Ao assistir a adaptação da novela Gabriela, feita por Walcir Carrasco, é a constatação de que é bom resiste ao tempo. E Jorge Amado, centenário festejado nesta sexta-feira (10), está mais vivo do que nunca, com a sua obra literária rica, épica e atemporal, em que seus personagens representam a alma do povo brasileiro.
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E o mais interessante é o olhar crítico do escritor baiano em relação quadro político e social de um Brasil, em que atitudes reacionárias, conservadoras e preconceituosas prevalecem no presente/passado.
Inventor do Brasil moderno. Campeão da mestiçagem. Pregador do sincretismo. Retratista de um país colorido e multirracial, mas também desigual, machista e violento. Enfim, Jorge Amado é dono de uma literatura que vive entre a sensualidade e o comunismo.