Loopcínico dialogando com o Maranhão e o Pará

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Projeto idealizado pelo percussionista Luiz Claudio propõe diálogo entre ritmos do Maranhão e do Pará. Disco sai pelo selo Ná Music, de Belém, e será lançado dia 23 de julho no projeto Terruá Pará.

Loopcínico é formado por Luiz Claudio (percussão), Beto Ehongue (trilhas) e Lobo Siribeira (vocais). O projeto equilibra percussão e programações eletrônicas com letras e vocais inspirados na batida de oito ritmos maranhenses, tudo isso entrelaçado à musicalidade paraense. O CD tem oito faixas e é produzido por Luiz Claudio e os paraenses Thiago Albuquerque e Luiz Felix Robbato.

“Pra construir essa ponte sonora entre os dois estados, Loopcinico se serve de matracas e zabumbas do bumba-meu- boi, caixas do divino, tambores de mina e crioula, blocos tradicionais e tribos de índio do Maranhão combinados ao molho das guitarradas e carimbós do Pará”, afirma Luiz Claudio.

Loopcinico remonta de maneira contemporânea à história musical e ancestral de índios, negros e brancos nos trópicos.A poliritmia dos tambores e maracás gravados por Luiz Cláudio é o motor deste barco sonoro que cruza os rios e igarapés carregando iguarias de efeitos e programações eletrônicas de Beto Ehongue, temperos de letras e voz de Lobo Siribeira, banhos de ervas de sintetizadores de Thiago Albuquerque e guitarradas paraenses de Luiz Felix Robatto.

No disco e no show, o tempero se estende com grooves simples de baixo e guitarra programados, efeitos e sintetizadores, além da voz de Lobo Siribeira (Luis Lobo), que assina todas as letras e age mais como um instrumento do que um band leader. Entre as criações de Lobo destaca-se Calma Cara, um autêntico boi de zabumba: Quê que é isso, brother, relaxa/Eu não quero ter razão, eu quero é ser feliz/O meu boi da cara preta não tem medo de careta/ o meu boi da careta preta tem medo de picareta.

Loopciniconasceu nos anos 1990 e amadureceu seu conceito ao longo dos últimos 15 anos. Luiz Claudio divide com Lobo Siribeira e o DJ Beto Ehongue a concepção atual do projeto. O trio adota um processo pouco comum, quebrando a ideia de que o ritmo tem de ficar por trás da letra.

“A gente procura resgatar o verdadeiro papel do ritmo na história musical do Maranhão e do Pará. Nunca é demais lembrar que tudo começou com os escravos e os índios, só depois é que sopraram os ventos da velha Europa sobre a região” afirma Luiz.

LOOPCÍNICO – Selo Ná Music

Luiz Claudio – percussão

Lobo Siribeira – voz

Beto Ehongue – Trilhas

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