Um amigo, que tem carro, questiona a legalização de flanelinhas por parte do Poder Público em via pública. Na opinião dele, tal medida não seria um deserviço a quem paga os impostos e no dia a dia tem que ficar refém de guardadores de carros e sem o tradicional direito constitucional de ir e vir ?
A necessidade do combate efetivo à ação dos guardadores clandestinos de veículos já foi evidenciada em vários países. Trata-se de um mal globalizado. O Brasil pode aprender com as experiências de outras nações, mas deve agir rápido, pois em nenhuma parte do globo este problema atingiu um nível tão agravante. A apropriação de espaços públicos, intimidação e extorsão de motoristas, danos a veículos, disputas violentas por território, envolvimento com milícias e tráfico de drogas são apenas alguns entre muitos problemas de ordem social praticados por guardadores tupininquins.
Agora, não podemos generalizar, pois tem gente honesta trabalhando nesse ramo. A situação é conflitante e precisa ser resolvida. O Poder Público em nosso estado tenta corrigir o problema legalizando os guardadores de carros. Por outro lado, estão os clandestinos a agir. Mas, a pergunta que não quer calar é a seguinte: lo Estado dessa forma estaria legalizando ou para o crime de extorsão ?
Embora não tenha um conhecimento aprofundado do que vem a ser sociologia, entendo da necessidade de deixarmos de lado a adoção de medidas paliativas e estratégias utópicas em busca de alternativas para eliminar esse tipo de atuação através da capacitação e inclusão destas pessoas no mercado de trabalho regular, ou seja, em empregos de verdade e não em ocupações que reflitam aquele estereótipo do papagaio Zé Carioca, que tanto queremos abandonar.