Tulipa Ruiz: “Indie Pop Nativo”

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Tulipa Ruiz tem tudo aquilo que se espera de uma grande artista. Técnica e timbre vocal consistente, postura cênica de palco envolvente e uma musicalidade modernosa e plural. Esses requisitos são notórios para quem foi ao show da última terça-feira (13/5), no Teatro Artur Azevedo, pelo projeto MPB Petrobras, produzido pela Caderno 2 Produções.

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Depois de ter passado por três capitais do Nordeste; Aracaju (SE), Maceió (AL) e Fortaleza (CE), a cantora paulistana fez o seu ‘Grand Finale’ em São Luís, e para relembrar a sua passagem por aqui há dois anos, onde fez show no mesmo teatro, em que ficou surpresa com a receptvidade do público local. Ela não tinha ideia de como a sua música era consumida na ilha. E o ‘feedback’ se consumou mais uma vez nesse outro encontro.

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Foi uma noite astral aberta pela cantora maranhense Ticiana Valente. Acompanhada do marido ao teclado, Rodrigo Valente, presenteando o público com um repertório de canções conhecidas, mas de forte influências na vida musical da artista. Ticiana passeou por Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), Gente Humilde (Chico Buarque, Garoto e Vinicius de Moraes), Proposta (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), Olha (Roberto Carlos), Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel), Brincar de viver (John Lucien e Guilherme Arantes) e Sá Marina (Tibério Gaspar e Antonio Adolfo) e o público e a anfitriã Tulipa Ruiz agradeceram a artista pela maranhense pela presença e a gentileza de ter em seu ‘set’ singelo canções antológicas da Música Popular Brasileira.

Tulipa Ruiz entra em ação se sentido em casa. Enfim, ela “chegou chegando” com um mix do repertório que a consagrou [Efêmera, álbum de estreia lançado em 2010, e do Tudo Tanto (2012)]. Abriu e fechou à noite com “É”. Durante uma hora e alguns minutos de show, Tulipa mandou ver e bem com as canções “OK”, “Quando Eu Achar”, “Pedrinho”, “Víbora”, “Megalomaníaca”, acompanhada pelos instrumentistas, Márcio Arantes (contrabaixo), Caio Lopes (bateria), Gustavo Ruiz (guitarra) e Luiz Chagas (guitarra), seu pai, ex-Isca de Polícia, imponente banda que acompanhou Itamar Assumpção, com direito ao coro da plateia nas canções de maior empatia.

Em meio a uma crise de identidade na Música Popular Brasileira, Tulipa Ruiz abre um precedente e se posiciona dentro do “mainstream” passeando por universo “Indie Pop Nativo”.

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Literatura de luto: morre José Chagas

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A Literatura brasileira e maranhense está de luto com a morte de José Chagas, na tarde dessa terça-feira (13/5), em São Luís. O poeta e escritor paraibano viveu intensamente em São Luís como fonte inspiradora para sua obra.

Entre inúmeras poesias e crônicas, não poderia deixar passar batido o CD “A Palavra Acesa de José Chagas. A descoberta foi feita pelo cantor e compositor Zeca Baleiro e pelo poeta Celso Borges. A dupla transformou em música poemas de José Chagas. E cada música foi entregue para um compositor convidado.

Participam do disco nomes como Fagner, Chico César, Ednardo, além dos maranhenses Beto Ehongue, Alê Muniz, Zeca Baleiro e Nosly. Segundo as palavras de Baleiro, “a poesia de Chagas tem ritmo e é musical”. Enfim,  está, também, perpetuada em música.

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Bandas lançam CDs nesta sexta-feira

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As bandas Soulvenir e Boys Bad News lançam seus álbuns de estreia, ‘Galaxy Species’ e ‘Take One’, respectivamente, no Mandamentos Hall Lagoa da Jansen, nesta sexta-feira, dia 16/5. Além da apresentação das duas bandas, a festa conta com a discotecagem dos djs da Hajalexotan, Carol Viera e Rivs.

 

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Sons de mistura étnica e nomadismo do Mawaca

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Danças e ritmos vibrantes, que misturam histórias de povos nômades, recuperam a memória musical do leste europeu através das seis vozes femininas e dos sete instrumentistas do grupo brasileiro Mawaca.

O grupo não se classifica como uma formação musical comum e utiliza isso para acompanhar as diferentes vozes femininas com instrumentos acústicos, como o acordeão, o violoncelo, a flauta, o saxofone e o contrabaixo, além da percussão, com tábuas indianas, peças árabes e pandeiros.

“O Mawaca começou com o gosto de pesquisar músicas cantadas pelo mundo, principalmente, de grupos femininos. Assim, eu fui selecionando e formando o repertório com alguns cantores e depois entraram os instrumentistas para formar uma mini-orquestra”, contou à Agência Efe Magda Pucci, cantora e diretora do grupo, que nesta semana participou do Festival de Música e Dança dos Bálcãs, em São Paulo.

As origens e a própria formação musical das cantoras e instrumentistas conseguem a fusão de ritmos e culturas, explicou ela. O repertório de misturas étnicas é formado por canções de diversos povos, que, além dos ritmos búlgaros e outros do sudeste europeu, contam com música dos judeus sefarditas, haitianos, mexicanos, indianos e turcos.

“A música cigana, principalmente, tem muito desta perspectiva popular. São músicas dançantes e, por isso, é apropriada para festivais, por exemplo, porque as pessoas dançam nas ruas com a percussão como elemento muito importante”, salientou Magda.

O grupo existe desde 1995 e já participou de grandes festivais de música, entre eles o Rock in Rio.

O mais recente trabalho dos músicos é “Inquilinos do Mundo”, que foi apresentado durante o festival no SESC Pompeia na capital paulista. O CD traz canções e melodias provenientes de povos do Ocidente e do Oriente, enfatizando a fusão com ritmos parecidos aos brasileiros.

“A ideia é de um projeto que retrate o nomadismo, reúna canções de pessoas que migram de um lado para outro por catástrofes ou outras situações. Temos o caso dos haitianos e pessoas que têm que atravessar várias fronteiras, muito associadas aos ciganos e vários grupos nos Bálcãs que vivem em constante mutação”, ressaltou a cantora.

O nome do grupo também tem um significado étnico especial. Em língua hausa, praticada no norte da Nigéria, Mawaka, com “k”, significa “cantores”. Elas decidiram adotá-lo com “c” para refletir a mistura com outras culturas.

O diferencial do grupo é que ele não se aproxima de qualquer outra formação musical e fortalece seu trabalho com pesquisa.

“A música tem um trabalho de pesquisa muito forte, além do trabalho de regras e performance, o que permitiu ao grupo se manter unido por 17 anos, em processo permanente de elaboração e sofisticação, independente de ser uma expressão popular”, sintetizou a diretora do Mawaka.

Deu no UOL

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Paulinho da Viola faz show em São Luís

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Os 50 anos de Paulinho da Viola serão celebrados em show em São Luís, no dia 22 de maio (quinta-feira), a partir das 21h, no Patrimônio Show, na Praia Grande, Centro Histórico da Capital. O sambista será acompanhado por Cristóvão Bastos (piano), Mário Sève (sopros), Dininho Silva (baixo elétrico), Celsinho Silva e Marcos Esguleba (percussão), Hércules Nunes (bateria), além dos filhos João Rabello (violão) e Beatriz Faria (vocal). Tem, ainda, a discotecagem do DJ Franklin para animar a noite.

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No show, ele faz um mapeamento de sambas clássicos, “Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida”, “Argumento”, “Timoneiro” (parceria dele com Hermínio Bello de Carvalho), “Miudinho”, “Eu Canto Samba”, entre outras. Leia o Blogde Pedro Sobrinho.

A última vez que Paulinho da Viola esteve em São Luís foi no ano de 2002.

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Tulipa Ruiz no MPB Petrobras

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A cantora Tulipa Ruiz chega a São Luís onde se apresenta na programação do projeto MPB Petrobras. O show será nesta terça-feira (13/5), às 20h, no Teatro Arthur Azevedo, com ingressos a preços populares: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). No show de abertura o público confere o trabalho da artista Ticiana Valente. O MPB Petrobras está há 17 anos em cartaz e mantém a proposta de promover a música popular brasileira nacional e local, além de democratizar o acesso a espetáculos de qualidade. Com o patrocínio exclusivo da Petrobras, o projeto é uma realização da Caderno 2 Produções Artísticas, com produção local de Simão Caminha.

Tulipa Ruiz leva para o palco do MPB Petrobras as canções do seu segundo álbum “Tudo Tanto”, lançado em 2012. Neste disco, a artista reeditou a parceria com o irmão e guitarrista Gustavo Ruiz, responsável pela produção do álbum, e contou com participações especiais de Criolo, Kassin, Lulu Santos e Daniel Ganjaman, dentre outros nomes de destaque da música nacional. Depois de “Efêmera”, CD que a lançou para todo o país, “Tudo Tanto” veio para consolidar o trabalho da cantora e compositora, dona de personalidade autoral e forte presença de palco. Com a carreira em ascensão, Tulipa já dividiu o palco com nomes como Milton Nascimento, Zélia Duncan, Arnaldo Antunes e Lenine, dentre outros.

Nascida em Santos, mas criada em terras mineiras, Tulipa Ruiz cresceu em uma família de músicos. Filha de Luiz Chagas, guitarrista da banda Isca de Polícia de Itamar Assumpção, e irmã de Gustavo Ruiz, violonista, guitarrista e compositor, a artista se assumiu cantora um ano antes de lançar o seu primeiro disco (Efêmera) e estreou com voz própria e repertório de personalidade. Considerado o melhor álbum de 2010 pela Revista Rolling Stone e um dos melhores da década pela Folha de São Paulo, o disco traz composições autorais e parcerias familiares, com destaque para “Do Amor”, com o irmão, e “Sushi”, com o pai. O segundo álbum (Tudo Tanto) levou a estatueta de Melhor Disco pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), Prêmio Multishow e Prêmio Contigo! MPB FM, além da indicação ao Prêmio da Música Brasileira. Com o novo show, percorreu cidades do Brasil e do exterior, com apresentações na Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Japão, Portugal, Suíça, Turquia e Estados Unidos. Nesta apresentação, Tulipa estará acompanhada da sua banda que conta com o auxílio luxuoso do pai e do irmão além dos músicos Caio Lopes, na bateria, e Marcio Arantes, no baixo.

Atração Local – Ticiana Valente

A cantora Ticiana Valente abre o show do MPB Petrobras. Com várias participações especiais em shows, eventos, concertos e musicais, Ticiana fez seu primeiro grande show em 2009, apresentando clássicos da música popular brasileira. Em 2010 levou para os palcos uma homenagem a Roberto Carlos com o show “Como é grande o meu amor por você”. Atualmente, a artista está em fase de produção do seu primeiro CD “Valente”, com lançamento previsto para o final do ano de 2014.

Os ingressos para o show de Tulipa Ruiz, com show de abertura de Ticiana Valente, dentro da programação do MPB Petrobras podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro por R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). A Caderno 2 Produções continua com a campanha NÃO COMPRE INGRESSOS DE CAMBISTAS.

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Meu Divino Espírito Santo

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O Projeto Divino Maranhão, além de apoiar os festejos do Divino Espírito Santo no estado, promove outras atividades culturais e de incentivo abordando o tema da festa. As atividades do ano de 2014 do projeto Divino Maranhão são realizadas por meio da Associação Cultural Beneficente Brilho da Juventude com incentivo da Secretaria de Estado de Cultura (Secma) e da Cemar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

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O Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho (CCPDVF), abre as comemorações da Festa do Divino Espírito Santo no Maranhão, com a realização de uma oficina de lembranças do Divino, em parceria com o Museu Histórico e Artístico (MHAM), na terça (13) e quarta-feira (14) e na sexta-feira (16) uma exposição do Divino.

A programação que já faz parte do calendário de comemorações referentes à Festa do Divino realizada em 32 municípios maranhenses terá ainda, nos próximos dias, apresentação de grupos populares e artistas, mostrando a diversidade e devoção ao Santo.
Vinte crianças do Centro Histórico de São Luís participarão da oficina de lembranças do Divino que acontecerá das 9h às 12h, no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho (Rua do Giz, 221 – Praia Grande).

Na sexta-feira (16), às 18h, será aberta a Exposição Divino Maranhão, na Galeria Zelinda Lima, na Casa da Festa, (Rua do Giz, 205, Praia Grande). A Exposição composta de indumentárias, lembranças, artesanatos, Santas Croas, Pombas do Divino, bandeiras, altares, mastros e tronos. A abertura com entrada franca, contará ainda com apresentação de toques de caixas, de caixeiras do Divino e Mesa de Doces.

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Anna Torres lança clipe com participação de Rai

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Depois de Grudou, Anna Torres, artista maranhense, radicada na França, lança o clipe da música GOL, com a participação do jogador Rai e do rapper 17 Absolut, feito para Copa do Mundo no Brasil.  A artista informou que esse clipe foi gravado na França e, que desembarca nesta semana, no Brasil para divulgar os novos CD´s autoral TERRA e LOUNGE BRASIL, interpretando grandes clássicos da Música Brasileira.

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“Sétimo no gosto do brasileiro, mas continua soberano”

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O Prêmio da Música Brasileira festeja 25 anos, como um dos mais conceituados eventos musicais do país, e terá o samba como o grande homenageado na versão de 2014, em cerimônia a ser realizada no dia 14 de maio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O mesmo evento traz o sambista Wilson das Neves como o artista com mais chances de ser premiado, totalizando seis indicações, Gilberto Gil também reverencia o gênero, juntamente com a bossa nova, em seu mais recente álbum, “Gilbertos Samba”.

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Pesquisa

Uma primeira análise levará o leitor à conclusão de que o mais genuínamente brasileiro dos ritmos tem desfrutado de prestígio e popularidade país afora. Mas, um estudo do Sesc (Serviço Social do Comércio) aponta que o samba é apenas o sétimo colocado no ranking de gosto musical do brasileiro – o sertanejo, a MPB e o pagode aparecem nas três primeiras colocações, respectivamente, numa constatação de que “há por aí muito mais gente ruim da cabeça ou doente do pé” do que se pode imaginar.

Sambistas do peso de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Sombrinha, Moacyr Luz e Dona Ivone Lara rebatem a pesquisa brincando com a expressão “Me Engana Que Eu Gosto”. Por outro lado, os sambistas maranhenses Victor Hugo, do grupo Argumento, Neto Peperi, do Espinha de Bacalhau, e Boscotô, da Máquina de Descascar Alho, vão na contramão do pensamento dessa rapaziada e concordam com a pesquisa, denonimada de Públicos de Cultura, do Sesc, feita entre os dias 31 de agosto e 8 de setembro de 2013, por meio de 2,4 mil entrevistas realizadas em 139 municípios de 25 estados brasileiros.

Para Victor Hugo, a pesquisa tem fundamento em razão da ascensão de estilos como sertanejo e o funk no país. E se ela é rejeitada pelos sambistas de renome do Rio de Janeiro, é porque, segundo ele, os mesmos têm um “marketing” e uma história musical a favor deles. Victor complementa dizendo que esse privilégio não acontece com alguns dos novos sambistas do eixo Rio-São Paulo, e tampouco com quem faz samba em São Luís, do Maranhão. Victor disse que tocar na cidade tem que sobreviver ao mercado e, isso, só acontece quando o músico prioriza a unanimidade.

– A pesquisa é rebatida por alguns sambistas de nomes porque eles conseguiram se legitimar pelo profissionalismo, a história com o samba e, por isso, foram absorvidos pelo mercado. Por onde passam tem público, independente do samba está ou não em sétimo lugar no gosto musical do brasileiro. Mas, ainda, tem sambistas no Brasil que se ressentem dessa falta de espaço. E o exemplo somos nós que fazemos samba em São Luís. Portanto, a pesquisa tem fundamento haja vista o sertanejo e o funk serem os estilos musicais em evidência no Brasil, na atual conjuntura musical, especificamente no Maranhão, e em São Luís. Tudo aqui virou um grande sertão. A MPB de barzinho não vinga mais. Enfim, uma coisa é a música e a outra é o mercado musical. E no que diz respeito a São Luís assumir uma identidade musical é difícil tendo em vista o mercado escasso, principalmente, para quem vive da noite. Nós temos dois CDs gravados de samba. Mas, na noite abrimos o leque musical para sobreviver ao mercado e atender o que a “massa” está pedindo. Fazemos isso, mas acreditamos no samba de raiz, na força e história que ele tem junto às matrizes africanas existentes em São Luís e outras capitais brasileiras e da penetração que o gênero ainda tem a diversos segmentos da sociedade – argumenta.

Imponente

Embora defina como soberano e o gênero mais “brasileiro dos brasileiros”, Neto Peperi diz que o samba sofre de preconceito, principalmente, o definido como de raiz, e atribui uma“mea culpa” a mídia e os críticos especializados de plantão.

– Ainda existe um preconceito muito grande o samba, principalmente o tratamento que recebe da mídia e dos formadores de opinião. O samba identifica o brasileiro em qualquer lugar do mundo. Mas, é lamentável que o estereótipo criado em cima do gênero, onde como se o samba não fosse música brasileira, a tal da MPB – justifica.

Boscotô concorda com a pesquisa, mas acredita na força do samba, destacando a produção do samba local e o público cativo e consumidor do gênero na ilha.

– Embora a pesquisa aponte o samba como o sétimo no gosto do brasileiro, não podemos esquecer que o samba está em todos os quintais desse país. É difícil um fim de semana, uma festa de aniversário, ou o domingo de uma partida de futebol, em que o samba não está presente como fonte de diversão e uma paixão nacional. A força, a magia e a essência do samba nenhum ritmo consegue tirar. E São Luís tem um público representativo e consumidor de samba, esteja ele nas classes A, B, C, D ou E – defende.

Reinvenção

Diz a pesquisa que as várias vertentes do samba e suas diferentes ramificações seriam as responsáveis pela pulverização da opinião do público, em se tratando de preferência musical. Relativizando entre a tradição e a contemporaneidade do samba, surge o pagode romântico, talvez, por isso, o samba tenha ficado um pouco nessa penumbra. Perdeu-se um pouco aquela referência do samba nos moldes tradicionais da escola de Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Noel Rosa.

O samba com essas características pode ter dado lugar ao pagode, gênero de vendagem muito alta, num tempo em que isso não existe mais. Além disso, parte dos compositores migrou ou foi atraído por ele. Digamos assim, será que o pagode pode ser chamado a decupação do samba, ou se é primeiro, segundo, terceiro ou o sétimo da lista, o gênero está acima de todas essas discussões ?

Para Victor Hugo, que faz esse link entre o samba e o pagode quando está no palco, o mais importante é enxergar o gênero como imponente e que “nunca vai morrer”.

– Pode haver dez músicas de Luan Santana e uma de Zeca Pagodinho, com certeza vai prevalecer a essência musical de quem faz a obra com consistência e para resistir ao tempo. Isso o samba consegue devido a sua história no contexto cultural brasileiro, pelo batuque, a negritude e a sua poesia do cotidiano e de cunho social. Ele é soberano e nunca vai morrer – elogia.

Apelo

O samba é a grande música do Brasil. A sensação que se tem é que em algum momento, algúem vai tocar um samba, nem que seja no Carnaval ou fora do Brasil, como o representante máximo da Música Popular Brasileira. Na opinião de Boscotô, embora esteja cada vez mais popular em São Luís, o gênero, principalmente, da maneira como foi concebido e do seu jeito de ser, precisa ser refletido e executado com mais frequência no rádio local. E o apelo feito pelo músico passa pela valorização do samba produzido no Maranhão.

– Temos várias programas locais de samba, mas pouco exploram o samba de raiz. Contem a história do samba produzido no Maranhão. Que as pessoas tenham conhecimento de nomes como o Zé Pivó, Neto Peperi, César Teixeira, Cristóvão Alô Brasil, Chico da Ladeira, Patativa, Fuzileiros da Fuzarca, Turma do Quinto, Turma de Mangueira, Favela do Samba, Flor do Samba, enfim de muitos outros bambas que construíram a história musical desse Estado e que as pessoas precisam tomar conhecimento – sugere.

Celebração

No próximo dia 20, São Luís vai receber o Prêmio da Música Brasileira e a celebração em homenagem ao samba. O show ocorrerá no Teatro Artur Azevedo. O trio de sambistas locais foram unânimes em dizer que a festa em São Luís é viável, mas também exigem que seja um momento de reflexão de um gênero, que embora apareça como ‘o sétimo da lista’, em pesquisa, “o samba sabe o que tem de ser dito e o que tem de ser feito. Ele conhece a própria batucada. Está tudo certo”. Ele é o cara !”

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Novo Single do Coldplay

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Coldplay liberou a versão estúdio de “A Sky Full Of Stars”. A faixa conta com a colaboração do DJ sueco AVICI, que se considera um grande fã da banda inglesa. e disse estar muito feliz ter tido a oportunidade de fazer parte do álbum deles

O novo single sucede a canção “Magic” e integrará o sexto álbum de estúdio da banda, “Ghost Stories”, que chega ao mercado em 19 de maio.

Confira a seguir “A Sky Full Of Stars”

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