Na concepção de Gilberto Gil, na condição de Ministro da Cultura, “uma política cultural deve ser vista como parte de um projeto de formação de uma nação democrática e plural. Por isso, ao se implementar uma política pública voltada para o setor cultural, não há como deixar de escutar as pessoas e os órgãos disseminadores da cultura e envolvê-las na formulação das políticas públicas necessárias.
Enfim, no Maranhão, especificamente em São Luís, essa forma de trabalhar uma política cultural de todos e para todos parece estar longe de acontecer. Estamos numa disputa para escolher o futuro prefeito de São Luís. Uma tarefa que só depende de (nós) ludovicenses e antes de tudo brasileiros. Depois de eleito, precisamos cobrar de um dos vencedores que nós queremos comida, diversão e arte com dignidade. Não queremos qualquer tipo de comida, nem arte apenas para prestigiá-la. Queremos fazer arte e bem diferente. Como um bom exemplo, abrir as portas para o diálogo rico e soberano.
A primeira ação é conclamar as comunidades, criar comitês e se discutir Cultura dentro de um contexto amplo, envolvendo modo de vida, costumes e a ansiedade coletiva. Precisamos urgentemente criar um projeto criativo, multifacetado e consistente para formular políticas públicas necessárias, deixando de fora o fisiologismo, o revanchismo e um certo medo de conviver com o novo e o que foge do convencional, tradicional e daquela fórmula instituída ao longo da história, onde em alguns momentos é maqueada equivocadamente para dizer que estamos absorvendo o contemporâneo.
È o momento de estreitar as relações mesmo e propiciar uma maior interação entre Governo e Sociedade. Não cabe mais e nem é justo ficar enganando a todos nós com falsas promessas ou propostas paliativas e demagógicas. É chegada a hora de acreditar que temos que vencer o medo…