Alguns dos melhores nomes e referências do jazz e do blues no Brasil e no exterior vão subir nos palcos do 7º Lençóis Jazz & Blues Festival nos circuitos de Barreirinhas (18, 19 e 20 de setembro) e de São Luís (25 e 26 de setembro). Neste ano, o evento, que tem os patrocínios da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e do governo do estado do Maranhão por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, chega à sua sétima edição consolidado como um dos mais importantes festivais do gênero no país.

Não à toa, os artistas que irão se apresentar no evento estão ansiosos para sentir a energia do público maranhense que se mostra cada vez mais apaixonado pelo jazz e blues. E, por se tratar de um evento conhecido país a fora, cada atração quer dar o seu melhor. É o caso de Gabriel Grossi, que se apresentará no dia 19 de setembro, em Barreirinhas, e é só elogios ao Maranhão.

– Estamos preparando um show muito legal para o Lençóis Jazz & Blues Festival. Estou ansioso para participar dessa bonita festa da música, em um dos locais mais bonitos do Brasil – falou o músico. E Grossi está correto. Barreirinhas nada mais é do que a porta de entrada dos Lençóis Maranhenses, um dos mais lugares mais paradisíacos do Estado com uma beleza impressionante.

E para inspirar os artistas do circuito de Barreirinhas, nada melhor do que a vista noturna do Rio Preguiças, que corre ao lado da Avenida Beira-Rio, local onde será montado o palco principal do festival.

– Estou super feliz de estar participando do 7º Lençóis Jazz e Blues Festival. Sonhava em cantar aqui e é uma conquista trazer o show pela primeira vez ao Maranhão por meio de um evento musical tão importante. O repertório foi pensado para homenagear essa relação linda da música brasileira com o jazz. Estou louca para conhecer o público e a energia do Maranhão para fazermos muita música juntos – disse a cantora e compositora Ana Lonardi, que foi destaque no programa The Voice Brasil 2013, da Rede Globo.

Atração na segunda noite do festival em Barreirinhas, Alessandro Penezzi Trio já adianta um show muito dinâmico.

– Para o trio é uma honra imensa mostrar nossa música e ter espaço para mostrar a música do Brasil no renomado Lençóis Jazz & Blues Festival. É muito importante que hajam eventos desse porte, com essa preocupação com a cultura e que leve esse tipo de música que, muitas vezes, nos grandes meios de comunicação não tem espaço. O trio promete um show bem pra cima, com virtuosas apresentações e muita dinâmica entre os músicos – prometeu Penezzi.

Para todos os gostos

A programação da sétima edição do Lençóis Jazz & Blues Festival será bastante diversificada. Cada atração tem uma peculiaridade, o que serve para engrandecer ainda mais o evento em 2015. O pianista, cantor e compositor Adriano Grineberg, por exemplo, é um dos maiores nomes do blues contemporâneo brasileiro. Consegue durante suas apresentações transcender o blues, reverenciando-o como uma expressão universal em uma viagem que vai além de um gênero musical, localidade ou época específica.

E estas características indicam um show sensacional na primeira noite do festival em Barreirinhas. Grineberg promete um show inspirado nas raízes africanas do blues.

– Recebi com grande alegria a confirmação do convite para participar do festival com o meu projeto “Blues for Africa”. Acho que não haveria melhor oportunidade de se fazer isso senão a de estar excursionando pelo país com um CD influenciado pelas origens africanas do blues. O Estado do Maranhão é um dos lugares onde a cultura africana mais se difundiu e se expandiu, fazendo essas expressões ganharem vida e identidade própria. O show vai celebrar um encontro das muitas expressões da cultura africana e suas extensões – comentou o músico.

E se as atrações que irão subir ao palco em Barreirinhas estão ansiosas, imagine quem vai tocar no Circuito São Luís nos dias 25 e 26 de setembro. A banda paulista Blues Beatles, por exemplo, fará seu show no Lençóis Jazz & Blues Festival no dia 25 e quer proporcionar ao público ludovicense “uma experiência única”.

– Pretendemos apresentar para o público maranhense essa nossa mistura inovadora que vem agradando tanto aos ‘beatlemaniacos’ quanto aos fãs de blues tradicional, que une as melodias vocais da maior banda de todos os tempos com a roupagem blues e solos incendiários que levam o público a uma experiência única e inesquecível – complementou.

Inspirada na Soul Music, na música brasileira e em outros gêneros da Black Music, a banda paulista Serial Funkers, destaque do SuperStar – reality show da Rede Globo – também está confirmada na sétima edição do Lençóis Jazz & Blues Festival. A banda terá o privilégio de encerrar o festival em grande estilo. E os próprios integrantes da banda garantem: um show para honrar a grandeza do festival.

– Para nós, da Serial Funkers, é uma honra poder participar do Lençóis Jazz e Blues Festival. Estamos muito felizes com esse convite. Será a primeira vez que estaremos em São Luís do Maranhão, uma cidade belíssima e de diversidade cultural imensurável. Em nossa apresentação mostraremos clássicos da música brasileira e internacional, assim como canções do nosso álbum ‘Porque Funk é coisa séria’ – explicou Regis Paulino, vocalista da banda.

O Festival em detalhes:

Quem quiser saber todos os detalhes e tudo o que rola sobre o festival pode acompanhar o evento na internet. As informações sobre o 7º Lençóis Jazz e Blues Festival estão disponíveis no www.lencoisjazzeblues.com.br. Também pode ser seguido no Twitter (@lencoisfestival), Instagram (@lencoisfestival) e curtido no Facebook (LencoisJazzBluesFestival).

Programação

PROGRAMAÇÃO DE SHOWS:

CIRCUITO BARREIRINHAS
Local: Av. Beira Rio

18/09- (SEXTA-FEIRA)

20h30 – Claudio Lima(MA)

21h30 – Adriano Grineberg (SP)

22h30 – Igor Prado & Banda (SP)

19/09- (SÁBADO)

20h30 – Alessandro Penezzi Trio (SP)

21h30 – Gabriel Grossi (RJ)

22h30 – Fernando Noronha (RS)

20/09- (DOMINGO)

20h30 – José Claudio Sax e Trio (MA)

21h30 – Ana Lonardi (participou do The Voice Brasil) (RS)

22h30 – Darrel Lavign e Edward Anderson (USA)

· Cartunista Nuna- Produção de caricaturas do público durante os shows em Barreirinhas.

CIRCUITO BARREIRINHAS:
PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS DE MÚSICA, TEATRO E CINEMA

OFICINAS DE MÚSICA EM BARREIRINHAS:

Local: Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição (Igreja Matriz).

· Dia 18 de setembro(Sexta-Feira):

10h – Oficina de Piano com Adriano Grineber
· Dia 19 de agosto (Sábado):

10h – Oficina de Gaita com Gabriel Grossi

PROGRAMAÇÃO INFANTIL E TEATRO:

Local: Coreto da Praça da Igreja da Matriz.
· 19 de Setembro (Sábado):

9h – Show de mímica e mágica com Gilson César.
· 20 de Setembro (Domingo):

16h – Teatro Infantil “A Carroça é Nossa” com o Grupo Xama.

PROGRAMAÇÃO DE CINEMA

Oficina de animação e mostra de filmes do Anim! Arte no Lençóis Jazz & Blues Festival !
Local: Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição (Igreja Matriz).
Dias 18,19, 20/09- das 16h às 19h todos os dias do Festival

Dia 18/09 – Sexta feira:
· 16h às 17h – sessão Anim!Arte: Estudantes Internacionais 1
· 17h às 18h – sessão Anim!Arte: Estudantes Internacionais 2
· 18h às 19h – sessão Anim!Arte: Estudantes Internacionais 3

Dia 19/09 – Sábado:
· 16h às 18h – oficina de animação
· 18h15 às 19h – sessão Anim!Arte : Filmes Ambientais

Dia 20/09 – Domingo:
· 16h às 18h – oficina de animação
· 18:15h as 19h – sessão Anim!Arte : Culturas do Mundo

Estão abertas até o dia 18 de setembro as inscrições para seleção de propostas artísticas para a 9ª Feira do Livro de São Luís (FeliS). Poderão participar pessoas físicas ou jurídicas, com formulário de inscrição preenchido, disponível pelo endereço www.sescma.com.br/seletivo, documentos pessoais e a proposta de serviço artístico.

As inscrições estão sendo realizadas na Galeria de Arte da Unidade Sesc Administração, localizada na Avenida Gomes de Castro, nº 132, Centro, no horário das 9h às 12h, e das 14h às 17h.

Interessados poderão participar da seleção, com propostas artísticas de espetáculos teatrais infantis, espetáculos de rua, contações de história, canto coral, intervenções artísticas, grafitagem, performances literárias e leituras dramáticas.

O resultado final do edital será divulgado até o dia 22 de setembro. Outras informações no telefone (98) 3216-3830.

A FeliS será realizada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), no período de 2 a 11 de outubro.

O Tribuna do Samba, conhecido com Tzão de Velho, realizado uma vez por mês, sempre no segundo domingo, na Madre Deus, ocore neste domingo, dia 13/9. Tribuna do Samba – “Tzão de Velho” mantem vivo o samba e a essência irreverente da Madre Deus. O projeto foi criado em maio de 2012.

O projeto acontece na Avenida Rui Barbosa e já contou com a participação de sambistas do Rio de Janeiro e São Paulo. Ponto de encontro de sambistas e amantes do samba, o “Tzão de Velho” é hoje é uma das maiores concentrações do ritmo em São Luís. Uma das características marcantes das atividades da Madre Deus, é a forma espontânea de seus eventos. No “Tzão de Velho”, as palmas vão se somando ao canto, aos instrumentos e pessoas interessadas em fortalecer e manter vivo o samba maranhense.

Com a saída de Chimbinha da Calypso, após ter separado da cantora Joelma, a banda já tem novo guitarrista.

Ian Marinho, filho do músico maranhense Nosly, estreou sábado (dia 5/9), no show realizado em Porto Grande, no Amapá. Nas imagens é possível ver que, diferente do ex-marido de Joelma, o novato não fica ao lado da cantora na frente do palco.

Novos Ares

O substituto relatou, em seu perfil no facebook, na quarta-feira (2/9) que estava deixando a banda Forró Anjo Azul para assumir novos projetos.

– Olá galera venho aqui através dessa nota dizer que a partir de hoje não faço mais parte da banda ‪#‎forroanjoazul‬, banda em que passei dois anos de muita alegria e aprendizado. Obrigado por tudo e desejo a vocês toda sorte e sucesso. Em breve novidades – disse Ian.

Ainda, seu perfil, Ian publicou imagens do show e vibrou com a entrada no grupo. “Obrigado, Senhor, por esse momento único em minha vida”, escreveu ele.

Aceitação

E parece que o rapaz está sendo bem aceito pelos integrantes. Também na sua página na rede social ele recebeu as boas vindas de Anthiny Cesar, cantor da Calypso. “Muito obrigado meu cantor bala, prazer e satisfação imensa em trabalhar com vocês”, respondeu o guitarrista.

Retorno

Segundo a assessoria da banda, Chimbinha volta a tocar com a Calypso em 15 dias, após se recuperar de uma cirurgia nos olhos. Mas ninguém sabe se isso é certo. Joelma expulsou Chimbinha da banda e o proibiu de entrar na sede dos músicos e na casa que dividia com ele em Recife. A cantora colocou um guitarrista novo no lugar do “ex” e ele já procura uma nova parceira no Pará.

Ao EXTRA, Chimbinha contou que vai aproveitar o afastamento para retomar antigos projetos que estavam na gaveta e dos quais é produtor.

– Estou retomando um projeto de DVD que está paradão e que acredito será um sucesso. Sou produtor musical e tenho diversos projetos em andamento – conta o músico, que vai fazer um DVD de Guitarrada:

– É um ritmo instrumental paraense bem assemelhado à cumbia e ao merengue, mas com jeito bem peculiar e muito forte no Norte do país -.

Eis uma ação que deveria ser prestigiada por quem dirige no Maranhão, especialmente, em São Luís. Aviolência no trânsito é uma questão nacional. Mas, como o meu Porto Seguro é São Luís fico impressionado com a falta de educação no trânsito em nossa cidade.

Motoristas e pedestres imprudentes, sem noção, enfim descopensados é o que se observa nas vias públicas da ilha. É preciso uma conscientização de ambos, pois as pessoas no trânsito esquecem que a vida fica um por triz quando a Santa Ignorância é a palavra de ordem. Mas, vamos ao que interessa:

Aproveitando que a “Semana do Trânsito” de 14 a 18 de Setembro, se aproxima, vai ocorrer o lançamento do livro “Pesquisas sobre comportamento no trânsito”, no próximo dia 21, às 19h, no Uniceuma – Campus 1 – Renascença. A informação é da doutoranda Zuleide Oliveira Feitosa, maranhense, que estuda em Brasília, no programa de Pós-graduação em Transporte da UnB.

Serviço

Dia: 21/09/15
Horário: 19h
Local: UNICEUMA – Campus I- Renascença – Salão Nobre da Biblioteca.

Gabi Buarque apresenta nesta sexta(11) e sábado (12), às 20h, no Teatro da Cidade de São Luís, o espetáculo “Gabi Canta Chico Versos Pessoa”. Os shows ocorrerão com as participações de Flávia Bittencourt, dia 11, e Cecília Leite, dia 12. Os ingressos custam R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia). A classificação é livre e a duração é de 80 minutos. Mais informações no telefone: (98) 3083-1430.

Histórico

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, a cantora, compositora e instrumentista, Gabi Buarque, se mostrou geminiana desde cedo. Herdou de sua mãe o dom de desenhar e improvisar soluções com pouco material. Ganhou aos 11 anos uma poesia de seu pai, engenheiro e professor, que lhe ensinou a batalhar pelos seus sonhos com perseverança e cautela.

A arte sempre esteve presente na sua vida. Os passeios culturais em família, teatro, dança, folclore, pintura e as férias no sítio dos avós serviriam mais tarde de inspiração para suas canções. E foi no coral do colégio que Gabi entoou suas primeiras notas, desde então a música caminha a seu lado.

Aos 17 anos Gabi Buarque começa a cantar profissionalmente, inicia a faculdade de Desenho Industrial e o Curso Técnico de Canto Popular. Não faltou muito pra que a música falasse mais alto. No entanto, concluiu ambos os cursos e desde esta época só vive de música: gravações, shows, eventos e aulas de canto.

“A minha música é um espelho do que ouço, vejo, sinto, penso e vivo.” O processo de composição surge por influência dos amigos da Escola Portátil de Música, um ambiente com profusão de encontros musicais. Ali também desenvolve seu violão e cavaquinho, além do canto de samba-choro. A escrita veio depois, através do livro “Água Viva” de Clarice Lispector que lhe apontou a poesia em prosa, o fluxo de ideias e o nome do seu primeiro cd.

Em 2011, Gabi lança o cd autoral “Deixo-me acontecer”, produzido em parceria com Mig Martins. A diversidade de ritmos O cd recebe crítica favorável do jornal O Globo e Tribuna de Minas. Os shows de lançamento contaram com as participações de Hermínio Bello de Carvalho, Marcos Sacramento, Alfredo Del Penho e Pedro Miranda.

Tour

Em turnê nacional, apresentou-se em São Paulo (SP), no Ao Vivo Music e Photozofia, Recife (PE) na Livraria Cultura – Paço Alfândega, com participação no programa Clube do Samba – TV Jornal de Recife, em Salvador (BA), Juiz de Fora (MG) nos espaços Mezcla, Social, Cultural e Bacco e em Manaus (AM) no Espaço Quintal, Programa “Meio Dia em Revista”, Amazon SAT na Rua e Portal Amazônia.

Gabi Buarque já se apresentava em musicais quando recebeu os Prêmios de Melhor Intérprete no Festival das Rádios Públicas do Brasil, em 2010 e 2011.

Além do seu trabalho autoral, a cantora também participa de projetos que integram música e poesia. Criadora do espetáculo “Gabi Buarque canta Chico, versos de Fernando Pessoa”, apresentado no SESI de Jacarepaguá, Vicente de Carvalho, Macaé, Forte de Copacabana, Livraria Arlequim, Rádio MEC e em Manaus (AM) no projeto Tacacá na Bossa.

Idealizadora e roteirista, juntamente com Carla Vergara, do projeto baseado na obra de Manoel de Barros, “Música para Manoel” – poesia, música, dança e teatro em manoelês – com apresentações no Espaço Nirvana, Clark Art Center, Livraria Arlequim e Teatro SESI – Centro.

Como integrante do grupo Mulheres de Chico, se apresentou no Viradão Carioca, Circo Voador, Teatro Rival, Bar do Tom, além de trunês pelo país: Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana (2013), Belo Horizonte (MG), Festival Café, Cachaça e Chorinho em Mendes, Festival de Verão de Paraty, SESC Niterói, Nova Friburgo e Campos, Carnaval de Cabo Frio, Festival de Artes de Itu (SP), Belém (PA) e nas Praias do Leblon e Leme (desfile de carnaval 2013 para 40 mil pessoas).

O projeto de gravação do cd Fiandeira (2014) deu-se a partir de uma campanha bem-sucedida de financiamento coletivo. Gabi Buarque lança seu mais novo trabalho autoral com arranjos e direção musical de Luis Barcelos. Participações de Jaques Morelenbaum, Marcos Sacramento e Socorro Lira.

São Luís recebe nesta quarta-feira, dia 9 de setembro, às 19h, o primeiro encontro da Caminhada Rumos, que circulará todos os estados do país para falar sobre a 17ª edição do Rumos – um dos principais programas de apoio à produção cultural brasileira –, cujas inscrições estão abertas e vão até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 6 de novembro.  Na capital maranhense, o encontro acontece na Guest House (Rua da Palma, 142), com entrada franca.

No encontro, o Itaú Cultural estará representado pela gerente do Núcleo Enciclopédia Tânia Rodrigues e pelo de Inovação Marcos Cuzziol, que falarão sobre o Rumos as inscrições. De São Luís, a caminhada segue para o Ceará e o Piauí, até completar uma visita às 27 capitais do país em cronograma em definição.

O Lençóis Jazz e Blues Festival mostra, a cada edição, que vai muito além da plataforma musical. Tem cinema, tem arte, tem movimento….e tem, também, solidariedade. No último dia 27 de agosto, para curtir o lançamento da programação oficial do festival, no Teatro Arthur Azevedo (TAA) – com shows de Jazzencontros e Dani & Débora Gurgel Quarteto -, os amantes da música trocaram seus ingressos por leite em pó. A troca virou doação – que foi entregue no último domingo (6), na sede da Associação de Moradores do bairro Jardim Tropical I, pela equipe de voluntários da Casa do Caminho, um posto de extensão do Centro Espírita Humberto de Campos e, por representantes da equipe do Lençóis Jazz e Blues Festival.

Doação – A quantidade entregue – que servirá para alimentação de mais de 200 pessoas -, caiu como uma “luva” para diversas famílias. Como foi o caso da dona de casa Deniseane Barbosa. “Um pacote de leite é caro demais. Nem todo dia tenho dinheiro para comprar. Aí eu dou café sem leite e papa de massa sem leite para os meus filhos. Esse leite doado pelo pessoal do festival já é uma ajuda importante para minha família. Eu agradeço muito quem doou”, agradeceu .

Depoimentos – A diretora do Centro Espírita Humberto de Campos, Vilanir Feques, também, ressaltou o alto valor dos produtos e a necessidade da comunidade por esses alimentos. “Essa doação de leite foi uma benção de Deus. Essas famílias normalmente não tomam leite porque é caro. Entregar esse leite para elas é maravilhoso. Chegou em boa hora”, comemorou Vilanir Feques.

“O festival, além do leite, nos deu visibilidade. Hoje não somos mais invisíveis para a sociedade. As pessoas agora sabem que a casa do Caminho existe e isso pode abrir portas para que mais projetos e pessoas nos ajudem nesse trabalho voluntário”, comentou dona Sônia Marmanillo, uma das voluntárias da Casa do Caminho.

Para a coordenadora de Comunicação do Lençóis jazz e Blues Festival, Patrícia Santiago, que participou da entrega das doações, o momento foi de muita alegria. “Foi muito emocionante ver que uma iniciativa simples como possibilitar a troca de ingressos por leite em pó ajudou de fato tantas famílias. É uma pequena ajuda, mas a nossa iniciativa pode estimular outros produtores culturais a destinarem uma parte dos ingressos ou todos os ingressos para ações sociais quando suas produções forem incentivadas ou subsidiadas”, ressaltou.

​Solidariedade – Quem quiser ajudar a Casa do Caminho, pode entrar em contato pelos telefones: 99144-5932 (falar com Rogério Coqueiro) e 98868-0432 (falar com Sônia Marmanillo).

Fonte: Assessoria de Comunicação do Lençóis Jazz & Blues Festival

São Luís festeja 403 anos nesta terça-feira, dia 8 de setembro. E quem reverencia em um bate-papo informal com o jornalista Pedro Sobrinho, essa cidade cheia de lendas, encantos e mistérios, dona de uma paisagem urbana, natural e arquitetônica de impressionar o mundo, é o artista plástico Fernando Mendonça, natural do município de Bacurituba.

Há mais de 30 anos, ele mora no Rio de Janeiro, onde tem um ateliê entre a rua do Propósito, no bairro da Saúde/Gamboa, zona portuária da Cidade Maravilhosa.

Dono de uma postura artística marcada pela mundanidade, inquietação, um discurso afiado e lúcido, Fernando tem sua trajetória de vida e artística três amores: o Rio de Janeiro, Bacurituba e São Luís.

Blog: Fale da importância do Rio de Janeiro, Bacurituba e São Luís em sua vida e como fonte de inspiração para a sua produção como artista plástico ?

Fernando Mendonça: As cidades, seus cotidianos, os acontecimentos, as transformações… Tudo isso é primordial para a arte antenada e em sincronia. Como um jornalista, um gari, um transeunte, um motorista de táxi… que sem se dar conta estão embrenhados e impregnados disso. A artista não é diferente. Pertencimento generalizado. Eu não conseguiria ser de outro jeito. Arte, arte, arte…

Blog: Você utiliza o mosaico como uma das linguagens do do seu trabalho. Essa opção tem alguma relação com a azulejaria, que desponta nas fachadas dos casarões antigos de São Luís ?

Fernando Mendonça: Tem a ver com uma multivisão tipo olho de peixe ou casa de abelha. Óbvio que essa alma decorativa e esmaltada de significados não pode ser ignorada, mesmo porque seria uma pretensão desconsiderar os domínios imensuráveis do inconsciente. Tudo é agregador e, em se tratando dos universos da arte, sou um cronista de pluri possibilidades.

Blog: Como é sua relação com São Luís ?

Fernando Mendonça: Amor. Essa ilha me arrebata. Acho que mais que a ilha, a serpente me enlaça e enfeitiça. Pretensioso às vezes, me sinto quando falo em saudades, pois que ela nunca sai de dentro de mim. Sou uma ilha dentro da ilha. Uma pintura emoldurada de serpente. Uma rede social a se balançar na sacada da alma assobradada e assombrada. Com tudo e por tudo sou amor e ilha. Sou mundo e província.

Blog: E como a cidade serve de ponto de equilíbrio e inspiração no seu trabalho ?

Fernando Mendonça: O cotidiano. As mazelas e a poesia que acontecem full time e em toda parte. O olhar afiado qual navalha. Tudo pira, tudo inspira. A cidade é uma dama afoita mas as vezes leva horas pra chegar. Fascínio e descaso. Visíveis e invisíveis: trama fascinante: visual e cega.; Violência e sinfonia. Tudo isso é uma usina de idéias que vão de um croqui até a arte final. A cidade é um caderno de desenhos em movimento.

Blog: Como é o olhar do artista plástico inquieto e mundano de Fernando Mendonça a cada retorno a Bacurituba, sua terra natal, e especialmente, a São Luís, que festeja 403 anos, nesta terça-feira, dia 8 de setembro ?

Fernando Mendonça: Estive fora de Bacurituba por três décadas. Confesso que meu retorno foi temeroso mas, ao contrário de Drummond com Itabira, eu encontrei um retrato multicolorido na parede e vontade de voltar lá mais e mais vezes. E um lugar especial e vale mais atenção.
São Luís é minha ama de leite, minha raiz aérea, o trampolim que me arremessou pro mundo. Minha ilha do amor, do meu amor. Meus amores primeiros e meu remanso. Amor seta de siga. Amor de bolso. Amor geral.

Blog: Qual um presente que você daria a São Luís pelos 403 anos ?

Fernando Mendonça: Fiz uma mostra pelos 400 anos na Galeria Hum no São Francisco onde fui doce como um bolo confeitado ou  Guaraná Jesus. Foi linda, sem .modéstia pois foi uma entrega despretensiosa. Agora três anos depois gostaria de por uma obra num espaço publico onde todos pudessem ter acesso e com total visibilidade, sonho meu. Mas, antes de mais nada, desejo que a cidade nunca perca sua vocação para a alegria. Apesar das agruras. Parabéns Ilha do Amor.

Blog: Pra fechar a entrevista, quando São Luís terá o privilégio de uma exposição de Fernando Mendonça ?

Fernando Mendonça: Pretendo comemorar meus 30 anos na praia da arte. É dispendioso, mas gostaria de brindar com a minha gente linda dessa ilha, ainda este ano.

Um momento de realização pessoal e profissional. Assim defino o convite feito pelo produtor Ricarte de Almeida Santos, idealizador do RicoChoro Com Vida, realizado mensalmente, no Barulhinho Bom, na Praia Grande, para participar da segunda edição do projeto, no último sábado (5/9).

O “RicoChoro com Vida” é uma extensão do Clube do Choro Recebe, um dos projetos musicais de vida longa existente em São Luís, entre os anos de 2007 e 2010. Ricarte retomou a ideia de divulgar o choro em espaço fechado da cidade. O RicoChoro com Vida surgiu com uma proposta mais aberta. O de não ficar só no chorinho, mas de mostrar a música como uma arte inesgotável e universal.

Além da música orgânica, concebida por um artista ou uma banda, foi aberto um espaço para o DJ, com perfil de pesquisador. Embora haja resistência de alguns puristas em achar que o DJ não seja artista, mas cada de um nós militantes que abraçamos a causa, acreditamos que temos um papel significativo em festinhas, festivais e projetos da grandeza do RicoChoro Com Vida.

Apertamos o “play” em cedejotas, pick ups, controladoras, baseados em pesquisa musical. Às vezes, elas vêm em formato original, às vezes em formato de remix. Enfim, o que gostamos e queremos é contribuir com a festa. Celebrar a vida com música.

Decisão acertada do RicoChoro com Vida, de Ricarte, como uma criatura visionária, que enxerga longe e vê a música como uma arte que agrega gerações, todos aqueles que trabalham com a beleza e os desafios que essa arte milenar proporciona.

Foi enriquecedor para mim comungar com o Trítono, a cantora Célia Maria, Alberto Trabulsi e o mineiro Paulinho Pedra Azul, festejando os 30 anos de carreira e passagem por São Luís, que aproveitou para dar uma canja, numa atmosfera “chorística” de canções dele, parceiros, tais como, Godofredo Guedes, pai de Beto Guedes, e, assim, legitimando que o Maranhão tem uma cena musical ímpar. E o “RicoChoro com Vida” faz o elo de celebração entre o artista e a platéia. E que venha a terceira e outras “zilhões” de edições…