Ao bater na porta do Teatro Artur Azevedo tive a sensação de estar convivendo com o ‘caos aéreo’ que abalou o Brasil durante todo o ano de 2007. Com o convite na mão fui avisado que o teatro estava lotado. Fiquei a pensar: será que entregaram os convites além das cadeiras da casa ou então teve convidado que recebeu um convite e levou dez sem o mesmo e não houve uma fiscalização rigorosa na entrada ?
Uma coisa era certa e constrangedora. Todas as pessoas que chegaram atrasadas foram barradoas no baile. Teve gente que ainda tentou argumentar o atraso, mas a resposta de algumas estagiárias do curso de Relações Públicas da UFMA, revoltadas e descontroladas, era de que no convite rezava o regulamento que as portas do teatro estariam abertas até às 20h e pronto. Até aí, tudo bem. Agora, o revoltante é saber que jornalistas ( formadores de opinião e que sempre interagem com o prêmio) não puderam entrar porque o teatro estava lotado, mas outras pessoas, parentes de artista, entraram na festa com a casa cheia numa total falta de consideração com os que enfrentavam o mesmo problema.
Reclamações à parte, mesmo do lado de fora, relaxei e gozei assim como mandou a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e pude perceber que a festa estava bonita. Afinal de contas, o Prêmio Universidade deste ano homenageava o samba, patrimônio imaterial e cultural do Brasil. E o legal é saber que o Maranhão também produz um samba cheio de peculiaridade, mas genuínamente brasileiro. Oxalá, Os Fuzileiros da Fuzarca, Cristóvão Alô Brasil, Patativa, César Teixeire, Josias Sobrinho, Escrete, Joãozinho Ribeiro, Chico da Ladeira, Antônio Vieira, Lopes Bogéa e Alcione. Portanto, o Prêmio Universidade tem o seu valor. Merece vida longa. Mas todo cuidado é pouco na hora de convidar alguém para uma festa !!!!