Até 2013…

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O Rock In Rio mostrou ser o evento da diversidade de sons e que em sete dias alternados de realização se legitimou como um evento democrático e concebido para agregar todas as tribos, mesmo que elas tenham de conviver em nichos , isoladas, tendo em vista alguns mortais esquecerem de brilhar e aceitar uma sociedade plural, para cultivar a cultura do lado B, do isolamento, da segregação e, sempre, com aquele discurso que ele(a) tem o ouvido mais sensível e apurado(a) para a tal chamada música de qualidade … É natural que cada tenha livre arbítrio para escolher aquilo que lhe satisfaz, mas conviver com a diferenças não é defeito, mas sim uma virtude para quem busca ser feliz por alguns instantes.

Enfim, em meio a essas turbulências que a vida propicia, o legal é saber que o festival aconteceu, com erros e acertos, essenciais para um festival de música de massa. O sonho dos Medinas mais uma vez se tornou realidade. E o Rock In Rio retornou ao Brasil e deixou bem claro que o seu habitat natural é o Rio de Janeiro, embora tenha hoje um perfil itinerante e cosmopolita.

Shows

Muitas atrações. Alguns shows carismáticos, outros não. Artistas que abusaram dos covers, outros que apostaram no autoral. Faz parte da ciranda musical que envolve um festival.

Acompanhei alguns shows pelo canal da Multishow e gostei bastante dea voz que não envelhece de Stevie Wonder, a jovialidade e adrenalina de Janelle Monae, Coldplay, Slipknot, Metallica, Lenny Kravitz, System Of a Down e Red Hot Chilli Peppers,  no Palco Mundo. Esperava mais de Jamiroquai.

Achei o show morno. Embora não seja fissurado por axé music, , sou uma criatura heterogênea. Não vejo como um pecado mortal tirar um pouquinho o pé no chão e me permitir a curtir um pouco do gênero criado em território baiano e virou mania nacional. Enfim, gostei da atuação de Ivete Sangalo. Ela jogou no público aquilo que ela tem de melhor: o carisma, e fez aquilo que ela se dispôs a fazer: fazer a festa de quem foi em busca dela.

Alternância

No palco Sunset, destaque para o Baile do Simonal, capitaneado pelos irmãos Simoninha e Max de Castro, filhos do cara, Joss Stone, Sepultura e os tambores Du Bronx, [ambos Joss Stone e Sepultura mereciam um Palco Mundo],  além de Mike Patton, do Faith No More, acompanhado do Mondo Cane e a Orquestra de Heliópolis. Foi o show da subversão da ordem feita com qualidade e coerência. Não foi uma Ópera Bufa, mas sim uma Ópera Moderna reverenciando clássicos da música italiana.

Mudanças

Em meio à festa do último dia de Rock in Rio, foi anunciado na tarde deste domingo (2), na Cidade do Rock, a parceria entre prefeitura do Rio, patrocinadores e o organizador oficial do festival, Roberto Medina, para a realização do evento em setembro de 2013.

Segundo Medina, a próxima edição terá a capacidade máxima de público reduzida de 100 mil para 85 mil pessoas. “Isso será feito para que as pessoas possam transitar com mais conforto. Além disso, o impacto no trânsito e no abastecimento de comida é menor”, afirmou.

A ideia do publicitário e idealizador do festival é criar novas opções de entretenimento na Cidade do Rock, como a Street Dance. “Vou fazer um pequeno palco perto do Sunset para cada apresentações de grupos de street dance norte-americanos. Inclusive já estou fazendo o cenário”, adiantou Medina, que ainda não decidiu se o Rock in Rio terá seis ou sete dias de duração.

Musical

O projeto de “ampliação da plataforma da marca Rock in Rio”, como definiu o próprio Medina, também passa pelo teatro, cinema e games. “Em setembro do ano que vem vamos lançar um musical sobre o Rock in Rio.

Também estamos estudando games, em que o sujeito vai poder construir sua própria Cidade do Rock. Além disso, um longa-metragem está sendo filmado aqui. O filme contará a história de um caso de amor em 1985 e que recomeça nesta edição”, comentou o empresário, que gostaria de levar o festival para mais um país latino-americano no ano que vem.

“Provavelmente será o México. Posteriormente, acho que os caminhos nos levarão para a Inglaterra e os Estados Unidos”, ressaltou Medina.

A Marca

Durante a entrevista não foi divulgado um balanço do festival atual, mas uma coisa é garantida. O Rock In Rio é uma griffe, que virou uma festa de todas as tendências musicais e dá certo em qualquer lugar do mundo.

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