Imaginava ver no palco instalado na Lagoa da Janse, no último sábado (1), a turnê do ‘Concerto de Cordas e Máquinas do Ritmo’, do músico baiano Gilberto Gil, que já percorreu 33 países e teve a sua última parada em Brasília, no último dia 30.
Mas, só o fato de ter Gilberto Gil, em São Luís, num momento especial em que a cidade está em festa pela passagem dos 400 anos, já foi um grande presente para todos nós ludovicenses e aos que de fora aqui vivem.
Ele trouxe para São Luís a banda e o show do disco “Fé Na Festa”, em que investe nos ritmos nordestinos, inspirado na temática junina, tendo como pilar o centenário de Luiz Gonzaga de quem Gil é fã de carteirinha.
No curto espaço de tempo em que fiquei para prestigiar a festa, assisti a um Gilberto Gil que ainda não desacelerou com os setenta. Cheio de vitalidade, o baiano mostrou a sua afinidade com São Luís a parabenizá-la pelo aniversário e, ao cantar “Não Chore Mais”, versão feita para a clássica “No Woman No Cry”, do jamaicano Bob Marley, fez parte de uma de suas incursões pela praia do Calhau, hoje, tombada nos anais da história desse Quartocentenário.
Gilberto Gil, bem acompanhado, por Arthur Maia (baixo), Sergio Chiavazzolli (guitarra), Jorge Gomes (zabumba), Gustavo de Dalva (percussão), Toninho Ferragutti (sanfona) e Nicolas Krassik (violino), colocou ‘Fé na Festa’ e passeou por canções autorais de sua extensa carreira e o público delirou interagindo.
Enfim, foi uma festa de quase duas horas em que prevaleceu o talento de Gilberto Gil, do artista que sabe transgredir com sabedoria, um senhor atemporal e dono de uma receita jovial, firme de sua identidade e convicção cultural como músico, além de embaixador, o que lhe torna único.
A festa continua
Enquanto isso, a festa dos 400 anos continua no dia 8, aniversário de fato de São Luís, e o show de Roberto Carlos. No dia 15, é a vez da baiana Ivete Sangalo. No dia 22, tem a maranhense Rita Benneditto e a dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. Encerrando no dia 29, o samba pede passagem com a também maranhense Alcione e o carioca Zeca Pagodinho.
Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão
