Um mar de gente fez o chão da Praia Grande tremer de diversão, paz e amor, em três noites de Festival BR-135/Conecta Música, idealizado pelo duo Criolina [Alê Muniz e Luciana Simões], com o patrocínio da Vivo Transforma, por meio da Lei de Incentivo Estadual de Cultura.

O que se viu foram as praças Nauro Machado e da Criança, a Escadaria do Beco Catarina Mina, assim como todos os espaços do Patrimônio Tombado pela Humanidade ocupado por juventude e musicalidade plural.
Ali estava presente a cadeia produtiva da música alternativa brasileira visceral e com atitude e que não quer concorrência com o “Mainstream” instituído pela grande mídia. Apenas defende a existência de um espaço da boa convivência e uma plateia para consumo.
Em cinco anos de existência, o Festival BR 135 atingiu maturidade e cumpriu bem a sua missão, a começar pela pontualidade dos shows, ao estimular o comércio informal, mostrando que a economia criativa é uma alternativa significativa de negócio; assim como refletiu sobre mercado musical e a relação com a mídia pública, privada, virtual. Misturou positivamente o folclore maranhense com vertentes Pop, assim como determina a teoria do hibridismo cultural de Canclini; além de ter levantado a bandeira contra a intolerância ou qualquer tipo de preconceito.
Enfim, o festival mexeu com o comportamento de uma ilha conceituada como provinciana, do amor, porém dona de uma rebeldia de quem tem desejo de convergir com as mudanças do Globo.
Magnifica reflexão.