Se depender de Fatboy Slim, a Copa do Mundo terá mais “brasilidade” do que propõe a música oficial da Copa. O DJ britânico vem ao Brasil para nove shows durante o Mundial, começando por Salvador, no dia 13, e encerrando em Brasília, no dia 22. No repertório, uma seleção de remixes clássicos da MPB feitas por ele e por um time de DJs no novo disco “Bem Brasil”.
Norman Cook (nome verdadeiro do DJ) conversou com o UOL sobre os shows e a compilação, e mesmo sem criticar diretamente a canção “We Are One (Ole Ola)”, com Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte, disse que entende a reclamação dos brasileiros diante da falta de ritmos e da legítima expressão brasileira na canção.
No mundo de Fatboy Slim, Jorge Ben cai na rave com “Taj Mahal”, Gilberto Gil curte um drum n’ bass com “Toda Menina Baiana” e “Maracatu Atômico” e até Elis Regina se joga na pista com o libelo contra a ditadura “O Cavaleiro e os Moinhos”, de João Bosco e Aldir Blanc — de longe, o melhor do disco e a preferida de Fatboy Slim.
Habitué das terras daqui, Fatboy Slim expõe pelo menos uma preocupação em relação a turnê. “Vou tocar em um shopping center em Salvador e eu não faço ideia de como vai ser. Se vai estar cheia de gente ou se vou ficar no corredor esperando os amplificadores”, observa.
O DJ ainda toca em Uberlândia, em Minas Gerais (13 de junho), Cuiabá, no Mato Grosso (14), no Estádio do Morumbi, dentro da Casa do Futebol Pelé, em São Paulo (17), em Belo Horizonte (19), em Florianópolis (20) e em Lorena, em São Paulo (21). “Amo tocar na Copa. Acho que o clima e a paixão dos brasileiros pelo futebol combinam com a música”, diz.