Música popular é produto social. Nasce pelo compositor, ganha a voz dele ou de intérpretes, chegando aos ouvidos de quem a acolhe com prazer, curiosidade ou estranhamento. Ser ouvinte não é simples. Da mesma maneira como podemos reproduzir discursos e ideias, podemos reproduzir modos de ouvir enquadrados em gostos e critérios sociais. “É mais fácil mimeografar o passado que imprimir o futuro”, cantou Zeca Baleiro. Deslocar os ouvidos para novas possibilidades e canções, ainda que em processo, é o que considero a livre potência da expressão artística. Leia o artigo de Alberto Júnior…