Os músicos Josias Sobrinho e Chico Saldanha fazem um apanhado de suas trajetórias artísticas, de outros compositores maranhenses, no projeto itinerante “Dobrado Ressonante”. O circuito começa por Imperatriz nesta quinta-feira, dia 5/9, em Imperatriz (MA), no Teatro Ferreira Gullar. No dia seguinte é a vez de Brasília (DF) assistir o show, no Teatro Silvio Barbatto (SESC). “O Dobrado Ressonante” será retomado no dia 10 de setembro, no Teatro Margarida, em Belém (PA); dia 11, no Tempero da Iracema, em Teresina (PI); e encerra em São Luís (MA), dia 13, no Teatro Artur Azevedo.
Em entrevista neste domingo (1º), no Plugado, na Mirante FM, Josias Sobrinho disse que o projeto “Dobrado Ressonante” começou em Brasília, no ano passado.
– A parceria com Chico Saldanha começou em Brasília com duas apresentações. Depois, continuamos em São Luís, no Projeto Papoético e no BR-135, dentro da Mostra Cultura Ativa Sebrae, realizada no Ceprama, durante as comemorações dos 400 anos de São Luís – acrescentou.
Indagado sobre repertório, Josias disse que o repertório do show é baseado em canções autorais, de outros compositores locais. Ele comentou, ainda, que para cada encontro haverá um convidado.
– A concepção do espetáculo desde o inicio é reunir em torno de nossos repertórios, outros autores maranhenses, além de ter a cada apresentação um convidado especial. Em Imperatriz, quem participa é o músico Zeca Tocantins. Em Brasília, Nilson Lima é o convidado. Em Belém, Ronaldo Silva, em Teresina, o Roraima, e em São Luís, o Criolina – explica Josias.
A banda é formada pelos músicos Rui Mário (acordeom), Marcão (violão e guitarra), Mauro Travincas (baixo), Robertinho Chinês (bandolim e cavaquinho), Fleming Bastos (bateria) e Jeca Jekovisky (percussão). A Direção musical é assinada por Rui Mário. A direção artística por: Josias Sobrinho e Chico Saldanha. A produção é de Ópera Night.
Os ingressos para os shows serão obtidos no local, no dia da apresentação, através de troca por 1kg de alimentos não perecíveis.
O projeto é uma iniciativa da Associação Cultural da Música Maranhão, com patrocínio da Cemar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo do Maranhão – SECMA/SEFAZ
Perfil
Josias Sobrinho
Compositor, violonista, cantor e produtor cultural. Maranhense de Penalva. Começou profissionalmente na década de 1970.
Desenvolveu o gosto pela música e interesse pela composição em casa no contato com os discos que seu pai ouvia, admirador de grandes figuras da música popular que era. Noel Rosa, Ataulfo Alves, Nelson Gonçalves, Moreira da Silva, Jamelão e tantos outros.
Em 1978, teve quatro de suas primeiras composições (Catirina, Dente de ouro, De Cajari p’ra Capital e Engenho de Flores), incluídas no LP Bandeira de aço, do maranhense Papete, lançado pelo selo Marcos Pereira. Tem, entre seus intérpretes, Diana Pequeno (Engenho de flores), Alcione (Bloco de rua), Xuxa (Vaqueiro, vai buscar meu boi), Leci Brandão (Rosa Maria), Rita Ribeiro (O biltre), Pena Branca e Xavantinho (Engenho de Flores), Ceumar (As perigosas e Rosa Maria), Rolando Boldrin (Quadrilha), Paula Santoro (As perigosas), Tião Carvalho (Dente de ouro), Flávia Bittencourt (Terra de Noel), Mako (Engenho de Flores), Papete, Rosa Reis, A 4 Vozes, Beto Pereira e Maria Preá.
Atualmente é diretor do Teatro da Cidade de São Luís e aluno do Curso de Licenciatura em Música, na UEMA.
Chico Saldanha
É considerado um dos mais versáteis compositores da música popular do Maranhão. Transitando com a mesma facilidade entre a música urbana e a música regional maranhense, o compositor que nasceu em Rosário, terra do boi de orquestra, é autor de várias músicas consagradas pelo público maranhense. Destaque para a toada Itamirim, já considerada um clássico no gênero, além de Linha Puída, que já mereceu sete gravações de cantores maranhenses e de paulistas, Emaranhado, título de seu mais recente CD, e Babalu.
No repertório além de composições próprias como Babalu, Emaranhado e Linha Puída; tem Botequim, de Cesar Teixeira; Ponteira, de Sérgio Habibe, Boi de Haxixe, de Zeca Baleiro e Se Não Existisse o Sol, de Chagas.
