Melhor Assim…

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A cantora carioca Teresa Cristina, símbolo da revitalização da Lapa no Rio de Janeiro, que ajudou a recolocar o samba no centro da nossa música pop na década passada, afirmou que é fã do Iron Maiden. A artista disse que chegou a viajar do Rio a São Paulo só para ver os metaleiros ao vivo e en cores.

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Oito anos depois de estrear com CD duplo dedicado ao repertório de Paulinho da Viola, ela busca justamente se livrar do estigma de ‘sambista’ que permanece sobre sua pele. O recém-lançado pacote de CD e DVD “Melhor Assim” é a primeira tentativa de ampliar o leque sonoro. “Neste disco, misturei coisas diferentes para evitar discussões de o que é e o que não é samba.

Diplomática Teresa Cristina diz que o trabalho não renega o samba, mas agrega elementos de outros universos e autores não diretamente ligados ao gênero. Mas ela acrescenta que o samba foi uma bandeira que colocaram em suas mãos e que não tem muito a ver com isso. Se tivesse que carregar alguma, seria a do Vasco”, diz a fã de Guns N’Roses, Faith No More e Red Hot Chili Peppers.

Mas, calma. Nenhum dos ídolos internacionais participa da mistura. Adriana Calcanhotto contribuiu com a inédita “Beijo Sem” (que tem vocais de Marisa Monte); Edu Lobo e Chico Buarque são trazidos em “A História de Lily Brown”; Caetano Veloso, em “A Voz de uma Pessoa Vitoriosa” e, também cantando, em “Festa Imodesta” –que, aliás, é um samba.

No mais, a lista é dominada por autores ligados ao samba. Arlindo Cruz, Candeia, Alvaiade, Claudio Jorge, Ney Lopes, Paulinho da Viola e, ao menos até perdurar a tinta na pele, a sambista Teresa Cristina.

Foto: Daryan Dornelles/Folha Imagem

Fonte: Marcus Preto – Reportagem/Folha Online

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