Ferreira Gullar: 82 anos de vida

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Um dos maiores nomes da literatura brasileira faz aniversário nesta terça-feira (10/9). Trata-se de Ferreira Gullar, nascido em São Luís, no ano de 1930. Foi batizado com o nome de José Airton Dalass Coteg Sousa Ribeiro Dasciqunta Ribamar Ferreira e registrado no cartório civil como José Ribamar Ferreira.Decidiu usar o sobrenome da mãe, Goulart, no nome artístico, alterando-o para Gullar. É poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista, ensaista e um dos fundadores do Neoconcretismo.

Publicou seu primeiro soneto, O Trabalho, em 1948, no jornal O Combate (MA), de São Luís. Nesse ano, tornou-se locutor da rádio Timbira (MA) e colaborador do Diário de São Luís (MA). Com recursos próprios e apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias, publicou seu primeiro livro de poesia, Um Pouco Acima do Chão(Autor, 1948).

Presenciou o assassinato de um operário pela polícia ludovicense, em 1950, durante um comício de Adhemar de Barros (1901-1969). Perdeu o emprego na rádio ao negar-se a ler, em seu programa, uma nota que responsabilizava “baderneiros comunistas” pelo crime. Venceu, com o poema O Galo, um concurso promovido pelo Jornal das Letras (RJ), que tinha comissão julgadora formada por Manuel Bandeira (1986-1968), Odylo Costa, filho (1914-1979), e Willy Lewin (1908-1971).

Mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ) em 1951, passando a trabalhar na redação da Revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comércio, indicado por João Condé (1917-1971). Na então capital federal, conheceu o crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) e o escritor Oswald de Andrade (1890-1954), que o instiga a escrever para teatro. Uma colaboração na revista Japa – o conto Osíris Come Flores – lhe rende uma indicação de Herberto Sales (1917-1999) para a revista O Cruzeiro, onde trabalhou como revisor.

Publicou A luta corporal (José Álvaro, 1954). Trabalhou na revista Manchete e no Diário Carioca e, depois, se engajou no projeto do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil.   Participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1956. Três anos depois – rompido com o Concretismo –, publica no Suplemento Dominical do JB o Manifesto Neoconcreto – também assinado por, entre outros, Lygia Pape, Franz Waissman, Lygia Clark, Amilcar de Castro e Reynaldo Jardim –, e a Teoria do Não-Objeto.

Assumiu a direção da Fundação Cultural de Brasília, em 1961, no governo de Jânio Quadros (1917-1992), e construiu o Museu de Arte Popular. A partir de 1962 passou a fazer parte do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC-UNE), e trabalhou na sucursal carioca do jornal O Estado de S.Paulo. Publicou João Boa-Morte, Cabra Marcado para Morrer (Universitária, 1962) e Quem matou Aparecida(Universitária, 1962).

Foi eleito presidente do CPC, em 1963, e filiou-se ao Partido Comunista em abril de 1964, ano em que fundou o grupo Opinião, com Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e outros.

Em 1966, com a peça Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, escrita em parceria com Oduvaldo Viana Filho, conquistou os prêmios Molière e Saci.

No ano seguinte, o grupo Opinião encenou, também no Rio de Janeiro, a peça A Saída? Onde Está a Saída?, escrita em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa. Publica Por Você, Por Mim, poema sobre a Guerra do Vietnã, juntamente com o texto da peça Vargas ou Doutor Getúlio, Sua Vida e Sua Glória (Civilização Brasileira, 1968), escrita em parceria com Dias Gomes (1922-1999).

Após a publicação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, foi preso em companhia de Paulo Francis (1930-1997), Caetano Veloso e Gilberto Gil. Lançou o ensaio Vanguarda e Subdesenvolvimento(Civilização Brasileira, 1969), mas passou a dedicar-se à pintura. Em 1970, entrou para a clandestinidade e, no ano seguinte, partiu para o exílio, morando em Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires.

Nesse período, colaborou com O Pasquim, sob o pseudônimo de Frederico Marques. Publicou Dentro da Noite Veloz (Civilização Brasileira, 1975) e escreveu, em Buenos Aires, o famoso Poema Sujo (Civilização Brasileira, 1975), que chegou ao Brasil gravado em uma fita, trazida por Vinicius de Moraes. O lançamento do livro no Rio de Janeiro tornou-se um ato pela sua volta ao País, o que acabou acontecendo em 10 de março de 1977.

Foi preso no dia seguinte e libertado 72 horas depois, graças à movimentação dos amigos frente à opinião pública e às autoridades militares. Naquele mesmo ano, lançou Antologia Poética (Summus, 1977) e La Lucha Corporal y Otros Incendios (Centro Simón Bolívar, 1977), publicado em Caracas, Venezuela. No ano seguinte, gravou o disco Antologia Poética de Ferreira Gullar (Som Livre, 1979), e foi encenada a peça teatral Um Rubi no Umbigo.

Em 1985, ganhou o Prêmio Molière pela sua versão de Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand. Dois anos depois, lançou o livro de poemas Barulhos (José Olympio, 1987).

Publicou ensaios sobre cultura brasileira emIndagações de Hoje (José Olympio, 1989). Assumiu a direção do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura, em 1992, e lá ficou até 1995. Com Dias Gomes e Marcílio Moares, escreve a minissérie As Noivas de Copacabana, exibida pela Rede Globo de Televisão.   Lançou Cidades Inventadas (José Olympio, 1997) e Muitas vozes (José Olympio, 1999), este último agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria Poesia.

É homenageado, em 1998, no 29º Festival Internacional de Poesia de Roterdã, na Holanda. Em 2000, recebeu o Prêmio Multicultural Estadão, de O Estado de S.Paulo, pelo conjunto de sua obra. Dois anos depois, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura, e recebeu o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, por sua contribuição para mudar a sociedade, a arte e a visão cultural do Brasil.

Em 2005, recebeu, pelo conjunto da obra, o Prêmio Machado de Assis, oferecido pela Associação Brasileira de Letras (ABL).   Com Resmungos (Imesp, 2006) ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção do ano. Ilustrado por Antonio Henrique Amaral, a obra reúne crônicas publicadas no jornal Folha de S.Paulo no ano de 2005.

Gullar foi considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes no ano de 2009. Ganhou o Prêmio Camões 2010, ano em que foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrg/RS).   Em 20 de outubro de 2011 ganhou novamente o Prêmio Jabuti com o livro de poesia Em Alguma Parte Alguma(José Olympio, 2010), que foi considerado o Livro do Ano de Ficção.

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Tássia Campos Futebol Clube

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Vander Lee faz show no MPB Petrobras

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O cantor e compositor mineiro Vander Lee é atração do MPB Petrobras no dia 18 de setembro, no Teatro Arthur Azevedo, às 20h. As Brasileirinhas fazem o show de abertura. O MPB Petrobras está há 15 anos em cartaz e conta com o patrocínio exclusivo da PETROBRAS. A programação se estende por 10 capitais do país e apresenta shows de qualidade a preços populares: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). A realização é da Caderno 2 Produções Artísticas, com produção local de Simão Caminha.

Vander Lee é conhecido por sua linguagem única e suas canções traçam um retrato poético do cotidiano de forma atual e harmoniosa.Reconhecido como um dos cantores e compositores mais originais da MPB, o cantor já teve suas canções registradas por artistas de renome nacional como Gal Costa, Alcione, Rita Beneditto e Leila Pinheiro, entre outros nomes. O MPB Petrobras em São Luís tem produção local de Simão Caminha.

Serviço:

MPB Petrobras

Show: Vander Lee

Show de Abertura: As Brasileirinhas

Dia: 18 de setembro (terça-feira)

Horário: 20h

Local: Teatro Arthur Azevedo

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada)

Classificação: 15 anos

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Ouça ‘Pumped Up Kicks’ com Foster The People

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O ‘Mil e Uma Músicas Para Ouvir Numa Sexta Básica’ ganhou uma sessão especial, nessa segunda-feira (10).

Depois de um feriado intenso retomamos a sessão musical com a banda de indie rock de Los Angeles, California, Foster The People, formada por Mark Foster nos teclados, guitarras e vocais; Mark Pontius na bateria; e Cubbie Fink no baixo e vocal de apoio.

Com um pop-dance melódico, Foster iniciou a banda em outubro de 2009, depois de passar vários anos em Los Angeles como um músico lutando e trabalhando como um escritor de jingles para comerciais. Depois Foster escreveu a canção “Pumped Up Kicks”, que se tornou um sucesso viral em 2010, o grupo assinou com a Columbia Records, após lançar seu álbum de estreia “Torches”.

A banda é conhecida pelo ‘single’ “Pumped Up Kicks”, com Foster The People. A gente ouve e vê o clipe aqui….

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Flávia Bittencourt na Mostra Cultura Ativa no Ceprama

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Imperdível, show de Flávia Bittencourt no Ceprama nesta sexta-feira, dia 21/09, as 21 horas. O show faz parte da 1ª Mostra Cultura Ativa que fica em exposição até o dia 30, no Ceprama

A programação desse dia ainda tem: Quarteto Cazumbá, Dj Pedro Sobrinho, Mila Camões, Bloco Os Foliões e Criolina. A entrada é franca, mas você pode contribuir doando 1 kg de alimento não-perecível.

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Programação do BR-135

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Limpeza das Praias de São Luis

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Zeca Baleiro entre os indicados do VMB 2012

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A MTV divulgou nesta segunda-feira (3) a lista final de indicados ao VMB, que ocorre no dia 20 de setembro. O líder em indicações é a banda Vanguart, com cinco. Logo atrás vêm o rapper Emicida e a cantora Gaby Amarantos, com quatro.

Os artistas da lista foram os mais votados pelo público. Mas os vencedores serão determinados pelo júri da premiação, chamado de “Academia VMB” e composto por críticos, jornalistas e formadores de opinião.   A única exceção acontecerá nas categorias Hit Do Ano e Artista Internacional, que permanecerão abertas ao voto popular até o dia da premiação.

O cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro aparece na lista dos indicados na categoria de melhor capa de disco.

Confira os indicados

 

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Orquestra Sinfônica Brasileira e a harmonia dos ritmos maranhenses

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Os músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) já estão em São Luís para participar da festa dos 400 anos da cidade, nesta quinta-feira, às 20h, na Lagoa da Jansen.

O público terá o privilégio de curtir de um concerto sinfônico inédito voltado a polirritmia maranhense. Isso vai mostrar a riqueza cultural do Maranhão em que as toadas do bumba meu boi, do tambor de crioula, e de outros ritmos maranhenses, embora rotulados de popular, tem um apelo clássico. E esse momento é único para que a gente possa perceber e valorizar ainda mais o que temos. Sentir orgulho de ser ludovicense, maranhense. Juntamente com Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro somos um povo referência, pois temos a maior densidade cultural desse país.

Na lista de convidados, tem o músico clássico maranhense Turíbio Santos, Ubiratan Souza e a sua ode ao bumba meu boi, tambor de crioula, além do tambor de Mina e do Divino Espírito Santo. Uma suíte apresentada em três movimentos.

No ‘set’ da OSB, tem ainda o Coral São João e brincantes do Boi Barrica apresentando um tributo à ‘Ilha do Amor’, que foi feita a partir de uma seleção de José Pereira Godão. Os principais amos de bumba meu boi, também, foram convidados para a apresentação.

No mesmo dia, o cantor Papete se apresenta a partir das 22h. Portanto, vale a pena festejar São Luís.

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Chama o Síndico: Tim Maia, em São Luís

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