produtores Stereodubs (disponível em www.myspace.com/floramatosvsstereodubs), a MC passeia por bases de rap, dancehall e até MPB. “Minha música vai além do rap, mas ele está sempre presente”, diz.
Flora cresceu em Brasília, fazendo backing vocals para o pai, o músico Renato Matos. Com 14 anos, assistiu a um show dos Racionais. Foi quando ela se envolveu com o rap. Começou a frequentar as batalhas de rimas cariocas, onde não é comum a presença de mulheres, “mas cheguei a ganhar uma ou outra”, garantiu.
As rimas de Flora renderam elogios de KL Jay, DJ dos Racionais, e um convite, dois anos depois, para gravar um remix produzido por ele.
A MC trocou Brasília por São Paulo. Na cidade, começou a acompanhar deejays como Primo, King, além de KL Jay, com um pocket show durante suas discotecagens. Dali, emplacou uma faixa na mixtape “O Jogo É Hoje” –a única mulher da compilação– e acabou nos palcos do Instituto. Com caminhos abertos no rap, promete seu disco solo para 2010.
