Em 2013, a eletrônica verde-amarela está mais plugada do que nunca e experimentando até a última ponta. Acaba de sair “Hy Brazil Volume 1”, com 14 faixas, compilada por Chico Dub, curador de festival Novas Frequencias, e elogiada pela revista americana “Spin”. Músicos, produtores e ‘deejays’, como, o paraense Jaloo, o brasiliense Pazes, o ‘papa-goiaba’ ou carioca, de Petrópolis (RJ), Omulu, e outro carioca, o Leo Justi, vieram refrescar um cenário sufocado por tentações comerciais com ousadas misturas de tecnobrega, dubstep, baile funk com guitarras e kuduro com trilha de vídeos games.
Só para que você tenha uma ideia do sucesso de três de alguns dos nomes citados no texto, o “Pazes”, batizado de Lucas Febraro, criou um som atmosférico, que já rendeu dois EPs virtuais e um novo, que ele vai lançar em maio Influenciado por “Flying Lotus” e Radiohead, Pazes foi o único brasileiro na Red Bull Music Academy de 2011, realizada em Madri, na Espanha.
Já Omulu é apaixonado pelos “ritmos da periferia”. Pela internet, se ligou nos sons vindos de Belém (PA) e começou a criar faixas como “Tremetreme” e “Fire Eagle“, escolhida pela Puma para ser usada em seus comerciais da Copa do Mundo de 2014.
Um dos destaques da mixtape “Hy Brazil Vol 1” com a música “O Invasor (Baile Metal)”, o produtor carioca de 25 anos, Leo Justi conquistou M.I.A., para quem fez um remix oficial de “Bad Girls”. Seu som, híbrido, traz elementos de funk, rock, reggae, blues, dubstep, kuduro e ritmos indianos.
Afinal, essa é uma nova geração que está conseguindo aproveitar ao máximo a chamada revolução digital a serviço da música.
Fonte: Transcrito do Jornal O Globo – Carlos Albuquerque