Tibanaré em oficina e teatro de rua em São Luís

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O Grupo Tibanaré, em parceria com o Sesc MA e Grupo Gamar, realiza nesta quinta, dia 31, uma oficina de teatro de rua para compartilhar suas técnicas teatrais. Na sexta, dia 1º de novembro, fará uma apresentação da intervenção “Andarilhos das Estrelas” na Praça Nauro Machado às 18h.

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Os participantes da oficina vão poder experimentar um pouco das técnicas do grupo. A atividade será realizada na sede do Grupo Gamar, que fica na Cidade Operária. A proposta é criar um ambiente de experimentação e exercícios cênicos, cujo foco é a presença do ator na rua através de treinamentos físicos e vocais, por meio de jogos cênicos, onde canto, dança e ação poética serão elementos utilizados pelos integrantes do Grupo Tibanaré, sob a coordenação de Jefferson Jarcem.

– É uma oficina aberta. Não temos um perfil definido para a inscrição. Nem precisa ter experiência com teatro. O importante é vir com vontade de experimentar uma ação poética no meio da rua”, explica Jarcem.

A inscrição para a oficina é gratuita e o interessado deve ligar no (98) 8885-0636. A duração da atividade é de seis horas, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Recomenda-se usar roupas confortáveis e levar uma garrafinha de água.

Apresentação

A Praça Nauro Machado vira palco para trupe na sexta-feira. No começo da noite, às 18h, o cortejo dos “Andarilhos das Estrelas” promete quebrar a rotina de quem passa por lá com muita música e poesia de poetas do Mato Grosso. São cinco atores em cena: Jefferson Jarcem, Valter Lara, Viviane Dourado, Vini Hoffmann e André Elias. Eles envolvem o público com os contos e canções e convidam para entrar debaixo do “guarda-estrelas”, de onde se pode ouvir, de maneira exclusiva, uma profusão de sons e estimular a reflexão poética.

Contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012, os artistas que vivem em Cuiabá, iniciaram turnê pelas regiões Centro-Oeste e Norte. Já passaram por Porto Velho, Cuiabá, Brasília, Goiânia, Palmas, Campo Grande e Manaus. Na capital do Amazonas, o sucesso foi tão grande que a trupe teve que realizar sessão extra da intervenção teatral. Depois de São Luís, se apresentam em Rio Branco e Belém. A circulação nas cidades da Região Norte conta com patrocínio do Banco da Amazônia.

A produção de “Andarilhos das Estrelas” teve seu processo de montagem premiado pela Funarte em 2008, com a realização de 30 apresentações no ano de 2009 em Cuiabá (MT). Logo em seguida, teve financiamento da Prefeitura de Cuiabá, pela Lei de Incentivo Municipal de Cultura, com patrocínio do Pantanal Shopping e Indaia Plaza Hotel. Em 2012, contemplados pelo edital de patrocínio direto do Banco da Amazônia, “Andarilhos das Estrelas” realizou uma mini-circulação em municípios das zonas urbanas e rurais próximos à capital, atingindo mais de 10.000 pessoas desde sua 1ª temporada. Em 2012 também compôs a programação da 7ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas, que ocorreu em São Paulo-SP e em 2013 participou das Mostras Sesc Ispia na Rua em Cuiabá e a Mostra Amazônia em cena na Rua, em Porto Velho-RO.

Sinopse

O Grupo Tibanaré apresenta a intervenção teatral urbana estruturada em forma de cortejo cênico musical, “Andarilhos das Estrelas”. Nela, o grupo de atores e platéia entrelaça uma relaçãobrincante, para juntos desarmar a urbanidade com poesia, representação de danças típicas de Mato Grosso, contações de histórias e cantigas e cantos de roda. A ação cênica móvel proposta é voltada especialmente para espaços não convencionais, de modo que possa surpreender o público em qualquerhora e qualquer lugar.

Histórico

O Grupo Tibanaré foi criado no ano de 2006, idealizado por Jefferson Jarcem, que buscava a formação de um coletivo teatral, cujo elemento principal, é o trabalho do ator. Desde o início, a determinação em fazer do teatro um instrumento de estudo, pesquisa, investigação e animação de espírito criativo do homem contemporâneo, moveu os interesses do grupo que se aprofunda nos estudos das sensações, atingindo assim, as mais variadas realidades com suas produções.

O ânimo em dividir tarefas, a cumplicidade e a confiança, num grupo com artistas com aptidões das mais variadas – os seis são atores, diretores, autores, produtores, iluminadores e cenógrafos – foram fundamentos para o nascimento e posterior desenvolvimento da trupe.

Com treinamentos diários, fortalecendo o estudo pessoal do ator, o grupo está focado na investigação cênica de produções para espaços não convencionais e espaços alternativos, como ruas, praças, presídios, zonas rurais/ribeirinhos, feiras livres, ônibus coletivo, etc.

Em 2007, iniciamos a pesquisa na linguagem do palhaço, com o espetáculo “Palhaçando…”. Em 2008, iniciou a pesquisa e experimentação da intervenção “Andarilhos das Estrelas”, que teve sua estreia em 2010, com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz de Montagem, lançando voos por zonas rurais ribeirinhos, pantaneiros e espaços urbanos de Cuiabá, dialogando diretamente com diversas plateias a partir da intervenção e intercâmbio com grupos de atores ou brincantes e espectadores locais.

A produção mais recente veio após vivência com Odin Teatret ao lado do mestre Eugênio Barba e Julia Varley, o espetáculo Fiu Fiu! (2013), criado numa fonte concreta de pesquisas físicas e vocais do ator, partindo das suas experiências do palhaço e da dança, traça um batimento diferente na arte Tibanaré, mas que se identifica com outros repertórios nos rompimentos estéticos e representativos.

Ficha Técnica

Texto: Poetas de Mato Grosso e Grupo Tibanaré

Concepção: Fernanda Gandes e Jefferson Jarcem

Pesquisa e adaptação: Jefferson Jarcem

Composição melódica e execução musical: André Elias

Assessoria cênica: Ricardo Puccetti

Concepção de figurinos e maquiagem: Fernanda Gandes

Adereços cênicos: Grupo Tibanaré

Elenco: Jefferson Jarcem, Valter Lara, Viniane Dourado, Vini Hoffmann e André Elias

Assistente de Produção: Cacau Borges e Vini Hoffmann

Oficineiro: Jefferson Jarcem

Parcerias locais: Sesc/MA e Grupo Gamar

Assessoria de Imprensa: Ventuna Assessoria

Assim é o Grupo Tibanaré: uma trupe multifacetada e multidisciplinar, como bem cabe no mundo pós-moderno, e com uma vontade obstinada de fazer teatro sob o sol do cerrado brasileiro.

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