Sai mexido do esptetáculo com o ator Eriberto Leão, interpretando João Mota, fã brasileiro de James Douglas Morrison, “Jim Morrison” (1943-1971), líder da banda The Doors, que acha que é a reencarnação do artista norte-americano, na noite deste domingo (6/4), no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes (RJ). Além do perfeccionismo ao interpretar milimetricamente Morrisson, Eriberto constroi um espetaculo em que o vocalista e líder do The Doors é puxado para o lado da literatura, filosofia e não apenas mostrar o Jim tido como louco.
Nota míma para o’power’ trio, que acompanha Eriberto, formado por: Cecelo Frony, Augusto Mattoso e Marcelinho Da Costa, além da a atriz Renata Guida, que é, ao mesmo tempo, a Pâmela Courson, a namorada de Jim. O artista também faz uma crítica ao rock atual, especialmente no Brasil, ao citar que o rock nacional produzido atualmente não tem atitude, não é inquieto, pois não se posicionar politicamente. Embora o gigante pareça não acordar mais, o gratificante é saber que Jim Morrison, que viveu dez anos a mil, é revelado por Eriberto Leão sob outra perspectiva. Para ele, o Jim não queria se matar. A saída do The Doors e a ida a Paris foram tentativas de renascer, de se reinventar.
O corpo de Jim Morrison foi encontrado na banheira de um apartamento em Paris, em 3 de julho de 1971, pelo bombeiro francês Alain Raisson, que foi chamado pela mulher de Jim, Pâmela. Os fãs questionaram as causas dessa morte. O laudo médico afirma morte natural por parada cardíaca. Biógrafos começaram a levantar suspeitas de overdose e até de assassinato planejado pelo governo americano. Morrison era ícone da contracultura americana, poeta trágico do rock, símbolo sexual. Anjo caído da música que, ao lado de Jimi Hendrix, Joplin, Brian Jones e Kurt Cobain, do Nirvana, forma o triste quinteto de astros mortos, na chamada maldição dos 27 anos.