Bruno Batista feat. Criolina no Itaú Cultural (SP)

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Músico maranhense, Bruno Batista lançou em março deste ano o álbum Bagaça, o quarto de sua carreira. No dia 11 de agosto, apresenta no palco do Itaú Cultural composições desse trabalho. O duo Criolina, Alê Muniz e Luciana Simões, participa do show.

CD Bagaça do cantor e compositor Bruno Batista. Foto: Divulgação
CD Bagaça do cantor e compositor Bruno Batista. Foto: Divulgação

No disco, produzido por Rovilson Pascoal, o cantor e compositor segue um caminho diferente daquele optado em Lá (2014), seu terceiro álbum, no qual o grande enfoque é a sonoridade e a inspiração emerge das experiências que marcaram sua chegada a São Paulo. Em Bagaça, a canção em sua essência é a personagem central. É a partir dela que Batista mergulha em seu passado e oferece composições embebidas em memórias afetivas de sua vida no Maranhão. “A ideia foi voltar às raízes de minha música; é um retorno”, conta o músico.

Criolina [leia-se Alê Muniz e Luciana Simões]
Criolina [leia-se Alê Muniz e Luciana Simões]

Na sonoridade, essas referências se expressam, principalmente, através dos temperos caribenhos que arrematam canções como “Pra Ver se Ela Gosta”, parceria com o duo Criolina, formado por Alê Muniz e Luciana Simões. Batista explica: “Estados como o Pará e o Maranhão são muito próximos do Caribe, então influências da música caribenha chegam por osmose”. Criado em São Luís, capital maranhense, o cantor diz que ritmos vindos do Caribe sempre foram presentes na cultura do estado. “Rumba e salsa fizeram muito sucesso na década de 1980, na qual eu cresci. Então, ao mergulhar na memória afetiva do Maranhão, recuperei essas referências caribenhas.”

Para compor essa atmosfera nas canções, tem destaque a grande variedade de instrumentos utilizados. Guitarra, baixo, violão de sete cordas, percussão, piano, sopros e arranjo de cordas compõem melodias elaboradas. As letras, por outro lado, fluem de forma mais leve. “Primeiro eu componho a melodia. A letra vem depois. Como o texto é dito pela melodia, é raro escolher motivos específicos”, conta Batista sobre a temática abordada nas composições do álbum. “É um disco muito plural”, ele destaca – mas pontua que exceções existem. É o caso da música “A Ilha”, escrita especialmente para a cidade de São Luís.

Atrás dos instrumentos, músicos de peso compõem uma equipe que honra Batista. Prezando não apenas a técnica, mas também a afinidade, artistas como Felipe Cordeiro (guitarra), Meno del Picchia (baixo), Felipe Roseno (percussão), João Carlos Araújo (cordas), Marcelo Jeneci (piano), Swami Jr. (violão de sete cordas) e Dandara (voz) elaboraram o álbum com o maranhense. “São pessoas que já circundavam meu universo musical e pelas quais eu tinha muita admiração”, diz o cantor.

Na apresentação no instituto – muito simbólica para Batista, uma vez que o Itaú Cultural foi um dos primeiros lugares que o artista conheceu em São Paulo –, a ideia é trazer para o palco a maior parte dos músicos que colaboraram no disco. No repertório, além de faixas de Bagaça, como “Batalhão de Rosas”, “Você Não Vai Me Esquecer Assim” e “Nigrinha” (composta com Zeca Baleiro), há músicas de seus dois últimos álbuns e uma canção inédita.

Bruno Batista
quinta-feira 11 de agosto de 2016 às 20h
duração aproximada: 80 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 247 lugares

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