Copa da Alegria…

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Com todos os problemas enfrentados pelos sul-africanos para a realização de uma Copa do Mundo,  levando-se em consideração a colonização pelos ingleses e do regime do ‘Apartheid’ vicenciados pelo povo ao longo da história daquele País, a abertura, ontem, em Soweto, já sinalizou para uma competição festiva. Os sul-africanos, com toda a sua alegria, adoram festa. Os sul-africanos, por si só, já são uma festa. E nada melhor que uma grande celebração para marcar o início da 19ª Copa do Mundo de futebol, a primeira realizada na África.

Um dia antes da bola rolar nos gramados, o Orlando Stadium, em Soweto,  quem estava lá viu o que o planeta vai ver na TV nos próximos 31 dias: muita festa e alegria. Num show com três horas de duração, repleto de astros da música ‘gringa’, a exemplos, de Black Eyed Peas, Alicia Keys, Shakira, Angélique Kidjo, entre outros nomes da música africana, a Copa começou prometendo,  já deixando como maior legado a educação e sempre exaltando o líder Nelson Mandela.

Um continente que passou séculos convivendo com os olhares desconfiados e preconceituosos do resto do mundo merece um momento especial e o direito de ficar em êxtase. Pode até não ser o esporte preferido dos sul-africanos, mas o futebol é uma paixão mundial. Tem cada vez mais assumido uma função social com a capacidade de conectar os povos. E com a realização da Copa do Mundo, em um país africano, o futebol paga uma dívida histórica com o continente.

Se ainda existem problemas sociais na África do Sul e nos países enquadrados, rotulados, como de terceiro mundo, a culpa não é da bola.  E já que os organizadores da Copa na África do Sul falharam não cumprindo algumas orientações da Fifa, a torcida, agora, é para que dentro de campo esses problemas sejam superados com uma competição marcada pelo ‘fair-play’, dribles desconcertantes, jogadas emocionantes e muitos gols. E para quem saiu de casa e acreditou que na ‘África também é possível’, o que resta são bafana bafana, vuvuzelas, música e alegria nos estádios, sem distinção étnica. Para o continente africano será um sorriso só.

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