Corpo humano em forma de música

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Muitas pessoas não percebem que antes de a música vir do instrumento vem de nós e está no corpo. E quanto ao que o corpo pode fazer, não existe nenhum tipo de limite de ritmo ou de estilo musical. Eis a chance de participar da “Oficina Percussão Corporal – o Corpo como Instrumento Musical”, com o músico, instrumentista e professor Fábio Freire, integrante do grupo Barbatuques, e com seis discos solo lançados. A oficina acontece nesta terça-feira (27) e quarta-feira (28), das 10h às 18h, no Teatro Artur Azevedo. Em passagem pelo portal imirante.com, o músico conversou sobre percussão corporal, a experiência pelo interior maranhense e das oficinas em São Luís.

Blog: O que vem a ser percussão corporal ?:

Fábio Freire: É a junção das possibilidades sonoras que o corpo tem. Exemplificamos a boca, peito, pernas, as mãos, partes do corpo humano capazes de produzir ritmos, ou seja, música.

Blog: O que levou você se dedicar em trabalhar com música em escolas ?

Fábio Freire: Estudei na Faculdade de Música na Universidade Livre de Música Tom Jobim, em São Paulo. Fiz curso de musicalização infantil e a partir dessa experiência resolvi trabalhar com crianças e adolescentes, o meu público alvo.

Blog: Como linguagem da percussão, da música instrumental, pode influenciar, contribuir como ferramenta de conscientização e transformação na vida do jovem ?

Fábio Freire: A linguagem da percussão ajudar a mudar a pessoa. Falo como experiência própria. A pessoa melhora a performance como músico. Como ser humano é uma forma de descobrir o próprio corpo, fazer música se divertindo. Na verdade, o mundo está cada vez mais segregacionista. As pessoas cada vez mais individualistas. A expressão corporal une, agrega os povos de maneira democrática. Não é preciso gastar dinheiro, basta só começar.

Blog: Qual o programa pedagógico que você utiliza durante as oficinas ?

Fábio Freire: Exercícios de aquecimento, de descoberta sonora. Treinamos timbres de sons com cada participante das oficinas. Aprendemos grooves, ritmos básicos, ou seja, que já estão prontos a exemplos do samba, baião, etc. Enfim, provocamos as pessoas para que elas se familiarizem com a linguagem da percussão corporal.

Blog: Como surgiu o convite para desenvolver o trabalho no Maranhão ?

Fábio Freire: Vim a convite da Ong Instituto Formação, onde já desenvolvemos uma parceria, por meio do Projeto Moitará. Aqui, no Marahão, tive o privilégio de manter um contato com o interior maranhense na semana passada. Na quinta e sexta, visitei as cidades de Cajari e Arari. No sábado e domingo, no Sítio Marrecas, no bairro do Maracanã, jovens de onze cidades maranhenses (São Bento, Palmeirândia, Olinda Nova do Maranhão, Arari, São João Batista, Matinha, Santa Inês, Belágua, Penalva, Cajari e São Vicente de Férrer).

Blog: Qual a lição a ser tirada dessa experiência com os jovens maranhenses?

Fábio Freire: É o de Responsabilidade Social. Fiquei impressioando em ver que têm muitos jovens por aqui engajados na arte e produzindo coisas criativas. Enfim, eles estão criando com independência, autonomia.

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