Há quinze dias ouvi uma entrevista de Frejat, no programa Escala Musical, na Rádio do Senado, falando como vocalista do Barão Vermelho. Aí, veio a notícia surpreendente no universo pop brasileiro, na manhã desta terça-feira, dia 17 de janeiro de 2017. Frejat deixa o Barão Vermelho, justamente no ano em que a banda festeja 35 anos de existência em turnê nacional.
Rodrigo Suricato vai assumir o posto de Frejat. A decisão foi tomada porque Frejat não quis assumir a agenda da turnê. Como o show sempre tem que continuar, Suricato foi convocado.
Há quem duvidasse da capacidade de Frejat com saída de Cazuza em 1985 dos vocais do Barão Vermelho. Ele deu conta do errado gravando bons discos e se consolidando como vocalista da banda.
Sem Cazuza, mas com Frejat no vocal, o Barão ainda era o Barão. Com Suricato, a impressão é que o Barão perde a identidade artística e visual, ainda que apresente na composição de 2017 dois integrantes da formação original, o baterista Guto Goffi e o tecladista Maurício Barros. Sem falar que o guitarrista Fernando Magalhães (no Barão desde 1985) e o baixista Rodrigo Santos (incorporado ao grupo em 1992) têm total intimidade com o repertório do Barão Vermelho.
O outro Barão entra em cena em maio. Como não é a primeira vez que isso acontece na história de uma banda. A vida segue e só o tempo vai dizer se o Barão Vermelho continua o mesmo, agora, sem Frejat nos vocais.
Barão Vermelho não é apenas uma grande banda de rock/blues brasileira. Como se isso fosse pouca coisa. Mas é um ícone ideológico de uma geração que formou opinião e transformou a cabeça de muitos brasileiros. Sou fã do Barão Vermelho, muito mais ainda com Roberto Frejat nos vocais. Considero Cazuza um grande letrista e poeta e sua carreira solo teve importância para a música brasileira, alcançando patamares que não seria possível como vocalista da banda. Sua trajetória no Barão foi meteórica ou seja, foi incandescente mas durou pouco. Com Frejat foi diferente. Ele imprimiu na identidade da banda a sua maneira de ser. São mais de três décadas de banda, de rock, de blues. Roberto Frejat é um grande guitarrista, bluesman, roqueiro e compositor, sou fã dele também. Continuarei curtindo o seu som, assim como os demais da banda. Sou fá do Dé (primeiro baixista) desde os primeiros tempos da banda, pois tive a oportunidade de ver ao vivo o Barão Vermelho ainda com Cazuza no vocal, e a atuação de Dé era um show a parte. Os demais integrantes também são caras de muito fino trato musical. Não sei se a banda, neste novo ciclo, se efetiva. O que sei é que o Barão Vermelho sempre será o nosso velho e eterno avião de guerra do ROCK BRASILEIRO.
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