Samba, Choro & Musica Erudita no aniversário de SLZ
Duas atrações diferentes com um grande estilo em comum, a música instrumental, são a grande pedida para este sábado (7), feriado da Pátria. A primeira propõe um grande baile ao ar livre com a Feira de Samba & Chorinho, que vai por todo mundo para dançar a partir das 18h, na Praça dos Catraieiros (em frente à Casa do Maranhão), com shows da dupla Zé da Velha e Silvério Pontes – grandes expoentes do chorinho no Brasil – e da maranhense Flávia Bittencourt, acompanhada da banda Baré de Casco.
A segunda, que vai abrilhantar a Praça Maria Aragão a partir das 19h, é o recital da pianista paulista Eudóxia de Barros, que estará acompanhada de Turíbio Santos, João Pedro Borges e de Sinhôzinho (violão). As atrações incrementam a grade de programação pelo aniversário de 401 anos de São Luís, promovida pela Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func).
RECITAL DE PIANO E VIOLÃO
Eudóxia de Barros possui um vasto repertório nacional e internacional. Trata-se de um dos maiores nomes da música erudita da atualidade, com participação em grandes eventos musicais, como a 1ª audição no Brasil, o “concerto nº1 de Villa Lobos”, quando foi convidada a ser solista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Ela é vencedora do Prêmio Nacional da Música, outorgado pela Fundação Nacional das Artes (Funarte). Aperfeiçoou-se na França, Estados Unidos e Alemanha. A pianista se apresentou nas principais capitais do mundo e em inúmeras cidades de todo o Brasil. Ocupa a cadeira de número 14, da Academia Brasileira de Música e já gravou 31 CD’s.
Mesmo com o repertório tradicional de música erudita nacional e internacional (Chiquinha Gonzaga, Villa Lobos, Osvaldo Lacerda, Bach, Bethoven, Chopin, dentre outros), Eudóxia de Barros inova em sua apresentação proporcionando ao público uma variedade de composições brasileiras de todas as épocas e estilos que a pianista domina. O recital contará ainda com a luxuosa participação de artistas renomados como Turíbio Santos e João Pedro Borges.
FEIRA DE SAMBA & CHORINHO
Outra grande pedida é a Feira de Samba & Chorinho, na Praça dos Catraieiros, em frente à Casa do Maranhão na Praia Grande. Em formato de um grande baile de rua, a ideia é fazer com que o público presente ao evento possa participar ativamente revivendo, dançando e cantando. Zé da Velha e Silvério Pontes são nomes reconhecidos nacional e internacionalmente no estilo Chorinho e vão apresentar um show com muito swing repleto de choro, samba e samba de gafieira. A dupla, acompanhada de músicos maranhenses, vai abrir a programação a partir das 18h. Em seguida, entra Flávia Bittencourt, acompanhada da banda Baré de Casco, e no repertório, além de samba e chorinho, muito forró em homenagem a Dominguinhos e Luiz Gonzaga.
De acordo com o produtor cultural Mário Moraes, a ideia do baile de rua é resgatar a aura dos antigos bailes de rua, quando a população se reunia nos coretos para cantar e dançar. Algo muito condizente com o aniversário de uma cidade que tem um belíssimo conjunto arquitetônico e uma grande história. “Queremos fazer com que o povo participe da festa! Que venha para a praça, que dance muito e festeje os 401 anos da nossa bela São Luís”, concluiu.
A “MENOR BIG BAND” DO MUNDO
Zé da Velha, o mais conceituado trombonista de choro em atividade, ganhou o apelido dos seus mestres Pixinguinha, Donga e João da Bahiana. Tocou com Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo, Copinha, Abel Ferreira e Joel do Nascimento e junto com Paulo Moura animou muitos bailes de gafieira, levando nossa música a vários países. Fez base dos discos de Beth Carvalho, Martinho da Vila e muitos outros.
Silvério Pontes é filho de trompetista, nasceu apaixonado pelo instrumento tendo iniciado a carreira aos oito anos de idade. Teve sua formação em banda de música no interior do Estado do Rio de Janeiro, sendo o único trompetista brasileiro da atualidade que se dedica ao Choro, gênero com uma linguagem brasileiríssima, tendo participado com vários artistas importantes da Música Brasileira como Tim Maia, Luís Melodia e outros tantos. A dupla é considerada pela mídia como a “Menor Big Band do Mundo” pela sonoridade reproduzida pelos seus respectivos instrumentos.
