Varanda remete a uma casa no campo, arejada, samambaias escorrendo pelos frechais, cadeiras de balanço, redes estendidas nas escápulas, uma vovozinha sentada fazendo tricô enquanto o forno a lenha doura o tempo e a vida. A varanda é assim, com a insustentável leveza na melodia de pássaros e árvores. Mas um dia o músico Celson Mendes decidiu reinventá-la. E já se vão dez anos. O conceito é quase o mesmo, a mesma essência e o mesmo enredo: cadeiras postas, o tricô das boas conversas, microondas de desejo na mesa, o prelúdio de chegada e a música em variados tons e formas.
No princípio eram músicos reunidos no bar, no lar, na calçada, numa jam session particular. Depois o projeto ganhou a forma de Varanda itinerante, uma vez por mês na casa de uma boa alma viva, lista seleta de convidados, ingredientes compartilhados. Nos últimos quatro anos, o projeto idealizado por Celson Mendes passou a levar a assinatura do casal Celijon Ramos e Fafá Lago na produção e conta com o auxílio luxuoso de uma legião de artistas e fiéis seguidores.
A Varanda não é seita, mas a música ali é quase uma religião. Não há vovozinha ou lobo mau. Só cantos de fadas e divas. A casa de campo é uma questão de estado de espírito do anfitrião do dia. Pode ser uma cadeira ou uma mesa de balanço, de boas batidas, à escolha do DJ. A rigor, Pedro Sobrinho é escalado para dar as boas vindas. Ele faz o rito de passagem com suas fusões de sonoridade e arrepios de sensibilidade. De São Luís para o mundo, sem bilhete de embarque, dicas de segurança, caça-palavras ou revistas de bordo.
O projeto Varanda é como se fosse uma brincadeira de domingo, uma ciranda de bons músicos e vozes refinadas, com direito a jogral, recital, trovas e leitura de páginas amarelinhas. Cada um entra na Varanda com alguma coisa, naquela descoberta prazerosa de carregar o piano. E sai muito mais rico. De informação, de descoberta. É a regra básica de convivência. Sem estatuto, bandeira ou sindicato, a Varanda faz história por onde passa.
É a nossa festa na laje, o fino da bossa, o jazz de viés, o blues abolerado e sem pressa, o baião de veludo, a música sem fronteira, tribal, primeira, a canção pra viver mais, derradeira. A Varanda é como um ritual. A música vai acontecendo e, à medida que os convidados chegam, a atmosfera vai se desenhando feito aquarela. Há apreciadores de carteirinha, protagonistas, sócios fundadores, noviços, frequentadores bissextos e anfitriões. Tudo se confunde quando a tarde invade a noite.
A cada edição da Varanda há um ilustre homenageado. Augusto Pellegrini Fllho Pellegrini, Milla Camões, Léo Capiba, Célia Maria, Anna Claudia Farias, Victor Castro, Salomão de Pádua, Djalma Chaves, Nosly, Tutuca, Cecília Leite, Marcelo Bianchinni, Flávia Bittencourt, Betto Pereira, Jaime Santos e Sérgio Habibe são alguns dos nomes que passam pelo palco dos endereços revelados à boca pequena, acompanhados de músicos como o próprio Celson Mendes, Julio Cesar, Jarbas Lima, Jeff Soares, Daniel Martins e muitos outros.
E uma varanda não seria uma varanda sem uma rede. É pela rede social que o projeto se materializa. Quem passa pela Varanda, passa antes pelo facebook ou twitter. Sem isso, nada feito. Não é festa pra muvuca, mas um sarau de amigos que se multiplica ou se recicla ao sabor do humor dos convidados. O endereço é cuidadosamente revelado em mensagem in box. As fotos de cada edição são compartilhadas também pela rede social. E toda rede tem varanda – em verdade, duas varandas.
A Varanda não é definitivamente uma festa pra VIP, no sentido mais maranhense do termo ou da sigla. Mas uma comunhão de estilos, uma celebração da música como antiproduto. Sem sobrenome na porta. Entra quem conhece o caminho. Esse é o privilégio.”
Por: Felix Alberto Lima
A 35ª edição do Festival Guarnicê de Cinema trará algumas novidades, que prometem agradar aos cinéfilos de plantão. O festival, um dos mais antigos do país, está mais enxuto. Volta a acontecer no mês de junho (nos últimos dois anos, o evento foi realizado em meses diferentes) e terá os filmes exibidos no Teatro São Luís (antigo Cine Roxy, no Centro Histórico de São Luís). Quem desejar inscrever suas produções tem até amanhã para fazê-lo. Toda a programação será gratuita.
Marcado para os dias 10 a 16 do mês de junho, o Guarnicê de Cinema acontece, de acordo com o diretor do Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), professor Alberto Dantas, com uma verba 40% menor em relação ao ano passado. “Mesmo com menos recursos, reformulamos o Guarnicê para torná-lo mais dinâmico, mais atual. O evento promete ser mais leve, com um formato semelhante ao de outros festivais”, destaca Dantas, ressaltando que as mudanças foram discutidas com cineastas e produtores. “Realizamos reuniões com quem faz cinema e a partir das demandas deles formatamos o Guarnicê”, completa.
O Festival Guarnicê de Cinema tem como objetivo incentivar a realização de filmes em curta, média e longa metragem no país; fomentar o aparecimento de novos realizadores e difundir a produção do audiovisual realizada no Brasil, bem como favorecer o intercâmbio entre países ibero-americanos e de língua portuguesa.
O festival terá espaço para mostras competitivas e não competitivas e aceitará filmes de longas-metragens (acima de 60 minutos); médias-metragens (acima de entre 21 e 59 minutos); e curtas-metragens (até 20 minutos) em 35mm ou em formato digital MOV Codac hl264.
Deu em O Estado do Maranhão/Jornalista Carla Lima
LINE UP – SHOW BLACK ALIEN – 11/MAIO
APRESENTAÇÃO: Nega Glicia & Preto Dicko
Horário – Atração
21h – Dj Pedro Dread Lock
21h40 – Beto Ehongue e os Canelas Preta
22h40 – Pedro Sobrinho
23h30 – DJ Juarez (abertura para entrada do Plano
Somma)
23h40 – Plano Somma
00h40 – Black Alien
Uma das revelações da nova safra de cantoras e compositoras da Música Popular Brasileira, Tiê desembarca hoje em São Luís para o show A Coruja e o Coração. A apresentação, única, será no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), às 21h. O show de abertura será de Milla Camões.
É chegado mais um fim de semana e todos os caminhos levam para curtir a lounge mais ‘freestyle’ com direito à vista privilegiada da baía de São Marcos e uma gastronomia mundana.
É sabadô, a partir das 17h, no bar e restaurante L´Apero (Praia de São Marcos), sob o comando do’deejay’ Pedro Sobrinho.
Entre os dias 18 e 20 deste mês, haverá espaço na programa da Semana dos Museus para o audiovisual maranhense. A exibição será no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), na rua do Sol, centro de São Luís. As sessões serão nos seguintes dias e horários: 18/05 (9h30 às 11h), 19/05 (14h30 às 15h30h) e 20/05 (14h30 às 15h30h)
18 de maio [tempo do programa: 61 min]
A Solidão de Dom Quixote, direção Vinícius Vasconcelos e Márcio Vasconcelos, 15 min;
Athenas Brasileira, direção João Paulo Furtado, 18 min;
O Destruidor de Ilhas, direção Denis Carlos, 15 min;
Infernos, direção Frederico Machado, 13 min.
19 de maio [tempo do programa: 42 min]
Fronteiras de Imagens, direção Murilo Santos, 22 min
Aperreio, direção Humberto Capucci, 20 min.
20 de maio [tempo do programa: 42 min]
Tambor de Crioula, direção Murilo Santos, 16 min
Em Busca da Imagem Perdida, direção Beto Matuck, 26 min.
Além do acervo de fotografias em 360 graus a 9D studio tem realizado trabalhos em vídeo. Esta edição compreende uma série com Time Lapses da cidade de São Luís.
O cantor e compositor mineiro Paulinho Pedra Azul faz show em São Luís no dia 17 (quinta feira) de maio às 21h no Teatro Arthur Azevedo, lançando o CD Paulinho Pedra Azul 30 anos (Som Livre), e comemorando 30 anos de carreira.
Ele será acompanhando pelos músicos: Marcelo Jiran (teclados); Serginho Silva (percussão); Breno Mendonça (sax alto e tenor). Músicas como Jardim da Fantasia, Bentivi, Cantar, Ave Cantadeira, Recado Para um Amigo Solitário estarão no ‘set’ do artista.
O show já passou por várias capitais brasileiras, entre elas, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Vitória, etc. Em setembro de 2011, ele gravou seu primeiro DVD, no Palácio das Artes em Belo Horizonte. Em São Luís, Paulinho já tem um público fiel e cativo. A produção do show é assinada por Leandro Gomes e Chicó Moraes.