Persuasão sem enganar; emoção sem pieguice

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O Mundo vive um momento histórico: a solenidade de posse de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Passadas as festas em todos os cantos dos EUA e do mundo, a posse no Capítólio, enfim a Obamania dá uma trégua temporária. O momento agora é de deixar um pouco a euforia de lado e encarar a realidade dos fatos. 

A partir de hoje, 20 de janeiro de 2009, dia de São Sebastião, Obama passa a não ser apenas o presidente dos norte-americanos, mas o Chefe de Estado eleito pelos americanos para convergir com todas as Nações. Ele terá que conduzir com humildade, determinação e sabedoria as políticas internas e externas diante de uma crise econômica mundial, dos conflitos políticos e religiosos no Oriente Médio, das relações diplomáticas com os Países emergentes e da convivência com os países que ainda acreditam no socialismo como bandeira de luta.

Discurso

Após jurar sobre a Bíblia e diante de mais de 2 milhões de pessoas reunidas em frente ao Capitólio de Washington, ele desempenhou com fidelidade o cargo e defendeu a Constituição dos EUA”.

Também direcionou o seu discurso aos não norte-americanos: “A América é amiga de toda nação em busca de paz e prosperidade”, afirmou, pouco antes de falar em deixar o Iraque a seu povo e a levar paz ao Afeganistão. “O mundo mudou, e precisamos mudar com ele”, afirmou.

Sobre a economia, Obama citou “esperança” e “medo”: “nós escolhemos a esperança sobre o medo. Sabemos da gravidade da crise, pois vemos a situação que vivemos, com milhares de empregos perdidos. Mas juntos conseguiremos sair dessa crise”. O presidente afirmou ainda que os problemas não serão resolvidos facilmente nem em pouco tempo, mas que serão enfrentados. “A nossa economia está enfraquecida como consequência de ganância e irresponsabilidade de alguns”, disse Obama.

Por fim, ele citou o pai, afirmando que, há alguns anos, ele sequer poderia comer em um restaurante e que, agora, seu filho está no Capitólio, tomando posse como presidente. “Vamos enfrentar as tempestades que podem vir.”

Na oração invocatória, o reverendo Rick Warren afirmou que o povo americano é grato por viver em uma terra de oportunidades, onde alguém como Obama pode tornar-se presidente. Em seguida, Aretha Franklin cantou “My country ‘tis of thee”, canção patriótica que fala sobre liberdade.

Contramão

Se nós fôssemos fazer uma análise de trajetória, ele já fez algo imenso: ser eleito presidente dos EUA. Obama só sendo o Presidente e discutindo os assuntos já faz com que o tema negro seja despertado.

Obama representa uma bofetada a todos que praticam qualquer forma de preconceito. Daqui pra frente queremos um Obama que saiba persuadir, sem enganar. Saiba emocionar, sem pieguice.

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