O nosso eterno mano Jorginho Caburé, [cezinha, meu colega de Zoé Cerveira] desencarnou precocemente ha poucos dias de completar 49 anos. Saudade parece traduzir o sentimento sobre esse jovem da brilhante geraçao de artistas como Nosly, Mano Borges, Netinho do Banjo, Glad azevedo e tantos outros.
Jorge optou pelos efeitos percussivos da vida despojada dos poetas que preferem a noite ao dia,sempre num ritmo frenetico e de mãos dadas com a musica plena brasileira. Enquanto escrevo essas palavras as lagrimas me invadem a alma e o coraçao de borboleta, apaixonado imensamente pela artisticidade humana.
Que saudade da sua “timba” deliciosa e incomparavelmente tocada por ele. adorava tocar num contratempo alucinante o velho bongo que sempre dividiamos nas luaradas e pocket shows da vida. Eram encontros memoraveis com musicos extraordinários de todo o pais. Agradeço a todos que nos confortaram nesse pesaroso momento. Aqueles que silenciaram, não quiseram incomodar a nossa dor. Igualmente obrigado, amigos.
sutileza sonora da sua vassourinha ainda vai ecoar por muito tempo em nossos timpanos e corações. Timba! Cabuba! eh rapáa! A sua bissexta musicalidade era apenas uma faceta para deixar fluir os bons fluídos da sua grandiosa personalidade. Cabura foi so alegria! ele desfrutava a amizade de todos: João, Pipoca, Chicão, Giovane, Fernando, Zequinha, Gaguinho, Paulo Truma, Baiacu, Júlio 90, Henrique, Cleone, Hélio, Gereba , Pinha, Nosly, Gege, Cabi, Wanger , JB, Luis Fernando…ichiii! Quanta gente boa! A vida era uma festa para o meu irmão. Às vezes me ligava do seu escritorio favorito: a praia! “vem pra ca,brother. Tô aqui tomando uma “gegeca” com gereba. Nem sempre podia atender ao seu gentil convite ,mas confesso que ficava com água na boca pra curtir umas e outras e a paisagem deslumbrante da praia do Olho D´Água. Ali era o seu habitat. o Canto A,o Nonato, a Rosa, Rosana, Amendoeira, Capiau, Ilha Point…
Sou grato a Gigi,que esteve contigo nos momentos mais cruciais da tua vida. Olha,tua eterna cunhada Olivia esta muito saudosa,mano. Chora muito lembrando de ti. Por esses dias,eu e Ivar tivemos lindos sonhos com a nossa mãe Didi. Deve ter sido uma mensagem de que ela te aguardava com todo o seu amor.
Qualquer dia a gente vai se encontrar… Até de repente… teu mano, César Roberto.
Texto: César Roberto
Cesinha, só você mesmo para escrever palavras tão belas e singelas para seu inesquecível irmão Caburé.Comecei lendo a crônica e terminei com as lágrimas escorrendo em meu rosto.Você foi capaz de expressar em poucas palavras realmente quem era Caburé, uma pessoa amada e querida por todos.A saudade ficou, mas tenho certeza que nesse momento ele está descansndo.César conte sempre com meu apoio.Meus pêsames.