“Bullyingnation” a alma dos sádicos e complexados

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Há duas semanas participei de um treinamento na Faculdade São Luís cujo o tema e a preocupação da instituição, era com  o “bullying” no ensino de terceiro grau. Em época de escola o “bullying” seria comparado a “Lei do Gérson” (na cultura brasileira é quem gosta de levar vantagem em tudo), ou seja, é aquele onde o valentão ou valentona, o sabichão ou a sabichona, o bonitão ou a bonitona, o gostosão ou gostosona o arrogante, o rico, o com complexo de superioridade e sem noção de educação, bom senso e socialização bulinam aqueles(as) que entendem ser inferiores. Haja, apelido, violência psicológica, física, urbana, assédio moral, sexual,  e por aí vai.

Esse tipo de comportamento histórico se agrava com o passar do tempo. Nos dias atuais, houve uma  inversão de valôres  assustadora.  É a  competição ensinada como uma necessidade na luta pela sobrevivência, além da violência que  banalizou de vez. O  mundo está ensandecido de gente boba e prepotente, que se sente a bala que matou John Kennedy, Luther King e John Lennon juntos.

E mais o tal ‘bullying’ com o avanço da tecnologia, por meio da internet, dos e-mails e sites de relacionamentos ofensivos, virou ‘cyberbullying’. E haja a exposição da imagem das pessoas sendo difamadas, caluniadas e usadas com frequencia sem a devida liberação da vítima. Haja, as ‘lokas do Rio Anil’, negros, índios, pobres, mendigos, gente que faz sua opção sexual, ou religiosa, crianças e vovôs desamparados, entre outros segmentos conceituados de minoritários socialmente, além dos excluídos na estratificação da pirâmide, serem molestados, agredidos e muitas vezes violentados até à morte.

É bom que se diga, não se ‘bulina’ apenas nas escolas. No trabalho também se assedia, seja, sexualmente ou moralmente. A vizinhança também perturba ‘bulinando’ quando cisma de quem está de lado ou de frente da sua casa. Até a polícia gosta de bulinar. Dizem que ela foi criada para nos proteger. Na hora “h” adoram impor a autoridade da farda e a patente para coagir, intimidar e violentar quando acham necessária.  Usei a expressão inglesa bullying, para o eufemismo de um ato, que diante do Código Penal, é conceituado  como agressão física, psicológica, tortura e um total desrespeito aos Direitos Humanos.  Enfim, essa é uma prática e um desconhecimento de causa de alguns policiais despreparados num continente chamado Brasil.

Desde ontem, um vídeo veja aqui está sendo mostrado nos telejornais brasileiros, em que adolescentes aparecem dançando uma coreografia semelhante ao “Rebolation Hit”, que ficou famoso durante o carnaval. Na gravação, três adolescentes que teriam sido detidos são coagidos a dançar o “Baculation”, supostamente por policiais militares. Os jovens também recebem ordem para rir. Cadê o sorriso ?, pergunta uma das pessoas que estava no local.

A mãe de um dos adolescentes, agiu dentro da lei, e procurou a Defensoria Pública do Pará para se queixar de constrangimento, na segunda-feira (31). A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público nesta terça-feira (1º).

Se a criança errou e já está sendo castigada conforme a Justiça, o que resta pelo menos é trabalhar para que ela se ressocialize. Se o comportamento agressivo não é desafiado em casa e fora dela com o diálogo,  a violência  doméstica e na rua passam imperar. Com isso, estamos contribuindo para a criação de mais um delinquente a agir habitualmente pelas capitais. E como ‘toda ação requer uma reação’. Deus nos livre dessas crianças maltratadas pelo sistema.

Enfim, nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como bullying: a falta de sensibilidade humana pode ser uma explicação. 

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