A cantora maranhense Cecília Leite reuniu um grupo de amigos, em sua casa, para audição do seu mais novo CD, “Enquanto a Chuva Passa”, com previsão de lançamento para janeiro de 2015. As doze faixas que compõem o disco foram gravadas no estúdio Visom, em São Conrado, no Rio de Janeiro. A prensagem e distribuição, deve ser feita pala Tratore (SP), a mesma que distribuiu seu primeiro CD. A arte gráfica está sendo elaborada por Cláudio Lima (que fez também a arte do primeiro CD da cantora), com fotos de Ayrton Valle.
Do coco pernambucano aos clássicos do samba de raiz à riqueza harmônica da bossa-nova, Cecília faz um passeio pelo cancioneiro popular brasileiro, cheia de personalidade e estilo próprio na interpretação de cada canção. O CD é conceitual, subjetivo, feito com a emoção da artista, Enfim, um trabalho concebido para os ouvidos de quem se permite a fugir do óbvio oferecido no dia a dia pela “mass mídia”.
O disco traz doze canções, entre inéditas e regravações. Das inéditas a cantora destaca “Tem Dó”, de autoria de Zeca Baleiro, em parceria com Paulo Monarco. Tem também Bruno Batista, em “Maré Cheia”. Há uma homenagem ao poeta José Chagas. Ela interpreta um trecho do poema “Palavra Acesa”, de Zé Chagas, e emenda com “Traduzir-se”, do maranhense Ferreira Gullar, poema musicado por Fagner”.
No disco não faltou a sua fonte de inspiração Chico Buarque, na canção “De Todas as Maneiras” numa releitura em clima de tango. “Enquanto a Chuva Passa” tem, também, Paulinho da Viola e Pixinguinha, além de artistas da nova geração da Música Popular Brasileira, como Lula Queiroga, Marcelo Segreto, Patrícia Polayne, Paulo Monarco e Bruno Batista, parceiro com o qual está junto desde o primeiro trabalho. Cecília, ainda, vivencia a experiência de compositora com a canção que dá nome ao trabalho.
A produção musical é assinada pelo violoncelista Lui Coimbra, além de Edu Neves, Luís Felipe de Lima e Marcos Nimrichter, músicos que também tocam no disco e têm no currículo trabalhos com grandes intérpretes da MPB. Na percussão, Marcos Suzano, o que constata que Cecília está cercada de um time de músicos de primeira grandeza.
Valeu a pena o “avant-première” de um disco, que promete para 2015, pela leveza e requinte de uma artista maranhense sem fronteiras.