Samba “School” e as “Ladies” do Samba

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Cinema e pipoca antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor. Aproveitei a manhã do sábado nublado, com 23 graus de temperatura, para optar pela sétima arte, curtindo o Festival do Rio 2013.

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O documentário “A Dama do Samba” foi exibido no Première Brasil, no Armazém Utopia, no Cais do Porto (RJ), dentro do CineEncontro, criado como espaço ímpar do Festival. O legal é que, além de assistir gratuitamente às obras de ficção e aos documentários que concorrem ao Troféu Redentor, os espectadores participaram de debates após as sessões.

Pois bem, quanto a “Dama do Samba”, filme de Susanna Lira com Vilma Nascimento, Lucinha Nobre, reflete como a presença da mulher foi fundamental para a criação, manutenção e perpetuação dessa vertente musical, original dos morros cariocas, até os dias de hoje. Musas, pastoras, tias, compositoras, passistas, madrinhas, carnavalescas, mulatas, intérpretes, enfim, operárias e arquitetas do samba, contam a história do gênero, cujo o trabalho pioneiro de Tia Ciata, na segunda metade do século XIX, avança o tempo num recorte histórico e cultural, em formato de um painel de cores, sentimentos e sons.

Na tela figuras como Tia Surica, Tia Suluca, Àurea Maria, Dona Zica, Dona Neuma, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, tantas outras divas, reverenciadas por sambistas como Alcione, Beth Carvalho, Leci Brandão, Mariene de Castro, que também fazem parte da construção dessa identidade nacional mestiça, responsável na concepção desse enredo de 75 minutos.

Além de provocar uma reflexão sobre o papel da mulher no samba, o filme conta a história de um gênero resistente e exuberante que socializa, gera emprego e diverte. Mas não devemos esquecer que o samba pode ser triste e sabe denunciar.

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