Morreu na manhã deste domingo (15), o escritor, cronista e jornalista Ubiratan Texieira, aos 83 anos, no Hospital Tarquínio Lopes Filho, onde lutava contra um câncer de estômago. Eis aqui a singela homenagem deste Blog a Ubiratan Texeira, com quem tive a oportunidade de trocar algumas ideias no período em que trabalhou no Jornal O Estado do Maranhão. Eu o admirava pelo jeito inquieto, autêntico e intenso de fazer arte.
O velório ocorre na Academia Maranhense de Letras. O enterro será realizado nesta segunda-feira (16), a partir das 10h, no Jardim da Paz, no Maiobão.
Perfil
Com mais de 60 anos no cenário da cultura do Estado do Maranhão, Ubiratan era membro da Academia Maranhense de Letras (AML) (ocupava a cadeira nº 36) e tem 12 livros publicados. Entre suas obras de destaque, estão “Pequeno Dicionário do Teatro”, sua primeira publicação, e a novela “Labirintos”, lançada no ano de 2009. Além destas, estão, também, as premiadas “Histórias de amar e morrer”, que levou o Prêmio Domingos Barbosa, da AML, e “A ilha”, que levou o Prêmio Graça Aranha, do XXIII Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, em 1997.
Além de escritor, Ubiratan era teatrólogo, crítico teatral, professor, fotógrafo, professor, jornalista e cronista. Atualmente, o escritor escrevia crônicas para o Jornal O Estado do Maranhão e passou por outros jornais, com o Pacotilha/Globo, Diário do Norte e o Jornal do Dia de Bolso.
Ficou conhecido, também, por peças teatrais de Ação Católica, como “O Processo de Jesus” de Diego Fabri, “A Via Sacra” de Henri Ghéon, “Os Inimigos não Mandam Flores” de Pedro Bloch, entre outros.
Ao fundar com amigos a Associação Cultural e Beneficiente do Teatro Popular do Brasil, foi criado o grupo “Ensaio Geral”, que produziu diversas peças teatrais, como: “Natal na Praça” de Henri Ghéon, em 1995; “O Mistério da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo” de Michel Ghelderode; “Lisístrata” de Aristófanes; “A Capital Federal” de Arthur Azevedo; e “Natal na Praça” Henri Ghéon, desta vez com atores da cidade de Colinas e no ano de 2003.
A sua novela “Vela ao Crucificado”, escrita no ano de 1979, foi adaptada e encenada pelo escritor e diretor de teatro Wilson Martins, pelos grupos Teatro Popular do Maranhão, em 1980 e Teatro Operário do Maranhão, em 1985. A publicação rendeu, ainda, uma adaptação cinematográfica pelo cineasta maranhense Frederico Machado, no ano de 2009.
Ele nasceu no dia 14 de outubro de 1931, e integrou importantes movimentos culturais de São Luís, como a Sociedade de Cultura Artística do Maranhão (SCAM) e o Centro Cultural Graça Aranha.