Uma boa e agradável coincidência na vinda do cantor e compositor baiano a São Luís neste sábado, dia 1º, abertura oficial da programação musical das festividades dos 400 Anos da capital Patrimônio da Humanidade, que terá, ainda, os locais Mano Borges, Chiquinho França, Carlinhos Veloz, Erasmo Dibel e César Nascimento, além da Tribo de Jah encerrando a primeira noite.
Já Gilberto Gil retorna a ilha, justamente, no ano em que ela completa quatro séculos, e ele fez 70 anos, no mês de junho. São dois momentos históricos para ser cultuados. São Luís como sua longa história cheia de singularidades e Gilberto Gil com a sua contribuição para Música Popular Brasileira.
E o melhor tudo isso é que o público terá o privilègio de assistir o show ‘Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo’, que já percorreu o Brasil e o resto do mundo, e com dois motivos especiais para se comemorar. O aniversário de 400 anos de São Luís e os 70 anos de Gilberto Gil ouvindo canções épicas e atemporais de um artista inquieto, instigante, reinventivo e trangressor.
Essa turnê é representativa para um Gilberto Gil, senhor, que desacelera no melhor estilo banquinho e violão, e uma orquestra de cordas e ritmos a seu serviço.
Será um diálogo de cordas, vocais, violinos e tchelos, além das máquinas de ritmos e do tamborim, além das máquinas eletrônicas, tão presentes no hip hop e que Gil reverencia como uma linguagem musical vinda dos Guetos e com um forte grito de ‘liberdade ainda que será tardia’.
Ir a um show de Gilberto Gil já é, por si só, uma grande experiência. E o espetáculo fica mais belo quando ele passeia pelo autoral e reverencia outros grandes nomes. Dorival Caymmi, Tom Jobim, Luiz Gonzaga (“O primeiro a ocupar seu coração”), o grande amigo Caetano Veloso e até Jimmy Hendrix, que faz questão de lembrar que, ele e Caetano conheceram o ídolo mundial uma semana antes de Hendrix falecer, num festival na Inglaterra.
Essa audição, esse encontro de acesso livre com Gilberto Gil, que traz componentes ilustres no elenco da banda: os violonistas Nicolas Krassik e Bem Gil, seu filho, o violoncelista Jaques Morelenbaum e a Orquestra Sinfônica da Bahia com 37 músicos [resta saber se toda essa estrutura estará no palco], é especial. E só poderá ser visto em São Luís daqui mais setenta ou quatrocentos anos.
Marcarei presença!