Piratório

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O grupo carioca de reggae Ponto de Equilíbrio, Neura, Carlos Berg, o DJ também carioca Marcelinho da Lua, os locais Andrezinho Vibration, Franklin e Jards Auêra são as atrações deste sábado (14), a partir das 22h, do Trapiche Espaço Musical (Ponta D´Areia).

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O Ponto de Equilíbrio, formado por Helio Bentes (vocalista), Pedro Pedrada (baixo), Márcio Sampaio (guitarra base), Tiago Caetano (teclados), Rodrigo Fontenele (percussão), Marcelo Campos (percussão), Lucas Kastrup (bateria) e Ras André (guitarra solo), traz como base do repertório canções do novo álbum, além de sucessos da banda, como “Rastafará”, “Aonde vai chegar (Coisa Feia)”, “Ponto de Equilíbrio”, “Poder da Palavra”, “Só quero o que é meu” e releituras de clássicos do gênero jamaicano, como “Soul Rebel” de Bob Marley.

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Além da banda carioca, o DJ Marcelinho da Lua aporta mais uma vez em São Luís para mostrar nas pick ups porque é reconhecido e respeitado fora do Brasil. No Piratório, ficará por conta do cantor e compositor Carlos Berg e a Banda Neura.

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Yo !

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Os Racionais MC´s, liderado pelo vocalista Mano Brown, faz show em São Luís no sábado, dia 14, a convite da Central Única dos Favelados (CUFA).

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No encontro, os rappers paulistanos serão ciceroneados pelo rappers locais do Clã Nordestino, no show eletroacústico e a participação de Tássia Campos.

Os Racionais MC´s são os maiores representantes do rap nacional na atualidade.

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Louvação a São Benedito

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Em pleno agosto de São Benedito, a Praça dos Catraeiros, ao lado da Casa do Maranhão, na Praia Grande, viverá um momento especial neste sábado, dia 14.

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Um encontro entre os tambores dos quilombos de Minas Gerais com o tambor de crioula dos negros do Maranhão. O evento comemora em São Luís os 22 anos da Fundação Cultural Palmares e terá ainda um convidado especial: o grupo paulista A Barca, que faz um primoroso trabalho de pesquisa e difusão dos ritmos tradicionais brasileiros.

O Encontro de Tambores Afrodescendentes com a Cultura Popular começa às 19 hs deste sábado e será aberto pelo Tambor de Taboca da Casa Fanti-Ashanti, que convida o grupo A Barca para uma grande celebração.

Em seguida, entra na roda o Tambor de Crioula Prazer de São Benedito, do Mestre Apolônio, que chama para o encerramento da noite o Tambor de Matição, vindo diretamente dos quilombos de Minas Gerais trazendo ritmos como o Candombe e canções do folclore mineiro. Um encontro para aproximar culturas, fortalecer identidades. Um encontro para entrar na história das rodas de tambores do Maranhão.

Fundação Palmares

Criada em 1988, no clima da reconquista das liberdades democráticas e do centenário da Abolição da Escravatura no Brasil, a Fundação Cultural Palmares tomou para si o combate à intolerância racial no Brasil, buscando potencializar a participação da população afro-brasileira no processo de desenvolvimento do País. Foi o primeiro órgão de Estado a ter como eixo central a questão racial, mais especificamente a cultura e o patrimônio afro-brasileiro.

A criação da Fundação foi uma resposta às pressões do movimento negro organizado no Brasil, que lutava pela oportunidade de contribuir para uma mudança mais rápida da realidade brasileira. Em mais de vinte anos de história, a Fundação Palmares protagonizou várias ações e iniciativas de forte impacto sociocultural, como a certificação de mais de 1.340 comunidades remanescentes de quilombos, a criação do Observatório Afro-Latino e a inauguração do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, entre outras. Foi a primeira instituição pública a debater o sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras e tem financiado pesquisas e publicado inúmeros livros com o objetivo de complementar a formação de professores e lideranças. 

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O Tambor de Crioula é uma manifestação que só existe no Maranhão, mas que aos poucos vem se tornando conhecida e difundida pelo Brasil inteiro, principalmente depois que foi tombada, em 2009, como patrimônio imaterial do povo brasileiro. É uma dança de divertimento e ao mesmo tempo uma forma de pagamento de promessa a São Benedito , que é santo preto e gosta de tambor. São Benedito é sincretizado com o vodum jeje-nago Averequete, originário do Daomé.

O Tambor de Crioula não é considerada uma manifestação religiosa e sim uma “brincadeira”, que pode ser realizada em qualquer local e época do ano, inclusive no carnaval e em apresentações públicas. Homens tocam três tambores longos, com couro em uma só boca e entoam toadas conhecidas ou de improviso. Mulheres cantam e dançam, dando entre si uma “punga” ou umbigada, numa espécie de convite à dança. (trechos de artigo do pesquisador Sérgio Ferreti)

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Tambor de Taboca

O Abanijeun é um grupo de tambor de crioula de taboca, formado por crianças e adolescentes da Casa Fanti Ashanti, tradicional comunidade de São Luís, que preserva há décadas manifestações culturais de matriz africana. O tambor de crioula de taboca (um tipo de bambu) é uma variante do tambor de crioula, bastante difundido no Maranhão e que agora começa a ganhar o país. Abanijeun significa “aquele que divide o prato com os outros”. Graças a esse trabalho, a tradição do tambor de crioula, que corria o risco de ser extinta, é passada a futuras gerações.

A Casa Fanti-Ashanti foi fundada em 1954. Os Fanti e os Ashanti eram povos da antiga Costa do Ouro, na África, atual República de Gana. Em São Luís, a Casa de Fanti-Ashanti fica localizada no bairro do Cruzeiro do Anil. É uma Casa de Mina e Candomblé que mantém a tradição desde sua fundação. Além dos rituais do Tambor de Mina, do Candomblé e das festas para os orixás, a Casa também realiza o “Samba de Angola” para os boiadeiros. Há também rituais ligados à pajelança, ao catolicismo popular (Divino Espírito Santo) e ao folclore ,como o boi de Corre Beirada e o Tambor de Taboca. O chefe do Terreiro, Euclides Menezes, herdou seus conhecimentos religiosos do antigo Terreiro do Egito, que funcionou até o final da década de 70.

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Tambor do Matição

O Tambor do Matição surgiu no ano de 1998, na cidade de Jaboticatubas, região da Serra do Cipó, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Mato do Tição é uma espécie de quilombo encravado na zona rural do município.

O grupo procura, com seu trabalho, preservar e perpetuar um pouco das tradições vivenciadas ali. O folclore mineiro, as tradições, a religiosidade, tudo isso é incorporado às canções que retratam as tradições do congado, o candomblé e a folia de reis, além de inserção de canções do Vale do Jequitinhonha. Mas sua música não se prende apenas às fronteiras do Estado de Minas, ela também incorpora algumas influências de diversas outras regiões brasileiras.

Um dos principais ritmos difundidos pelo grupo é o Candombe, ritual afro que antes era vedado a não-iniciados. O ritual estava para os negros como a maçonaria para os brancos. No passado, os tambores de Candombe eram objetos sagrados. Havia rituais para a iniciação tanto de novos tambores quanto de novos percussionistas. Pesquisadores acreditam que, a partir do Candombe, teriam nascido outras duas manifestações culturais: o Congado e o Moçambique.

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Tambor de Mestre Apolônio

O Tambor de Crioula “Prazer de São Benedito” de mestre Apolônio Melonio foi fundado 1980, no bairro da Floresta, na Liberdade, em São Luís. É um grupo tradicional que procura preservar a cultura popular maranhense respeitando os costumes e valores da história do tambor de crioula.

Nascido em um lugarejo chamado Canarana, no município de São João Batista, na Baixada Maranhense, Mestre Apolônio começou cedo sua vida cultural. Fundou o seu primeiro grupo de Bumba-Meu-Boi ainda na década de 40 e no início dos anos 70 criou em São Luís a Turma de São João Batista ou Bumba-Meu-Boi da Floresta.

Ao longo dos anos, recebeu muitas homenagens pela sua grande contribuição à preservação da cultura tradicional do Maranhão. Em 2005, no Rio de Janeiro foi reconhecido com o troféu “ORILACHÉ” que significa na língua dos Iorubás “a cabeça tem o poder de realizações”, concedido pelo grupo Afro – Reggae, pelo trabalho social com os jovens na comunidade da Floresta, no bairro da Liberdade.

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A Barca

A Barca é um grupo paulista que pesquisa gêneros tradicionais brasileiros desde 1998. Partindo da reflexão sobre o fazer artístico e suas responsabilidades estéticas e sociais, realiza um amplo trabalho de criação de espetáculos, documentação, arte-educação e produção cultural.

O trabalho da Barca partiu do estudo e do diálogo com a obra de Mário de Andrade, levando o grupo a mergulhar nas incontáveis manifestações populares do Brasil e estabelecer laços com diversas comunidades, entre elas a Casa Fanti-Ashanti, no Maranhão, com quem lançou em 2002 o CD Baião de Princesas. O trabalho inclui coletar material musical nos locais onde as manifestações acontecem Brasil adentro, analisá-lo, criar arranjos e até mesmo composições inéditas inspiradas por este material.

O grupo divulga os resultados de suas pesquisas através de gravações e realização de espetáculos. Além de realizar centenas de espetáculos, oficinas e gravações pelo país, o grupo produziu os CDs Turista Aprendiz (2000); Baião de Princesas (2002); a caixa Trilha, Toada e Trupé (2006) – três CDs e um DVD documentário e a Coleção Turista Aprendiz (2007), sete CDs e sete curtas documentários com outros registros desta viagem.

Nesta apresentação vamos contar com a seguinte formação: André Magalhães (bateria e percussão), Ari Colares (percussão), Chico Saraiva (violão), Juçara Marçal (voz), Lincoln Antonio (piano), Renata Amaral (contrabaixo elétrico), Sandra Ximenez (voz) e Thomas Rohrer (rabeca e saxofone). 

Foto: Beto Matuck

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Sétima Arte

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Até o mês de outubro, o Cine Praia Grande, em parceria com a cinemateca francesa Cinefrance, exibirá seis filmes, entre romances e dramas. O primeiro deles é “Duas Garotas Românticas”, de Jacques Demy, que ficará em cartaz de 14 a 21 de agosto. O longa conta a história de Delphine e Solange, duas irmãs gêmeas encantadoras e espirituosas de 25 anos. Delphine, a loira, dá aulas de dança, e Solange, a ruiva, aulas de música. Elas vivem da música e sonham ir para Paris e ter uma vida de fantasias.

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O segundo, que ficará em exibição de 23 a 31 de agosto, é “Meu tio da América”, de Alan Resnais, uma das personalidades mais marcantes do cinema francês. O título do filme faz alusão a um personagem obscuro, que deixa a dúvida se está morto, rico ou miserável, numa América que jamais aparece. Os labirintos trilhados no filme são os mesmos dos textos científicos de Henri Laborit.

Em setembro, é a vez de “Capitaine Achab” e “Nha Fala”, de Philippe Ramos e Flora Gomes, respectivamente. Capitaine Achab, em cartaz de 1º a 20 de setembro, narra a trajetória de um garoto que, lendo a Bíblia numa casinha de caçadores perdida no meio do mato, se torna capitão de um navio baleeiro. O filme é uma interpretação incomum de Moby Dick, do inglês Herman Melville, já que Achab se apaixona por Louise, cuja pele branca é simbolizada em sonhos pela baleia branca encantadora Moby Dick. Já o drama “Nha Fala”, agendado de 21 a 30 de setembro, se passa em Cabo Verde e mostra que todos os acontecimentos que regem a vida social viram música, menos na família da jovem Vita. Vita desafia tradição e se envolve numa grande trama amorosa.

O mês de outubro começa com “O Batedor de Carteira”, de Robert Bresson, no período de  1º a 15. A segunda quinzena fica por conta de “Nas Cordas”, de Magaly Richard-Serrano. O primeiro é é retratado de modo autobiográfico, com o personagem principal, Michael (Martin LaSelle), descrevendo os acontecimentos que se desenrolam ao longo da trama. O último da temporada conta a trajetória de Joseph, um treinador de boxe que ensinou o esporte para sua filha e sua sobrinha desde que elas eram crianças. Mas aos 18 anos, Angie e Sandra, criadas como irmãs, vão se confrontar na final do campeonato francês de boxe.

Os filmes serão exibidos de acordo com os períodos estabelecidos, no Cine Praia Grande, em três sessões: 16h, 18h e 20h. O ingresso custa apenas R$ 4,00 (quatro reais).

Fonte: Assessoria Secma

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Pedra da Memória

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Nesta sexta-feira, dia 13, às 19h30, na Casa de Nhozinho, na Praia Grande, o público poderá conferir o documentário Pedra da Memória, que levou Pai Euclides Talabyan e uma comitiva da Casa Fanti Ashanti do Maranhão ao Benin. Coordenado pela musicista e pesquisadora Renata Amaral, editado por Diana Gandra, o projeto recebeu o Prêmio Interações Estéticas da FUNARTE/MinC, promovendo um profundo diálogo entre a cultura dos dois países.

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Fruto ainda da residência artística de Renata, na Casa Fanti Ashanti, que se tornou Ponto de Cultura em 2006, também será lançado no evento o CD Boi de Incantado, do tradicional Bumba Boi Garotos do Cruzeiro da Casa Fanti Ashanti, um registro inédito que inclui mais de 20 toadas representativas dos 56 anos de atividades do Boi, compostas por Pai Euclides e seus incantados. Para fechar a programação se apresentarão os grupos de Bumba meu Boi Garotos do Cruzeiro e do Tambor de crioula de Taboca Veneradores de São Benedito, ambos também da Casa Fanti Ashanti.

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Pedra da Memória

O documentário Pedra da Memória traz um diálogo estético entre as tradições populares do Brasil e do Benin (África Ocidental), em uma aproximação poética e reveladora conduzida pela memória de Euclides.

Ao longo de quatro semanas, a equipe visitou as cidades de Cotonou, Abomey, Ketou, Porto Novo, Ouidah, Allada, Pobe e Sakete, realizando encontros e registros audiovisuais de diversas tradições como os Toques de vodum, Zangbeto, Egungun, cerimônias Geledés, música Kudo e as tradições dos Agudás, os afrobrasileiros do Benin, descendentes de ex escravos e trabalhadores do tráfico escravagista que retornaram à terra natal quando a escravidão foi abolida.

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Serviço

O quê:

Documentário Pedra da Memória

Onde:

Casa de Nhozinho
R Portugal, 185 – Centro Histórico

Quando:

Sexta-fera, dia 13 de agosto,

Horário:

19h30

Acesso Livre

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E-Music

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Neste sábado, dia 14, vai rolar a balada “We Love Brasil”, no Praia Mar Hotel (POnta D`Areia). No line up, os ‘deejays’ Rodrigo Vieira (filho da atriz Susana Vieira) (na foto), Ferris, Ericka Braga (produtora da festa) e Jorge Choairy.

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Antes de aportar em São Luís a “We Love Brasil” ja girou na noite da Austria, Croácia, Ibiza, além de Miami, New York, New Jersey e Phiiladélfia (EUA).

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Pílulas (XXIV)

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O radialista e enxadrista Nicolau Leitão lança o livro “O peão Que Queria Coroar”. A solenidade ocorrerá no próximo dia 21, sábado, às 18h, no auditório do Centro de Ensino Upaon-Açu, na alameda D – nº 5 – Loteamento Quitandinha, Altos do Calhau

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Conversa à três

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Tássia Campos e André Lucap foram as atrações deste domingo, 8, no Plugado, na Mirante FM. André aproveitou para falar do Mofo, projeto feito em parceria com o multimídia Jorge Choairy.  Também apresentou as quatro músicas de sua autoria disponíveis na internet. soundcloud.com/andrelucap. São elas: Pelo Avesso, A Hora Agora, Flores, On e Banda no Apartamento, gravadas em São Luís no estúdio do músico Guilherme Raposo. Ouça Disse ele que a ideia é continuar disponibilizando até completar uma gama de canções para se formatar um disco.

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André disse estar afastado da música, mas flertando com a fotografia e a produção. Ele falou da experiência com o poeta Celso Borges no lançamento do livro “Belle Epoque”, no Cine Praia Grande.

– Foi um encontro em que eu, Bruno Azevedo, Celso Borges, Reuben Rocha e André Grolli. Eu produzi o vídeo e juntos fizemos o casamento com a música e a poesia. Celso estará de volta em outubro e estamos conversando em fazer o encontro dele com o singelo “Restos Inúteis” – assegurou.  

Tássia Campos, que já teve canção “Intervalo”, de autoria André, em seu repertório e estará incluída no primeiro disco da artista, disse estar vivenciando um momento importante na carreira. A participação no show da cantora mineira Ceumar no último dia 31, no Teatro João do Vale, lhe rendeu bons frutos.

A cantora maranhense foi convidada pela produtora de Ceumar para se apresentar no Sesc Interlagos (SP), em outubro. Tássia adiantou que levará para a capital paulista um show conceitual, onde serão priorizadas as músicas que estarão em seu primeiro disco, aliadas a músicas de compositores brasileiros que gosta de ouvir.

Ela declarou que antes da viagem a São Paulo tem um show programado para setembro, em São Luís. No sábado, dia 14, no Ceprama, ela participará do show do Clã Nordestino e a banda de rap paulistana MC´s Racionais, liderada por Mano Brown.

– Agradeço o convite feito pelo Nando, do Clã Nordestino, em participar de um show tipicamente rap. Gosto da cultura Hip Hop. É a voz da periferia de fato. E como intérprete é uma boa oportunidade e importante colocar a voz a serviço desse segmento musical, engajado politicamente – ressaltou.

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Gullar: o homenageado

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“A arte existe porque a vida não basta”. A declaração foi feita nesse sábado (7) pelo poeta, crítico e dramaturgo Ferreira Gullar, durante homenagem prestada pelos organizadores da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) para marcar os 80 anos de Gullar.

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O maranhense, que coleciona 40 títulos publicados e a indicação ao Nobel, falou sobre importantes marcos de sua trajetória, como o movimento neoconcretista, criado por ele no período em que se mudou para o Rio de Janeiro. O movimento surgiu como resposta à imposição da arte concreta no Brasil no início dos anos 50. Segundo Gullar, o período marcou um rompimento da arte brasileira que retratava o país pela chegada de uma arte que “era geometria, que não representava país algum”.

Ferreira Gullar disse que diferentemente dos outros manifestos dos artistas da época que, segundo ele, seguiam os padrões de promessas não cumpridas dos políticos, o manifesto sobre o neoconcretismo escrito por ele apenas mostrava o que era feito, ou seja, “o corpo participa da arte”

Durante a entrevista, Ferreira Gullar provocou risos e muitos aplausos. O poeta lembrou o envolvimento com a questão nacional, quando se mudou para Brasília e recorreu ao cordel como estilo para divulgar suas idéias e tentar mudar o país. “Aí veio o golpe de 64 que mostrou, mais uma vez, que eu estava errado”. Gullar filiou-se ao Partido Comunista, foi preso e exilado e, em Buenos Aires, quando a Argentina enfrentava também um golpe militar, escreveu sua obra mais famosa Poema Sujo.

“Os milicos resolveram colocar abaixo o governo de Isabelita Perón. As pessoas começaram a sumir e eu pensei: não sei o que vai acontecer comigo, então vou dizer o que me resta dizer enquanto é tempo”, disse Gullar, que garante nunca ter ficado tanto tempo envolvido com a poesia. A obra foi escrita entre maio e outubro. Sobre a densidade da publicação, ele explicou que “muitos poemas partem da dor para transformar a dor em alegria estética”.

O escritor, que se prepara para lançar o novo livro de poemas Em Alguma Parte Alguma, falou pouco sobre esse trabalho. Adiantou que é um livro diferente dos outros, “mas não radicalmente diferente porque não vivo atrás de fazer novidades. Não tenho que fazer algo que ninguém fez”. O poeta contou que o livro está sendo escrito desde o ano 2000 e que durante muitos meses ficou sem escrever qualquer linha.

“Meus melhores momentos são quando escrevo poesia, mas não vêm da minha vontade. Quando não há espanto, não escrevo”, explicou o maranhense. “Leio e penso mais sobre pintura do que sobre literatura. Não fico refletindo a poesia como reflito sobre a arte plástica. Quando a poesia vem de seus abismos, ela não respeita pai ou mãe. Ela nasce do espanto e é simplesmente uma coisa que me estupra”.

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Jazz & Blues

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Confira a programação oficial do 2º Lençóis Jazz e Blues Festival nesta sexta-feira (13) e sábado (14), no Gran Solare Lençóis Resort- Lençóis Maranhenses, estrada de São Domingos, s/nº, Povoado Boa Vista, Barreirinhas.

Programação 

Dia 13 de agosto (sexta-feira):
21h- Marcelo Carvalho
22h- Pedro Aráujo e Trio
23h- Artur Menezes e Trio
 
Dia 14 (sábado):
21h- Luís Cláudio e Luis Jr Show Duo
22h- Nosly e Trio
23h- Jefferson Gonçalves e banda.

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