A morte do vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, nessa quarta-feira (6), aos 42 anos, deixou incerto o futuro da banda paulista.
O grupo, que planejava lançar um disco novo em 2013, intitulado ‘La Familia 013’, já divulgava o novo single em algumas rádios brasileiras, chamado ‘Meu Novo Mundo’.
“Quem conviveu com Chorão, percebe-se que ele era exatamente como sua imagem pública: meio esquentado, sincero em suas opiniões, mas também muito engraçado e divertido.
Acho que existe uma geração do rock brasileiro, a que surgiu nos anos 90, como Raimundos, Skank e Charlie Brown Jr., que teve o mérito de não ficar pedindo a bênção da velha MPB. Fizeram seu som e, goste ou não, entraram no mercado sem fazer grandes concessões ao passado e sem implorar por um lugar na “linha evolutiva” do pop brasileiro.
Claro que o discurso e a imagem de Chorão – skatista, desbocado, fã de punk rock e rap – encontrou muitos fãs, especialmente entre a juventude. Foi o mais próximo que a música “mainstream” brasileira teve de um herói punk. Uma espécie de João Gordo mais “limpinho” e menos agressivo.
Repito: Charlie Brown Jr. não era música para mim, mas sempre achei que a banda tinha o mérito de ser uma porta de entrada para que a molecada conhecesse outros sons. Prefiro mil vezes que meus filhos ouçam o Chorão a Teatro Mágico”. (Blog André Barcinski).
Enfim, o Chorão, brigão, folgado e genio das letras ‘cotidianas caiçaras” deixou sua marca como todo ícone do rock´n´roll: “Live Fast Die Young”.