Desde que me entendi como gente aprendi a conviver com a diversidade e a coerência. O ser diverso e coerente é lei divina outorgada e assimilada entre os homens. Infelizmente, uns entendem essa necessidade, outros não. Tem gente que fecha os olhos e tapa os ouvidos para não compreender essa receita básica para se chegar a algum lugar. Defendo de corpo e alma a tese que a diversidade com coerência é essencial para quem tá fim de curtir a globalização sem perder a identidade e os seus ideais.
E no Carnaval: a festa da carne, da brasilidade e do multiculturalismo (?) A receita é simples: a folia deve acontecer em parceria, que adicionada com a diversidade e a coerência se traduz em uma celebração vitoriosa. Assim foram os quatro dias do projeto “Outros Carnavais”, idealizado pelo Feijão de Corda, tendo como cenário a pontinha da Ponta do Farol.
No ‘line up’ o ‘deejay’ Pedro Sobrinho, o grupo de samba Espinha de Bacalhau e Mano Borges & Natália Ferro. Era cada um no seu quadrado, mas todos tinham algo em comum: a música. Seja ela de carnaval ou não, o importante foi pirar o cabeção de gente de todas as idades e comunidades.
Foram quatro dias de festejo, em uma casa cheia de bambas, biritas, yuppies, headbangers, rastas, popozudas, mascarados, pierrots apaixonados, colombinas, purpurinas, entre outros baratos afins. Enfim, tudo era Carnaval. E o que não faltou foi animação. Também pudera. Música e ritmos para todos os gostos.
O “Outros Carnavais”, patente do músico Mano Borges, é um projeto para celebrar a vida e com o ideal de que música não foi criada para servir de parâmetro entre o bem e o mal, o que é bom ou ruim, o que é local e global. Com música se faz arte para brincar e ser feliz.